sexta-feira, 10 de junho de 2011

Se o 'amor' acabar saiba o que fazer...


Amor

19.05.2011 - O amor acabou
Tempo e ações positivas ajudam a superar o fim

Mariana Teodoro
Vazio, tristeza e desgosto são sentimentos triviais quando um relacionamento chega ao fim. E para quem leva o fora, a dor ainda é maior. Embora pareça que o mundo tenha desabado sobre a cabeça, é possível dar a volta por cima da situação sem carregar marcas. Para isso, basta colocar em prática duas recomendações: ter paciência para deixar o tempo apagar as mágoas e investir em atitudes positivas. 
Para o psicólogo e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Thiago de Almeida, especialista em dificuldades do relacionamento amoroso, viver o período de luto após o término da relação é importante para a cicatrização das feridas. Segundo o especialista, grande parte das pessoas que termina o namoro ou o casamento sobrevive ao turbilhão de emoções depois de passar por um ciclo de cinco fases.
A primeira etapa é caracterizada pela negação. “No começo, é difícil aceitar o fim”, diz. Depois, vem a raiva. “Geralmente, quem foi deixado ou traído passa a sentir ódio do outro”. Em pouco tempo, o coração pode ficar confuso e, por desespero, recorre-se à barganha. “A pessoa pede a Deus e ao universo que o(a) ex volte”. Mas quando cai a ficha de que não há milagre, bate a depressão. Essa fase de dor profunda precede a última etapa do ciclo, a aceitação. “Finalmente, a pessoa compreende o que aconteceu e se sente recuperada para seguir adiante”, afirma Almeida.
Outro especialista no assunto, o psicólogo Ailton Amélio ressalta que preencher o vazio do término com um novo relacionamento nem sempre é a melhor saída. “É preciso cautela porque, geralmente, a pessoa está em um momento de desequilíbrio emocional. E, sem discernimento, acaba escolhendo parceiros errados para se relacionar novamente”. O psicólogo acrescenta que é mais saudável chegar a um patamar de estabilidade para, então, começar outra relação séria.
A dificuldade em recuperar as boas emoções nesse tempo de espera pode ser atenuada com iniciativas positivas. Segundo Almeida, manter distância do(a) ex é uma forma de se afastar do sofrimento. “Não é recomendável ficar em contato com o(a) ex no intuito de achar que aquilo vai render uma futura volta. O melhor é deixar que as coisas se ajeitem naturalmente.”
Já Amélio afirma que nesse período o mais importante é preocupar-se com a auto-estima. “Quando alguém é rejeitado, a autoconfiança vai pra baixo. É importante voltar-se para si.” Cuidar da aparência, sair com os amigos, fazer atividade física e ler bons livros são práticas que podem ajudar. Por outro lado, diz o especialista, deve-se evitar a idealização do antigo relacionamento. “Se terminou, é porque não tinha mais jeito.”
Quanto aos casais que moravam juntos, a maior dificuldade é preencher o buraco deixado na rotina. “Os projetos são desestruturados. A pessoa não sabe mais para onde vai porque os programas eram feitos com o parceiro(a). Nesses casos a ajuda de um psicólogo é fundamental.”

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