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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O que a ciência diz sobre a traição e a fidelidade?


Gabriela Ingrid
Do VivaBem
15/04/2018 04h00
O que é ser infiel para você? Transar apenas uma noite com alguém ou se apaixonar, mesmo estando comprometido com outra pessoa? As opiniões sobre traição divergem tanto que, há anos, a ciência estuda esse universo e tenta explicar os motivos que levam alguém a “pular a cerca”.
De genética a ciúme excessivo, as razões para trair alguém são tantas quanto o número de pesquisas sobre o assunto. Se você ficou curioso com o que anda circulando por aí em torno do tema, o VivaBem selecionou oito estudos sobre traição.



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    Tipos mais infiéis

    Um estudo publicado no periódico Journal of Personality and Social Psychology em fevereiro deste ano analisou 233 casais e mapeou os principais contextos em que as puladas de cerca acontecem. Segundo os pesquisadores, os mais jovens são mais propensos a trair a confiança de um parceiro, assim como os indivíduos que afirmaram ter pouca satisfação geral com o relacionamento. Surpreendentemente, as pessoas com alto grau de satisfação sexual eram mais propensas a trair os parceiros. Os pesquisadores acreditam que quem está sexualmente satisfeito é, em geral, mais aberto a ter novas experiências sexuais. Homens que se envolveram em muitas relações de curto prazo antes de casarem eram os melhores candidatos à infidelidade, mais tarde. Mas com as mulheres aconteceu o contrário: as monogâmicas em série eram mais propensas a buscar um envolvimento extraconjugal.

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    Quem procura acha

    Se você se sente mal só de pensar que o seu companheiro poderia estar nos braços de outro, melhor controlar esse ciúme todo. Uma tese de mestrado do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo) avaliou a relação entre o ciúme e a infidelidade e descobriu que as pessoas mais ciumentas desencadeavam um comportamento infiel do parceiro. A explicação é que os conflitos constantes minam a qualidade do relacionamento, fazendo com que o temor se concretize. "Toda vez que a pessoa chama atenção da outra por ter olhado para alguém, ela a encoraja a olhar", diz o autor Thiago de Almeida.

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    Traiu uma vez, trairá sempre

    Você confiaria em alguém que já traiu? Um estudo de 2017 publicado no periódico Archives of Sexual Behavior observou 500 adultos durante dois relacionamentos. Os pesquisadores pediram aos participantes que eles reportassem as infidelidades e se eles sabiam ou suspeitavam da traição do parceiro. Ao final do experimento, os participantes que reportaram serem infiéis no primeiro relacionamento tinham três vezes mais chances de serem infiéis na segunda relação. E ser traído parece que é uma constante também. Os voluntários que reportaram saber que o parceiro do primeiro relacionamento foi infiel, tiveram duas vezes mais chances de serem traídos novamente em outra relação.

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    Traição não tem gênero

    Um estudo publicado no periódico Archives of Sexual Behavior em 2011 mostrou que a infidelidade é comum tanto em homens quanto em mulheres. Os cientistas pediram para que 506 homens e 412 mulheres que tinham um relacionamento monogâmico respondessem um questionário sobre diversos temas, incluindo infidelidades. Os resultados mostraram que 23% dos homens e 19% das mulheres indicaram que já traíram o parceiro atual.

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    Idade que mais trai

    Uma pesquisa publicada em 2014 no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences observou a atividade de pessoas comprometidas em um site de relacionamento. As descobertas mostraram que os homens estudados buscavam mais relações extraconjugais, quando tinham uma idade que terminava com o número nove. De acordo com os pesquisadores, isso deve acontecer porque pouco antes de fazerem 40 ou 50 anos, eles têm maior chance de tentar encontrar um sentido para a vida, buscando uma relação com alguém que não é seu parceiro.

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    Homens e mulheres reagem diferente ao flerte

    O comportamento humano é realmente uma caixinha de surpresas. Um estudo publicado em 2008 no periódico Journal of Personality and Social Psychology resolveu testar se homens reagiam ao flerte de forma diferente das mulheres --e o quanto isso alteraria sua visão de traição. Os resultados mostraram que após eles flertarem com uma mulher que consideravam atraente, tornavam-se menos tolerante com transgressões hipotéticas de suas parceiras. As mulheres, no entanto, quando flertavam com homens atraentes, ficavam mais tolerantes com as "puladas de cerca" de seus parceiros.

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    Independência financeira

    Depender do dinheiro dos outros nunca é uma boa opção, principalmente quando o assunto é fidelidade. Um estudo publicado em 2015 no periódico American Sociological Review mostrou que quanto maior a independência financeira de seu parceiro, menores as chances de ocorrer uma traição. Os dados são ainda piores quando se trata de maridos que dependem do dinheiro de suas esposas: 15% dos homens que são completamente dependentes financeiramente das mulheres traem suas parceiras; no caso das mulheres dependentes, apenas 5% relataram ser infiéis.

sábado, 2 de setembro de 2017

O crush sumiu depois de um encontro? Saiba como lidar com o “ghosting”

Após um mês de conversas diárias com um rapaz, a professora Renata*, 29 anos, estava otimista com a relação. Ele era um rolo do passado, que parecia ter reaparecido em sua vida para, enfim, dar certo. Eles saíram, ele a deixou em casa, marcou um novo encontro para a mesma semana… e desapareceu. Renata resolveu contatá-lo pelo WhatsApp e descobriu que ele tinha mudado a foto para uma em que aparecia com a ex-namorada. “Eu cheguei a ligar para ele e perguntar se ele sabia que estava com aquela foto no perfil. Ele disse que sim, que havia trocado justamente para me fazer entender e que não teríamos mais nada”, conta a professora.
Nos Estados Unidos, o fenômeno de sumir do mapa em vez de terminar o relacionamento é chamado de ghosting (uma derivação da palavra ghost, que quer dizer fantasma em português) e é tão comum quanto no Brasil. Em 2016, o site de relacionamentos PlentyOfFish – que conta com mais de 50 milhões de usuários – realizou uma pesquisa com 800 pessoas, na faixa etária de 18 a 33 anos, e 78% dos participantes assumiram terem sido vítimas de alguém que simplesmente desapareceu após alguns encontros.
O fenômeno não é exatamente novo, mas se tornou mais usual com o crescimento dos aplicativos e sites de relacionamentos e com a popularização das próprias redes sociais e apps de mensagens. “Se não estou gostando mais da interação com fulana ou beltrano, clico em ‘bloquear usuário’ e me livro dela ou dele. Simples assim. Isso é muito mais fácil do que encarar o outro e explicar os motivos pelos quais não estou disposto a me relacionar. É um reflexo de um mundo que cultua cada vez mais a velocidade”, diz o psicólogo Ghoeber Morales, mestre em Análise do Comportamento pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
Para o psicólogo especializado em relacionamentos Thiago de Almeida, organizador dos três volumes do livro “Relacionamentos amorosos: o antes, o durante e o depois” (Polo Books), o pouco tempo de interação entre o casal também favorece o ghosting. “As pessoas tendem a julgar que não há intimidade suficiente para discutir a relação”, diz o psicólogo.
Falar o que incomoda é difícil
A estudante Ieda*, 21 anos, comumente desaparece da vida de seus pretendentes. “Às vezes, quando estou em dúvida ou a pessoa me irrita, preciso de um tempo para mim”, diz. “Eu tenho uma personalidade muito forte e preciso refletir sozinha sobre o que quero”, explica. Mas ela também enxerga o ghosting como uma estratégia para testar o quanto o outro está interessado. “Eu bloqueio a pessoa no Facebook, no WhatsApp e em outras redes. Se me ligar ou mandar SMS eu sei que sou importante para ela”, diz a estudante.
Fugir de conversas incômodas é um comportamento comum do brasileiro, conforme explica o terapeuta de casal Elídio Almeida, membro da Associação Internacional de Análise de Comportamento. “Se retirar em vez de tentar melhorar é uma estratégia observada em muitos contextos do nosso cotidiano: na empresa, que prefere demitir um funcionário a fazer um treinamento adequado e dar feedbacks; na escola, quando o professor reprova um aluno em vez de perguntar sobre suas dificuldades; na turma, se um amigo se afasta do outro em vez de falar que não gostou de tal atitude”, explica.
Mas é necessário
Terminar com alguém pode ser complicado pelo medo de magoar o outro. Mas a verdade é que machuca muito mais quem deixa o par sem qualquer explicação. Isso porque até a pessoa se dar conta de que o relacionamento realmente acabou, ela pode idealizar diversas situações: “Será que o celular dele foi roubado?”, “Será que ela está em uma viagem a trabalho, sem tempo de checar as redes sociais?”, “Será que o meu e-mail chegou mesmo?”. E quanto mais ela demora para entender o fora, mais tempo leva para seguir a vida adiante e partir para novos relacionamentos. “Traz muito mais segurança saber o que está acontecendo do que deixar a imaginação concluir”, diz Elídio Almeida.
E a postura deve ser a mesma em relação a todas as pessoas com quem rola algum tipo de envolvimento, de acordo com os entrevistados. Não importa se a relação durou pouco ou muito tempo. “Mesmo que você só tenha saído uma vez, é legal dizer à outra pessoa que não quer mais nada, que não vai rolar, que tentou, mas não deu certo”, diz Thiago de Almeida.
Como lidar com os sumidos
Porém, quando se está do outro lado, vale a pena prestar atenção a alguns sinais que entregam a intenção do par em desaparecer sem deixar rastros: diminuir a frequência do contato, adiar os encontros, enviar mensagens mais curtas e sem tanto conteúdo ou demonstração de interesse, deixar de curtir e comentar posts nas redes sociais são alguns deles.
Mas o que fazer diante de um sumiço depende do quanto você se importa com a relação. “É possível poupar a energia de uma conversa, já que o outro não teve o mesmo cuidado, se conseguir seguir em frente dessa forma. Caso precise de um fim oficial para sentir-se melhor, a pessoa não deve hesitar em procurar o outro”, diz Morales.
Na conversa, vale dizer algo como: “A gente se viu tal dia e, de repente, você sumiu. Está tudo bem? Foi algo que eu fiz?”. Dessa forma, você dá o primeiro passo para o outro se abrir, diz Elídio Almeida.
Caso o outro suma para depois voltar como se nada tivesse acontecido, a conversa deixará de ser opcional. “É preciso entender o que aconteceu na época e esclarecer o que cada um pretende com aquela relação. É possível acreditar de novo, mas tem que abrir o diálogo para evitar erros do passado”, diz o psicólogo. (Uol)
*nomes fictícios.

Entrevista sobre Primeiro Namoro

Entrevista sobre Primeiro Namoro - veiculada no programa Como Será - 19-08-2017

terça-feira, 27 de junho de 2017

Pronto para amar novamente?



É fato que ninguém começa um relacionamento pensando que este possa acabar ou que tenha um ‘prazo de validade’. Todo o mundo acredita que relações amorosas foram feitas para durar para sempre. Entretanto, nem sempre é o que acontece. Segundo especialistas em relacionamentos amorosos os seres humanos estão ‘programados’ para amar e amar novamente quando perder o objeto amoroso por quaisquer motivos. Será mesmo? Este teste tentará identificar juntamente com você se você pode se engajar em um novo relacionamento amoroso.
http://www.thiagodealmeida.com.br/site/testes/pronto-para-amar-novamente/

Você é uma pessoa dependente amorosamente ou sexualmente dos seus parceiros?



Normalmente o ser humano cresce, desenvolve a autoestima, a autoconfiança e, a partir daí, passa a estabelecer relações que não comprometam a sua individualidade. Se isso é a realidade para muitas pessoas, para outras nem tanto. A carência afetiva e sexual, em demasia, muitas vezes é desencadeada por fatores que acontecem ao longo da vida. Em outras palavras, a dependência amorosa e sexual são aprendidas ao longo de nossa história. As pessoas que sofrem dessa dificuldade estabelecem relações problemáticas em que a base é o apego exagerado e imaturidade emocional em lidar com pessoas. Então, aqui foi criado um teste com 24 afirmações e sua tarefa consiste simplesmente em assinalar a opção que melhor se identifica com seu pensamento/sentimento/comportamento atual. Ao Amor… Sempre!!

http://www.thiagodealmeida.com.br/site/testes/voce-e-uma-pessoa-dependente-amorosamente-ou-sexualmente-dos-seus-parceiros/

Qual é o seu “valor de cotação” como parceiro(a)?



Todas as pessoas têm um ‘valor de cotação’ como parceiros, isto é, um índice que reflete em que medida ela é desejada no mercado dos relacionamentos. Para facilitar a compreensão situamos este valor entre zero a 10. Todos nós classificamos uns aos outros nesse sentido. Seja de forma consciente ou não, fazemos isso a todo o momento com as pessoas que vemos ou conhecemos. Essa avaliação se fundamenta nas características que homens e mulheres buscam em um potencial parceiro. Este teste foi elaborado para verificar em que medida as pessoas do sexo oposto consideram você um(a) parceiro(a) desejável. Essa avaliação tem caráter lúdico e é útil para quem quer melhorar sua classificação e avançar para um próximo nível, pois ajuda a identificar os pontos fracos e áreas da vida que ainda não apresentam tanto sucesso. Em outras palavras, este teste pode servir como um motivador para que você, independentemente da categoria em que for classificado(a) irá orientá-lo(a) em direção aos aspectos que precisam ser melhorados. E dessa forma, você descobrirá não apenas o que pensa a seu próprio respeito, mas como as pessoas o(a) vêem. É claro que se estiver satisfeito(a) na categoria que o teste sinalizar, tudo bem. Responda o mais sinceramente que puder e depois confira o resultado.

http://www.thiagodealmeida.com.br/site/qual-e-o-seu-valor-de-cotacao-como-parceiroa/

Seu relacionamento apresenta sinais de falência?



Faz parte da vida que relacionamentos amorosos encaminhem as pessoas para lados diferentes do plano original de permanecerem juntos e unidos por um mesmo ideal, e dessa forma, encontrem seu fim. Não que todos precisem ser assim, mas acontece. E dependendo do amor que ainda se tenha pelo outro, dos investimentos feitos – sentimentais ou materiais, a dor do fim pode ser quase intolerável, chegando a ser física.
Todos nós passamos ou vamos passar por um fim de algum relacionamento. Apesar de normal e acontecer sempre, é muito dolorido e triste descobrir que algo em que acreditou tanto, simplesmente, chegou ao fim. Até hoje não se pode dizer o que é pior: terminar com alguém que gosta muito de você ou levar um fora de alguém que você adora. É muito difícil identificar que um relacionamento acabou. E quanto maior o tempo juntos, mais difícil se torna. É doloroso perceber que algo em que foi depositado tanto esforço, energia e empenho simplesmente não existe mais. É difícil assumir um fracasso e por isso os sinais ficam tão escondidos, ou às vezes não. A parte que se encontra infeliz no relacionamento estabelecido está compartilhando com você a todo o momento sinais de que o que ela quer, não é o mesmo que você quer. Infelizmente, devido ao medo de ficarmos sós e devido às nossas idealizações, preferimos filtrar estes dados.  Para evitarmos um desastre iminente e nos prepararmos para o pior ou mesmo para podermos evitá-lo foi desenvolvido este teste para muita gente pensar a quantas anda seu relacionamento.

http://www.thiagodealmeida.com.br/site/testes/seu-relacionamento-apresenta-sinais-de-falencia/

Tenho tendência a sofrer por amor?


Algumas pessoas ou por não se conhecerem, ou por serem carentes demais, quase sempre tem dificuldades amorosas e acabam por investir em relações que quase sempre terminam em sofrimento. E você? Tem tendência a sofrer por amor? Com esse teste poderemos saber a resposta para essa pergunta.

http://www.thiagodealmeida.com.br/site/testes/tenho-tendencia-a-sofrer-por-amor/

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Sobre a questão da Friendzone em relacionamentos amorosos


Diferença de idade nos relacionamentos, pode funcionar muito bem!


Veja as características de sentimentos que vão te ajudar a decifrar se você tem química com o seu parceiro. CONFIRA!

Para o relacionamento dar certo, ter química é fundamental. De forma prática, poderíamos descrever esse sentimento como "um conjunto de qualidades e características variadas que existe no outro e que passamos a admirar", segundo especialistas em relacionamento....
"Ter química com alguém é quando acontece uma atração imediata. Notamos isso ao sentirmos em nosso corpo algumas reações, como o coração batendo mais rápido, o gosto do beijo agradável, além de considerarmos a companhia do outro a melhor coisa do mundo", diz Letícia Guedes, psicóloga
O amor, diz a ciência, nada mais é do que uma cadeia de reações químicas que acontecem no cérebro. A ocitocina é um dos hormônios responsáveis para que os casais criem vínculos e estabeleçam uniões duradouras. Trocando em miúdos, é a oxitocina que faz com que nos fixemos unicamente no parceiro. Sem falar de outros hormônios como a dopamina, que produz motivação, e a norepinefrina, que produz alegria.
Para Thiago de Almeida, psicólogo, pesquisador e professor universitário que se especializou em dificuldades dos relacionamentos amorosos, nem sempre acontece uma atração imediata. Isso porque, segundo ele, algumas pessoas percebem que têm essa "química" apenas com o passar do tempo, a convivência e os momentos de maior intimidade, quando podem se conhecer melhor.
"A química ocorre quando um se sente bem ao lado do outro, há compreensão entre elas, a conversa flui de forma agradável, o humor é presente na relação e um sente falta de estar ao lado do outro", explica Thiago, autor dos livros "Relacionamentos amorosos: o antes, o durante e o depois" e "Ciúme e suas consequências para os relacionamentos amorosos".
Uma boa química, analisa a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, autora do livro "Sexualmente ? Nós queremos discutir a relação", muda a dinâmica da relação. Além disso, torna as coisas mais intensas e perigosas, o que nem todo mundo considera exatamente uma maravilha. Mas ela faz uma ressalva: uma boa química não é garantia de amor eterno, mas, sim, de um ótimo começo e de uma ferramenta a mais para a manutenção de um relacionamento estável.

Text
"in clinic"

Um(a) “parceiro(a)-chiclete” que não dá espaço para o outro pode tornar a relação chata, enfadonha e sem futuro.



Ele(a) vive grudado nela(e). Já ela não gosta de sair sem ele ao lado. Um não faz nada se o outro não estiver junto. Quem olha de longe acha que aquele casal é perfeito. Mas, explicam especialistas consultados, ficar grudado no outro não significa que a relação terá futuro. Muito pelo contrário: um “namoro-chiclete”, onde um não dá espaço para o outro, pode tornar a relação chata, enfadonha e sem futuro.
E o problema do “grude” é essa falta de espaço no relacionamento para o outro se desenvolver como indivíduo como explica o psicoterapeuta especializado em relacionamentos e em mudanças de hábitos, Sergio Savian. “O processo de individuação é fundamental para quem deseja crescer. Enquanto você vive grudado em outra pessoa, sempre estará em uma posição infantil de dependência emocional”, avalia Sergio.
Essa grau de grude na relação, analisa Thiago de Almeida, psicólogo especialista em dificuldades do relacionamento amoroso, depende muito dos parceiros envolvidos. “Há pessoas que gostam desse tipo de namoro, gostam do grude, sentem-se bem com isso. Mas, quando um parceiro gosta e outro não, o namoro pode não dar certo”, explica Thiago, considerado o maior especialista em relacionamento segundo American Biographical Institute (ABI).
Numa relação, assegura a psicóloga e também terapeuta familiar e de casal pela UNIFESP, Marina Vasconcellos, nada que é exagerado é bom e essa individualidade deve ser preservada para que cada um se desenvolva, sinta-se bem consigo próprio e se realize como pessoa.
“É necessário que, numa relação, cada um tenha seu espaço garantido com suas atividades individuais intercaladas com as atividades em comum. Só assim é possível estar inteiro para ser feliz ao lado de uma pessoa que respeite seu espaço e necessidades individuais. Com o tempo, essa presença imposta ao parceiro constantemente faz com que a relação se sature”, diz Marina.
E o “parceiro-chiclete” não é exclusividade feminina. Se você pensava que as mulheres eram mais grudentas do que os homens, se enganou. “Acredito que não devemos dizer que as mulheres sejam mais grudentas. Isso independe de gênero. A pessoa é assim grudenta. As mulheres têm uma personalidade mais amável, maternal e talvez isso faça com que pareça mais grudenta, mas muitos homens agem dessa forma”, opina o psicólogo Thiago de Almeida.
A terapeuta Marina Vasconcellos segue a mesma linha de raciocínio. “Em geral, as mulheres, são mais afetivas e têm mais facilidade em demonstrar e falar sobre seus sentimentos. Daí a tendência de parecerem mais grudentas do que os homens”, diz. Então, qual a fórmula para colocar de uma vez um limite no parceiro grudento?
“Se você tem um parceiro deste tipo, e deseja continuar com ele, precisa colocar limites e encaminhá-lo para uma boa terapia”, opina Sergio Savian. “Dialogar sempre. Colocar os problemas para o parceiro, questionar a razão desse grude, mostrar para o parceiro que esse tipo de relação pode ser prejudicial o relacionamento".