quarta-feira, 21 de junho de 2017

Um(a) “parceiro(a)-chiclete” que não dá espaço para o outro pode tornar a relação chata, enfadonha e sem futuro.



Ele(a) vive grudado nela(e). Já ela não gosta de sair sem ele ao lado. Um não faz nada se o outro não estiver junto. Quem olha de longe acha que aquele casal é perfeito. Mas, explicam especialistas consultados, ficar grudado no outro não significa que a relação terá futuro. Muito pelo contrário: um “namoro-chiclete”, onde um não dá espaço para o outro, pode tornar a relação chata, enfadonha e sem futuro.
E o problema do “grude” é essa falta de espaço no relacionamento para o outro se desenvolver como indivíduo como explica o psicoterapeuta especializado em relacionamentos e em mudanças de hábitos, Sergio Savian. “O processo de individuação é fundamental para quem deseja crescer. Enquanto você vive grudado em outra pessoa, sempre estará em uma posição infantil de dependência emocional”, avalia Sergio.
Essa grau de grude na relação, analisa Thiago de Almeida, psicólogo especialista em dificuldades do relacionamento amoroso, depende muito dos parceiros envolvidos. “Há pessoas que gostam desse tipo de namoro, gostam do grude, sentem-se bem com isso. Mas, quando um parceiro gosta e outro não, o namoro pode não dar certo”, explica Thiago, considerado o maior especialista em relacionamento segundo American Biographical Institute (ABI).
Numa relação, assegura a psicóloga e também terapeuta familiar e de casal pela UNIFESP, Marina Vasconcellos, nada que é exagerado é bom e essa individualidade deve ser preservada para que cada um se desenvolva, sinta-se bem consigo próprio e se realize como pessoa.
“É necessário que, numa relação, cada um tenha seu espaço garantido com suas atividades individuais intercaladas com as atividades em comum. Só assim é possível estar inteiro para ser feliz ao lado de uma pessoa que respeite seu espaço e necessidades individuais. Com o tempo, essa presença imposta ao parceiro constantemente faz com que a relação se sature”, diz Marina.
E o “parceiro-chiclete” não é exclusividade feminina. Se você pensava que as mulheres eram mais grudentas do que os homens, se enganou. “Acredito que não devemos dizer que as mulheres sejam mais grudentas. Isso independe de gênero. A pessoa é assim grudenta. As mulheres têm uma personalidade mais amável, maternal e talvez isso faça com que pareça mais grudenta, mas muitos homens agem dessa forma”, opina o psicólogo Thiago de Almeida.
A terapeuta Marina Vasconcellos segue a mesma linha de raciocínio. “Em geral, as mulheres, são mais afetivas e têm mais facilidade em demonstrar e falar sobre seus sentimentos. Daí a tendência de parecerem mais grudentas do que os homens”, diz. Então, qual a fórmula para colocar de uma vez um limite no parceiro grudento?
“Se você tem um parceiro deste tipo, e deseja continuar com ele, precisa colocar limites e encaminhá-lo para uma boa terapia”, opina Sergio Savian. “Dialogar sempre. Colocar os problemas para o parceiro, questionar a razão desse grude, mostrar para o parceiro que esse tipo de relação pode ser prejudicial o relacionamento".

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