terça-feira, 12 de novembro de 2013

CIÚMES PARA QUÊ?

O ciúme é um sentimento que afeta a maioria das pessoas. Afinal, quem nunca ficou minimamente incomodado com uma "ameaça" a seu relacionamento? E não estamos falando apenas de vida amorosa. Irmãos, amigos e até mesmo animais de estimação ou objetos como livros podem ser alvo de alguém ciumento, conforme explica o psicólogo Thiago de Almeida.

Especialista no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso, ele afirma que o ciúme é uma reação que abrange três elementos: ameaça percebida, o conflito entre o que acontece na vida real e o que a pessoa imagina que ocorra, e as ações tomadas para eliminar o risco da perda do ser ou objeto amado.

Este último caso acontece no caso de sogra e nora. "A mãe percebe a chegada da mulher do filho como uma ameaça. Assim, as duas disputam para ver quem é a mais importante na vida do homem, mesmo que ele não dê motivo para essa insegurança", explica Almeida. Tiradas as proporções, isso acontece também com aquele amigo seu que diz não emprestar os livros com medo de que eles não sejam devolvidos.

Até mesmo os animais sentem ciúmes. Se você tem mais de um cachorro, já deve ter notado que, quando dá atenção a um, o outro começa a se sentir incomodado e a querer carinho também. Com gatos, pássaros e até peixes acontece o mesmo, só para citar os domesticados. E o homem não fica atrás. "Todos somos ciumentos, em menor ou maior grau", afirma Almeida. 

 

Ciumento distorce realidade



A diferença é o quanto a outra pessoa se adequa às suas imposições ou faz valer o ponto de vista dela. "Você ocupa o lugar que o outro dá. Se começa a aceitar o ciúme, então vai ceder e se submeter às vontades do parceiro", complementa. Segundo a psicóloga Bettina Volk, a insegurança dá a tônica nos relacionamentos marcados pelo ciúme.

"Cada história é uma história, mas geralmente o ciumento é uma pessoa que quer se sentir especial, amada, e, para isso, transforma o outro no centro das atenções", ressalta. Dependendo do grau, a relação pode até se tornar doentia, adverte o psicólogo Thiago de Almeida. "A pessoa pode até perder o controle da realidade."

Ele conta o caso de uma paciente que vivia uma dicotomia: ela tinha dois empregos para sustentar a casa, mas o noivo era extremamente ciumento. Ele acabou cismando com um de seus trabalhos – que representava 60% da renda dela e no qual a parceira interagia com muitos colegas homens. "Para o companheiro, havia lógica em seu comportamento. Só com sessões de terapia ele conseguiu superar o problema", ressalta.

Bettina conclui: o ciumento deve se lembrar que a outra pessoa também tem uma vida, emoções e sentimentos para conseguir respeitar as escolhas dela.

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