sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Internet atrapalha? O amor em tempos de redes sociais

Ferramentas oferecidas pela internet como o Facebook, Orkut e Twitter foram criadas para aproximar e proporcionar interação entre conhecidos ou desconhecidos. Mas o que tem acontecido ultimamente é um efeito inverso. Em vez de unir, as redes sociais têm desestruturado relacionamentos, principalmente os amorosos.

De acordo com o psicólogo,  especialista no tratamento de dificuldades amorosas, Thiago Almeida, as relações são consolidadas pelas pessoas e não pela tecnologia. Por isso, cada um deve ser responsável pelas suas atitudes diante da rede. “Uma pessoa ciumenta será ciumenta também na internet. Alguém inseguro ou insatisfeito também será assim online. Pensando nisso, cada um deve saber como agir, o que deve ser feito e com quem se relaciona”, explica.

Para o pesquisador de cybercultura da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Lúcio Teles, as redes favorecem tanto a união quanto a separação dos casais se os pares não souberem como encarar as interferências externas. “As discussões vão depender muito de como o casal recebe as intromissões alheias no seu relacionamento. Se eles veem comentários e novas amizades como invasores da privacidade e motivo de ciúmes e brigas, isso vai gerar transtorno. Mas se o casal levar como um momento engraçado, isso pode ser construtivo”.

Segundo Teles, pessoas insatisfeitas com a sua relação amorosa se sentem mais seguras dentro destas redes sociais, devido à privacidade e à liberdade que a internet proporciona. “Se comunicar via chats ou e-mail é um fator que facilita os encontros virtuais, sem que necessariamente este seja o propósito do acesso à internet. Interesses em comum levam pessoas a grupos no Facebook e Twitter, por exemplo. Dessa forma, elas se cadastram nos mesmos eventos e, quem sabe, podem iniciar uma amizade online”, diz.

De acordo com o pesquisador, é comum que o desgaste de um relacionamento amoroso ajude no desenvolvimento destas novas relações. “Se a pessoa já se sente predisposta a entrar nestes sites, sabendo que lá  existe o "risco" de novas relações, talvez ela esteja insatisfeita com a atual situação do casal. Ou seja, ainda que este novo envolvimento leve a uma possível separação, é provável que esse seja o resultado de um processo já existente e a internet tenha apenas acelerado seu fim, não necessariamente sendo o motivo inicial”, conta.

Os especialistas afirmam que o mais importante para um bom convívio na internet é que o casal se conheça e saiba até onde vão os limites do parceiro. “Tudo vai depender de como os dois vivenciam esta superexposição de fotos, comentários e novas amizades. O casal deve conversar e entrar em acordos para que nenhum agrida o limite do outro”, conclui Teles.

Sete dicas para o sexo a três não acabar em confusão


Sete dicas para o sexo a três não acabar em confusão

Fantasia pode ser colocada em prática e ser prazerosa para todos os envolvidos. Alguns cuidados evitam ciúmes e paixonites

Alexandre Adoni , especial para o iG São Paulo 
Monica Lewinsky está procurando uma editora para publicar suas memórias sexuais. A ex-estagiária da Casa Branca adiantou ao tabloide “National Enquirer” que o ex-amante, Bill Clinton, à época presidente dos Estados Unidos, é fanático por sexo a três. O fetiche é muito comum na fantasia masculina. Na outra ponta, mas com menor frequência, transar com dois homens ao mesmo tempo é tema que esquenta a imaginação erótica das mulheres. A prática, no entanto, pede um acordo prévio entre o casal. No geral, as confusões partem dos mesmos motivos, e o ciúme é o principal deles. Leia abaixo sete dicas para aproveitar o ménage sem se meter em roubada:
Getty Images
Sexo a três: escolher bem o local e valorizar a parceira diminuem risco do arrependimento
1. Tenha 100% de certeza 
É importante estar preparada psicologicamente para encarar a terceira pessoa na cama. “Há 50% de chances de dar errado”, avisa Vanessa de Oliveira, ex-garota de programa e autora de livros sensuais, sobre os casos em que o ‘sim’ é dito em decorrência de pressão. E ela completa: “Se chegar no quarto e desistir, então vai ser pior, o cara vai ficar bem bravo”.
2. Escolha a outra
Ainda segundo Vanessa, para evitar confusões no ménage, a parceira é quem deve escolher a mulher – no caso dele querer outra na cama. “Ela tem que escolher uma pessoa que não incomode seu ego”, sugere. E isso tem a ver principalmente com comparações.
3. Não escolha amigos (as) 
O sexo pode não ser bom, já pensou nisso? E ter que encarar o outro é sempre constrangedor nessas situações. Além disso, inserir alguém próximo na transa pode resultar em paixão. Por outro lado é preciso rolar química, assim a missão de encontrar o terceiro elemento não costuma ser fácil.
4. Esclareça tudo antes 
Para Thiago de Almeida, psicólogo especialista em relacionamentos, tudo deve ser conversado de antemão. “É preciso esclarecer por que vocês estão querendo isso. Pode ser uma fantasia, pode ser que o relacionamento esteja caindo na monotonia”, aconselha. O diálogo prévio evita cenas de ciúmes e escapes ineficientes para relacionamentos fracassados.
5. O lugar ideal 
Prefira um local neutro – pode ser hotel ou motel – e jamais a residência do casal. “Se a experiência não for boa, você vai olhar toda hora para a cama e pensar que tudo aconteceu bem ali”, ensina Vanessa, que ainda alerta: “Na casa do terceiro elemento também não é legal. Pode ter câmeras, por exemplo”.
6. Revezamento é tudo 
No sexo a três existe o fantasma de um ficar sobrando. Para que todos tenham prazer, o revezamento de carícias é essencial. “Não pode monopolizar nem abandonar um dos parceiros. Tem que dar uma provocada aqui, outra ali”, sugere Thiago.
7. Valorizando a parceira 
Essa dica é para eles. Durante todo o decorrer da transa é desejável que o homem elogie a parceira fixa para a outra. “Ele tem que priorizar a esposa ou namorada para que ela não fique cismada depois”, diz Vanessa. É desejável que o clímax, inclusive, seja com a parceira.

    sábado, 13 de outubro de 2012

    Robert Pattinson e Kristen Stewart- as várias faces da Traição


    Publicada em 13/10/2012 - 08:20   /  Autor:  Heloísa Noronha Do UOL

    Veja o que pode acontecer com seu relacionamento quando você revida uma traição
     Mario Anzuoni/Reuters
    • O casal Rupert Sanders e Liberty Ross, antes das fotos do cineasta beijando Kristen Stweart virem a público
      O casal Rupert Sanders e Liberty Ross, antes das fotos do cineasta beijando Kristen Stweart virem a público
    •  
    Para a alegria dos fãs da saga "Crepúsculo", tudo indica que Robert Pattinson perdoou a traição de Kirsten Stewart. Segundo sites e tabloides especializados em celebridades, os intérpretes de Edward e Bella estariam até pensando em se casar, mas, por enquanto, teriam feito um pacto de não transarem. Na casa de Rupert Sanders, porém, a paz está longe de reinar. Conforme as últimas notícias de Hollywood, o diretor com quem a atriz foi flagrada aos beijos não recebeu a mesma compreensão da mulher, a modelo Liberty Ross.


    Mesmo continuando casada com Rupert, a moça tem sido vista acompanhada. Seria uma vingança pública? A probabilidade é grande. E pode funcionar? Talvez. Para alguns especialistas, pagar uma traição com a mesma moeda tanto pode reaquecer um romance quanto enterrá-lo definitivamente.
    De acordo com a psicóloga Raquel Fernandes, a infidelidade pode funcionar como uma espécie de teste em relacionamentos que começaram há pouco tempo. "Como o casal ainda não se conhece com profundidade, e às vezes nem existe um compromisso sério, há a possibilidade de um dos dois trair com o objetivo de testar os próprios sentimentos", diz. "Então, o outro acaba fazendo o mesmo para dar o troco, porque também fica em dúvida". A decisão de ficar juntos ou não, nesse caso, tem mais a ver com a disposição para continuar a relação do que com a troca de chifres em si.

    É possível que Liberty Ross sequer tenha trocado beijos com outro homem. Mas investir na linguagem corporal para insinuar intimidade com outra pessoa é o suficiente para provocar uma crise de ciúmes daquelas e considerar a vingança consumada. Imaginar, para alguns, provoca mais sofrimento e dor de cotovelo do que ter certeza do que está acontecendo.


    Para a psicoterapeuta Gisela Castanho, a traição pode despertar emoções adormecidas. "Não recomendo, claro, mas o ciúme pode ter efeito afrodisíaco. Um homem, por exemplo, pode voltar a perceber o quanto a mulher é bonita e desejável depois de vê-la nos braços de outro", explica. E, para algumas pessoas, provar o gostinho do próprio veneno ajuda a avaliar as consequências das atitudes em relação aos outros.

    Segundo o psicólogo e professor universitário Thiago de Almeida, mestre pelo Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), cometer uma infidelidade em retaliação à outra é uma tática mais feminina do que masculina.


    "Quando são traídos, os homens, em geral, rompem e nem querem ouvir as justificativas femininas. Já as mulheres que decidem dar o troco, como forma de autoafirmação, querem chamar a atenção", conta. "Para algumas, porém, é uma tentativa de elevar a autoestima que pode colocá-la ainda mais para baixo, principalmente se houver arrependimento", diz Raquel.

    Entre os prejuízos da estratégia, tanto para homens quanto para mulheres, o rompimento ocupa o primeiro lugar da lista. Apesar de ter traído primeiro, e de possivelmente ter se arrependido do que fez, a pessoa que é alvo do revide nem sempre está disposta a encarar o episódio com desprendimento. E ações intempestivas têm o risco de machucar quem estiver em volta: filhos, amigos, familiares.

    Outro perigo, para os casais que conseguem superar a infidelidade mútua, é transformar as puladas de cerca em algo recorrente, como forma de irritar ou se vingar. "O ideal é que a traição sirva para que homens e mulheres repensem a relação. Transformá-la em algo banal só vai aumentar o abismo entre eles", declara a psicoterapeuta Gisela Castanho.

    segunda-feira, 8 de outubro de 2012

    Veja o que pode acontecer com seu relacionamento quando você revida uma traição


         
    Mario Anzuoni/Reuters

    O casal Rupert Sanders e Liberty Ross, antes das fotos do cineasta beijando Kristen Stweart virem a público
    Heloísa Noronha
    Do UOL, em São Paulo
    Para a alegria dos fãs da saga "Crepúsculo", tudo indica que Robert Pattinson perdoou a traição de Kirsten Stewart. Segundo sites e tabloides especializados em celebridades, os intérpretes de Edward e Bella estariam até pensando em se casar, mas, por enquanto, teriam feito um pacto de não transarem. Na casa de Rupert Sanders, porém, a paz está longe de reinar. Conforme as últimas notícias de Hollywood, o diretor com quem a atriz foi flagrada aos beijos não recebeu a mesma compreensão da mulher, a modelo Liberty Ross.

    Mesmo continuando casada com Rupert, a moça tem sido vista acompanhada. Seria uma vingança pública? A probabilidade é grande. E pode funcionar? Talvez. Para alguns especialistas, pagar uma traição com a mesma moeda tanto pode reaquecer um romance quanto enterrá-lo definitivamente.
    Julia Bax/UOLVocê perdoaria uma traição?
    • Talvez. Mas acho que a confiança ficaria abalada e a relação jamais seria a mesma.
    • Jamais. A traição representa o fim da confiança e, portanto, do relacionamento.
    • Talvez. Se meu parceiro se mostrar arrependido e me amar, posso pensar no caso.
    • Sim. Errar é humano e eu também estou sujeito a cometer um deslize.
    • Sim. Uma traição pode até melhorar as coisas e apimentar o relacionamento.
    Ver resultado
    De acordo com a psicóloga Raquel Fernandes, a infidelidade pode funcionar como uma espécie de teste em relacionamentos que começaram há pouco tempo. "Como o casal ainda não se conhece com profundidade, e às vezes nem existe um compromisso sério, há a possibilidade de um dos dois trair com o objetivo de testar os próprios sentimentos", diz. "Então, o outro acaba fazendo o mesmo para dar o troco, porque também fica em dúvida". A decisão de ficar juntos ou não, nesse caso, tem mais a ver com a disposição para continuar a relação do que com a troca de chifres em si.
    É possível que Liberty Ross sequer tenha trocado beijos com outro homem. Mas investir na linguagem corporal para insinuar intimidade com outra pessoa é o suficiente para provocar uma crise de ciúmes daquelas e considerar a vingança consumada. Imaginar, para alguns, provoca mais sofrimento e dor de cotovelo do que ter certeza do que está acontecendo.

    Para a psicoterapeuta Gisela Castanho, a traição pode despertar emoções adormecidas. "Não recomendo, claro, mas o ciúme pode ter efeito afrodisíaco. Um homem, por exemplo, pode voltar a perceber o quanto a mulher é bonita e desejável depois de vê-la nos braços de outro", explica. E, para algumas pessoas, provar o gostinho do próprio veneno ajuda a avaliar as consequências das atitudes em relação aos outros.
    Segundo o psicólogo e professor universitário Thiago de Almeida, mestre pelo Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), cometer uma infidelidade em retaliação à outra é uma tática mais feminina do que masculina.

    "Quando são traídos, os homens, em geral, rompem e nem querem ouvir as justificativas femininas. Já as mulheres que decidem dar o troco, como forma de autoafirmação, querem chamar a atenção", conta. "Para algumas, porém, é uma tentativa de elevar a autoestima que pode colocá-la ainda mais para baixo, principalmente se houver arrependimento", diz Raquel.
    Entre os prejuízos da estratégia, tanto para homens quanto para mulheres, o rompimento ocupa o primeiro lugar da lista. Apesar de ter traído primeiro, e de possivelmente ter se arrependido do que fez, a pessoa que é alvo do revide nem sempre está disposta a encarar o episódio com desprendimento. E ações intempestivas têm o risco de machucar quem estiver em volta: filhos, amigos, familiares.

    Outro perigo, para os casais que conseguem superar a infidelidade mútua, é transformar as puladas de cerca em algo recorrente, como forma de irritar ou se vingar. "O ideal é que a traição sirva para que homens e mulheres repensem a relação. Transformá-la em algo banal só vai aumentar o abismo entre eles", declara a psicoterapeuta Gisela Castanho

    terça-feira, 2 de outubro de 2012

    Homem mais novo

    por Fernanda Camargo | 01/10/2012

    Assim como em Avenida Brasil, há quem prefira os jovens

    Se relacionar com homens mais novos é algo que se tornou comum na atualidade. Mulheres, famosas, muitas já investiram nos “menininhos” para terem como seus parceiros. Alguns desses namoros dão certo e se tornam algo mais sério, outros não passam de alguns meses.

    O psicólogo e especialista no tratamento das dificuldades dos relacionamentos amorosos, Thiago de Almeida, comenta sobre os relacionamentos funcionarem independentemente da idade. Ele diz que pesquisas mostram uma premissa básica: “quanto mais o casal for parecido em suas preferências, maior é a satisfação no relacionamento. Isso favorece para que seja mais duradouro e satisfatório, independentemente da idade”.

    “Como atualmente o homem e a mulher têm condições sociais igualitárias, sendo a mulher com maior acesso ao mercado do que antes, independência dos valores familiares, não há mais aquele grande problema em ela não ter marido, fora casos a parte”, comenta Thiago. Ele diz que elas conseguiram o poder de controlar o destino de sua vida, já que são independentes familiar, financeira e socialmente. Agora as mulheres procuram alguém com características boas para ela de acordo com as suas novas vontades.

    De acordo com Thiago, muitos homens preferem ter um relacionamento com mulheres mais maduras. Ele acredita isso ser, além do amor e outros fatores, por conta da estabilidade. “O que acontece é que, muitas vezes, eles não precisam dividir os recursos como faria como uma pessoa mais jovem. A mulher mais velha também é mais amadurecida pela própria idade e por experiências que encantam muito fácil os homens, principalmente por sua independência”, diz. Porém ele conta que alguns estudos apontam que a tendência é os homens procurarem por mulheres mais novas. “Eles têm o ‘software instalado’ de autopreservação, que busca, na hora da relação, mesmo que inconsciente, características férteis em uma mulher, como ancas largas, seios fartos, propriedades de apropriação”, explica.

    Há mulheres que optam por ter um relacionamento com homens mais novos para aumentar a própria autoestima, se sentirem mais confiantes, que ainda têm o poder da conquista. O psicólogo explica que “a autoestima é a média da percepção que temos sobre nós mesmos em relação a diversos papéis sociais. Às vezes a pessoa se dá bem no trabalho, mas vida social ou familiar não é a mesma coisa. A média disso dá uma nota que estimula o seu amor próprio, composta da seguinte forma: autoestima = autoimagem (como me vejo – físico) e autoconceito (o que penso de mim - personalidade)”. Ele afirma que se ambas estiverem prejudicadas, a pessoa pode ter problemas de autoestima, que pode estar em depreciação.

    Por se relacionarem com homens mais novos que, muitas vezes, são alvos de paquera de outras mulheres, até mesmo das mais novas, a mulher mais madura acaba sentindo um ciúme um pouco mais forte do que o normal. “Uma pessoa mais jovem provavelmente está inserida em um grupo social que tem mais pluralidade do que as pessoas mais velhas, que acabam, muitas vezes, tendo abandonado o seu grupo social”. Por isso a pessoa mais velha passa a se sentir insegura e ameaçada pelos demais.

    Na novela Avenida Brasil, da Rede Globo, a Muricy (Eliane Giardini) está em um relacionamento com Adauto (Juliano Cazarré), um homem mais novo que ela e mesmo assim acabava saindo com Leleco (Marcos Caruso), seu ex-marido. Thiago comenta essa situação. “O tempo que permaneceu com o ex-marido, de forma ou outra, teve contribuições positivas para a vida e para o que ela é hoje. Se temos uma maçã estragada não vamos jogar ela fora inteira. Tiramos o pedaço que não gostamos e aproveitamos o resto. Muitas vezes casamentos precisam de uma maior ventilação de possibilidades. Por isso vão e voltam, casam com outras pessoas e voltam a namorar depois de separado”, diz. Thiago comenta que talvez olhando o outro à distância, o antigo casal recupere o investimento inicial, se apaixonando novamente pelas características que no início os fizeram aderir à relação. “Acredito que o amor não tem idade. Talvez tenha prazo de validade”, diz Thiago.

    domingo, 30 de setembro de 2012

    Porque Ele (a) não ligou?

    Para que a relação não acabe no primeiro encontro, aja com cautela
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    Para você, o encontro foi incrível e você não vê a hora de marcar o segundo. Apesar de toda a sua ansiedade e expectativa, o seu telefone não toca --e você já conferiu se ele está ligado, com a bateria carregada, com bom sinal. Para a terapeuta de casais Claudya Toledo, não há mistério: a ligação no dia seguinte vai depender da maneira como você se comportou no primeiro encontro. "Se a pessoa mantém atitudes para que o outro se interesse em marcar o segundo encontro, vai rolar. Mas se inicia este primeiro contato no clima ‘mais ou menos’ para ver no que vai dar, é muito provável que o telefone não toque", diz.

    Para o psiquiatra Luiz Cuschnir, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, independentemente do gênero, pessoas que têm traumas emocionais de outras relações costumam se posicionar com descrença de que outra poderia completá-la. "Como defesa, se envolvem em seus afazeres de tal forma que não criam condições para ligarem no dia seguinte", afirma.

    No entanto, atitudes femininas e masculinas podem ser desanimadoras no primeiro encontro, impossibilitando o próximo. "É comum as mulheres ficarem mais artificiais e os homens tentarem mostrar uma articulação extra para seduzir a parceira", exemplifica o psicólogo Thiago de Almeida, especialista em relacionamentos. E prevendo a chance de ser analisada, a pessoa se comporta de maneira desconfortável para aquela situação. "Neste tipo de encontro, frequentemente a pessoa tenta direcionar a conversa para o que lhe interessa, esquecendo-se de ouvir o outro", afirma Almeida. O psicólogo diz que é importante saber o que quer, mas também dar tempo para o outro expor suas ideias.

    Não existe regra quando o assunto é relacionamento. Porém, vale prestar atenção em algumas atitudes que podem afugentar uma paquera. Afinal, homens e mulheres observam com olhares diferentes e um deslize pode fazer o outro desistir antes mesmo de o conhecer melhor. Confira o que faz com que homens e mulheres não liguem no dia seguinte.


    Demonstrar grosseria no primeiro encontro diminui muito as chances de que haja um segundo


    QUANDO ELAS COSTUMAM NÃO  LIGAR:
    Ele não é cavalheiro
    Para a mulher, o pretendente tem de ser gentil e educado. "Se ele demonstra ser um cara grosseiro, que fala palavrão e trata mal as pessoas, já era", afirma psicóloga clínica Miriam Barros. Para a psicóloga, o homem pode ser lindo, mas se não for cavalheiro, dificilmente esse relacionamento irá a diante.

    Ele é muito pegajoso
    As mulheres gostam de atenção, carinho e gentileza. Mas na medida certa. "O homem grudento, que elogia demais, pergunta demais e fica o tempo todo pegando aqui e ali não passa no teste", diz Miriam Barros. Segundo ela, o grude é interpretado como imaturidade, além de ser irritante.

    Ele bebe demais
    Cada vez mais, o álcool é sinônimo de problemas. "O homem que bebe demais no primeiro encontro ou comenta que na noite passada tomou um porre, provavelmente, não terá uma nova chance", diz Claudya Toledo. A terapeuta afirma que as mulheres estão muito exigentes neste assunto, afinal, conviver com bebedeiras não é o desejo de ninguém.

    Ele não se encontrou profissionalmente
    "Quando ela avalia que o homem é muito dependente, inseguro e fracassado, principalmente do ponto de vista profissional ou econômico, a reprovação é certa”, afirma Cuschnir. Para Claudya, as mulheres buscam estabilidade. Se o homem não tem emprego fixo ou ainda está em dúvida sobre qual carreira seguir, dependendo da faixa etária, não vai despertar interesse.

    Ele é muito apressado
    Forçar a barra para transar no primeiro encontro pega mal. "Se a conversa gira em torno de beleza física e sexo, é provável que a relação não vingue. Como ele demonstra que não quer nada sério, cabe à mulher decidir se vale apenas uma noite", diz Claudya. Além disso, quem está na balada querendo conquistar qualquer uma, geralmente, atira para todos os lados. E se está paquerando todo mundo, não vale para um segundo encontro. Segundo Cuschnir, a desconfiança em relação à fidelidade é outra questão que faz a mulher desistir do pretendente.


    Homens se intimidam com mulheres que fazem muitas perguntas, portanto, maneire na curiosidade


    QUANDO ELES COSTUMAM NÃO LIGAR:
    Ela se derreteu demais
    Mesmo que a mulher tenha se encantado por um homem, é melhor se conter. "Se ela fica muito disponível, a chance de o homem não ligar é enorme", diz a psicóloga clínica Miriam Barros. Segundo ela, eles são mais lentos, exploram a situação e analisam o comportamento aos poucos. "Se a mulher demonstra que ficou muito entusiasmada, é provável que ele entenda isso como ‘ela quer compromisso sério’, e os homens fogem disso nos primeiros encontros", afirma a especialista.

    Ela fez muitas perguntas
    Os homens ficam constrangidos com interrogatórios. De acordo com Miriam Barros, o primeiro encontro deve ser leve e divertido. Por isso, a mulher não deve fazer questionamentos sobre o que ele faz, onde trabalha, se mora com os pais, há quanto tempo terminou o último relacionamento e quanto tempo o último relacionamento durou. "Para a mulher, é normal falar sobre estes assuntos, mas os homens se sentem acuados", diz a psicóloga.

    Ela fala muito sobre trabalho
    No primeiro encontro, o ideal é falar sobre amenidades: viagens, passeios, gostos musicais. "Homem gosta de emoção e, no primeiro encontro, vai adorar saber que a pretendente tem vontade de saltar de paraquedas ou fazer uma viagem de navio, por exemplo. Mas ele vai detestar falar de trabalho, que, para ele, significa competitividade e prazos", afirma Claudya Toledo.

    Ela não para de falar do "ex"
    Se ele perguntou sobre o passado, seja sucinta. Contar em detalhes sobre o seu relacionamento anterior não vai agradar o pretendente. Aliás, o melhor é evitar falar de relações problemáticas. "O homem avalia como ela se relaciona com a família, seus vínculos e estrutura familiar que pode incomodá-lo em um relacionamento futuro", diz Cuschnir. Portanto, é melhor falar apenas o necessário.

    Ela demonstra muita independência 
    Os homens gostam de mulheres com personalidade, mas isso não significa que ele queira que você não dependa de ninguém, nunca, para nada. "As mulheres acham que demonstrar poder profissional e financeiro atrai o sexo oposto, mas atrapalha”, diz Claudya. Alguns homens se sentem dispensáveis e prefere se afastar. Outros, aceitam. "Mas não reclame que seu companheiro é um banana. Se desde o primeiro encontro você quis direcionar tudo, com certeza, ele vai se acomodar”, afirma a terapeuta.

    Dificuldade de enfrentar problemas impede que eles sejam resolvidos; mude isso



    De acordo com o psicólogo Thiago de Almeida, nos comportamos de modo a sofrer o mínimo possível

    Por Isabela Barros
    Do UOL, em São Paulo
    31/07/2012 12



    Foram quatro anos de relacionamento e um de terapia até que a publicitária Carla (que prefere não revelar o sobrenome) conseguisse aceitar que aquele amor não iria adiante. Apaixonada, ela era incapaz de ver que o colega de trabalho comprometido continuava a tocar a vida e fazer planos de casamento com outra --enquanto mantinha as falsas expectativas de Carla. "Estava tão envolvida que achava que ele era o homem da minha vida. Qualquer sinal, por menor que fosse, fazia com que eu renovasse as esperanças", diz ela. "Demorei para entender e aceitar que ele não me amava." 
    Assim como Carla, muitas pessoas têm dificuldade de encarar um problema. Preferem desviar a atenção a aceitar que ele existe e precisa de solução. De acordo com o psicólogo especialista em relacionamentos Thiago de Almeida, confrontar a realidade nem sempre é simples. Isso porque, mesmo sem perceber, nos comportamos de modo a sofrer o mínimo possível, ainda que isso signifique adiar o problema e não enxergar as coisas como elas realmente são. "O enfrentamento da realidade é difícil. Por isso é tão comum que pacientes abandonem a terapia quando o psicólogo se aprofunda na discussão dos problemas", diz ele.
    "Algumas pessoas crescem habituadas a ter alguém que assuma seus problemas. É como aquele pai ou mãe que sempre vai à escola para resolver a briga do filho com os colegas e nunca deixa a criança fazer nada sozinha. Chegará o dia em que essa criança não terá quem interceda. Quando adulta, esse tipo de pessoa tem atitudes infantilizadas, pois vive se colocando no papel do 'filhinho que precisa ser cuidado'
    Angélica Amigo, psicóloga

    A dificuldade de encarar algumas situações vem do medo, da insegurança e da autodepreciação, segundo Hélio Deliberador, professor do Departamento de Psicologia Social da PUC- SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). "Sofremos para admitir os problemas e relutamos em pedir ajuda", afirma. "Esquecemos que a vida é um desafio permanente e que sempre há obstáculos a enfrentar. É importante entender que a nossa capacidade de resolver os problemas é ilimitada", diz.

    Para o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, a forma como somos capazes de lidar com problemas está relacionada com a história de vida e a educação de cada um de nós. "Somos muito influenciados por modelos. Pais passivos podem contribuir para a formação de filhos com maior dificuldade de reagir diante das dificuldades", afirma.
    A psicóloga Angélica Amigo afirma que as pessoas têm muita dificuldade de encarar os problemas do dia a dia porque não conseguem lidar com frustrações. "O ser humano não quer perder nunca" diz. "Quando se depara com um problema, tende a negá-lo inicialmente, como uma maneira de resistir à realidade e se proteger do sofrimento ou, algumas vezes, pode até 'hiperdimensionar' o problema, se colocando no lugar de vítima do mundo e, assim, conseguindo a atenção de todos."
    Angélica explica que todos nós sofremos "pequenos lutos" no nosso dia a dia, além dos que se referem à morte de alguém querido. Segundo ela, é importante reconhecer o que foi perdido e se apropriar daquilo que se está sentindo. "Algumas pessoas acham que resolvem o problema fugindo dele. Recusam-se a falar sobre o fim do relacionamento, a perda do emprego, a morte de alguém. Ficam se enganando, imaginando que, se não pensarem no problema, ele irá se resolver, mas não vai".

    Saiba identificar quando sua relação está por um fio

    Não importa se o casal está junto há 5, 10, 20 anos ou até mais. O fato é que a qualquer tempo o fim de uma relação é sempre uma experiência dolorosa. Por isso, às vezes nos fazemos de cegos, fingindo que o amor é o mesmo, que ainda há vontade de ficar próximo, de saber como foi o dia... Os sinais de que o relacionamento acabou estão presentes no dia a dia, mas não é fácil identificá-los, pois brigas e as crises nem sempre são sinais do fim. Cabe a nós mesmos saber como identificá-los. 

    Pessoas maduras têm, naturalmente, independentemente do tempo de relacionamento, maior dificuldade de por fim a um relacionamento. O instrutor e membro da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL) Alexandre Bortoletto diz que existe um desgaste natural do tempo e dos interesses em grandes relacionamentos. O que mantém o casal não é o tempo, mas a cumplicidade e os objetivos de estarem juntos. "O oposto do amor não é o ódio, mas o desinteresse. Se não há mais interesse de alguma das partes de estar perto e com o parceiro, esse é um sinal de que amor está se esfarelando. Culpa, dogmas religiosos ('não pode divorciar', conceitos que vêm dos pais), o medo de ficar sozinho, de achar que perde mais do que ganha e o medo da solidão são os fatores mais comuns que impedem pessoas de por um ponto final na relação. Apenas o interesse, a preocupação, o ‘fazer algum sentido’ são as chaves que seguram qualquer relacionamento", enfatiza Bortoletto. 

    É importante, portanto, saber diferenciar o fim iminente de uma simples crise passageira. "Na Neurolinguística, acreditamos que uma crise é um ótimo momento pra mudar alguma coisa. Veladamente, assumimos um contrato quando casamos. Além do de papel, há o contrato moral, emocional. Este, no entanto, muda toda vez que aparecem as crises. Todo revés e toda crise são oportunidades de rever o contrato. Alguma coisa na relação não está fazendo bem para ambas as partes. Quando o problema é resolvido, o casal volta melhor até do que estava antes. As crises são importantes, pois forçam a mudar o que está estabilizado para melhor. O indicador do fim não é a briga, mas a falta de interesse, de desejos em todos os níveis", avalia Alexandre. 

    Reprodução

    É importante saber diferenciar o fim iminente de uma simples crise passageira


    Tempo não significa fracasso 

    Para os especialistas em relacionamento humano, não é exatamente o tempo que azeda a relação de gente tão apaixonada. Por isso, não tenha medo dos aniversários de casamento: dois, cinco ou sete anos são apenas números cabalísticos. ‘‘Não existe uma data marcada para um relacionamento começar a desmoronar’’, sentencia o psicólogo Thiago de Almeida, especialista em dificuldades amorosas. ‘‘Em geral, existe alguma novidade que causa estranhamento entre os parceiros, mas há recursos para enfrentar isso’’, orienta. 

    O planejamento dos filhos, segundo Almeida, é um dos motivos que podem levar à desunião. ‘‘Não é que um filho separe ou junte o casal, mas muda a rotina dele. E o problema é que algumas mulheres estão mais preparadas para ser mães; outras, para ser companheiras’’, analisa. 

    Fases 

    Doutor em psicologia pela USP e autor de três livros sobre conflitos amorosos, Ailton Amélio da Silva diz que a relação tem fases previsíveis, daí o mito das datas perigosas. ‘‘O que as pessoas chamam de crise dos sete anos, por exemplo, pode ser só um momento que coincide com a vinda dos filhos. A culpa não é da passagem dos anos, é dos acontecimentos’’, diz. Para outros, em dois anos, quando vence a validade da paixão, ainda não há maturidade para viver o amor, que seria um estágio mais calmo da relação, segundo Silva. ‘‘Aí o sexo enfraquece, vem a traição, um outro motivo de crise’’. 

    Na avaliação da advogada Renata Guimarães, do ramo do direito de família, as traições não são mais as principais responsáveis pelos conflitos conjugais. ‘‘Com o tempo, o casal muda profissionalmente e os filhos crescem. E aí os parceiros se distanciam, optam pela separação. Nos últimos anos, em vez de armar um ‘‘barraco’’ por causa de uma traição, como era nos anos 90, eles passaram a fazer acordos mais amigáveis para expressar esse distanciamento’’, revela. 

    Rotina como aliada 

    A psicóloga Lidia Aratangy, terapeuta de casais há mais de 30 anos e autora de três livros sobre o tema, sai em defesa da rotina - apontada por muitos casais como pivô das separações. ‘‘Rotina existe para facilitar a nossa vida, não é negativa. Além disso, todo mundo é diferente a cada semana. O problema é que ninguém se conhece o suficiente para ser transparente com o outro’’, analisa. Segundo Lidia, o que faz com que uma crise leve ao fim do relacionamento é a própria fantasia da perfeição. ‘‘Não é só um casal conhecido que passa por esse estigma da perfeição, por esse mito de existir a metade perfeita da laranja. No fundo, é difícil um casal descobrir que é igual aos outros.’’ 

    Para alguns casais, conflitos conjugais representam sinais de que não há mais motivos para insistir na união. E assim foi na vida da ex-modelo Luiza Brunet, que se divorciou do marido, Armando Fernandez, após 18 anos de casamento. ‘‘A longa convivência faz com que o casal perca o interesse social e sexual. Tudo enjoa’’, diz ela. ‘‘A mulher se lembra de datas importantes, o marido não. Ela quer dar atenção à casa e aos filhos, e ele se esquece disso’’, completa. 

    Sim, é possível perdoar!


    traição
    Confiança é como um cristal. Mas, será que depois de quebrado esse cristal não pode mesmo ser reconstruído? Segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), 70% dos casais conseguem juntar os cacos e seguem juntos após uma traição.
    “Com o tempo descobri que trair não é sinônimo de falta de amor. Desrespeito sim e, é claro, que trair é uma forma de desrespeito. Mas, tudo vai de como aconteceu, circunstância, local, momento. Muitas variáveis. Mas em quase todas elas acho que o perdão é cabível, desde que haja arrependimento e principalmente amor”, afirma a enfermeira Renata Luisa.
    Para a psicóloga Sylvia Sabbato, no entanto, a reconstrução da confiança é um processo que exige dedicação e empenho de ambas as partes. “Querer perdoar é o primeiro passo para o perdão”, diz. “Não existem casos sem perdão, porque o sentimento não tem limite. É bonito quando acontece, pois os dois crescem e se tornam mais cúmplices em um relacionamento fortalecido”, completa.
    O psicólogo e pesquisador da Universidade de São Paulo, Thiago de Almeida, também acredita que o relacionamento pode até se tornar melhor após a traição. ”Após a traição, a mulher passa a enxergar o parceiro tal como ele é e não mais como um depositário de suas expectativas. Além disso, o casal pode ficar mais íntimo com a redefinição da honestidade”, explica o especialista.
    “Cada caso é um caso. Em um caso, poderia perdoar, em outro, não. Se eu amasse de verdade e ele realmente se arrependesse, deixaria o orgulho de lado e perdoaria. O importante é ser feliz! “, defende a publicitária Alessandra Rangel.
    Mas, antes de perdoar e seguir em frente é preciso avaliar se a relação traz benefícios suficientes para suplantar a dor. Se sim, encare a traição como um obstáculo a ser enfrentado, estabeleça suas condições, siga em frente e seja feliz!