terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Por que algumas mulheres aceitam permanecerem em relacionamentos que exibem sinais de fracasso com pessoas violentas?

É interessante observar que ninguém se enamora, mesmo que por pouco tempo, está satisfeito com o que tem e com o que é. E esta é uma das raízes do enamoramento. Em alguns casos, como o das mulheres ao escolherem seus parceiros, acredito que o romantismo e seus ideais tenham um papel muito forte em tudo isso, e o fator “esperança” também. Muitas mulheres acreditam que o parceiro vá melhorar um dia e se permitem a coisas absurdas a espera de dias (meses, anos...) melhores. E acham que não vão encontrar outra pessoa, e assim, agüentam verdadeiras violências psicológicas e físicas porque abstraem seletivamente as expectativas daquele relacionamento e lembram somente os momentos bons, descontextualizando todo o resto, dos carinhos não recebidos, de cada palavra que a maltratou, de cada de gesto de amor sublimado e sofrem muitas vezes caladas por achar que os amores que sentem pelos seus parceiros possam regenerá-lo, e assim, acostuma-se a sofrer com a solidão, acompanhadas de um parceiro muitas vezes ausente fisicamente e omisso emocionalmente.
            Muitas mulheres acreditam que a felicidade, normalmente, esteja associada a outro ser humano, e nesse caso, ao parceiro amoroso, o que também as leve a permanecerem em relacionamentos que exibam manifestos sinais de fracasso. Dessa forma, por edificar sua esperança na outra pessoa, agem como se fosse a obrigação delas de fazer o relacionamento “dar certo”, como se o parceiro e fosse um príncipe que viesse salvar as mulheres delas mesmas.  E assim, vai acostumando com aquela pessoa, ser mais tolerante ao que nos incomoda, até porque, as mulheres gostam de coisas duradouras e que, por exemplo, não arriscariam um namoro de anos por uma noite de paixão intensa.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Procura-se namorado

Procura-se namorado

As mulheres solteiras atestam: falta homem no mercado. Muitas reclamam até da quantidade, mas o que anda em baixa mesmo é qualidade

18/12/2010 - 17h20 - Atualizado em 18/12/2010 - 17h20
A Gazeta
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Elaine Vieiraevieira@redegazeta.com.br

As mulheres solteiras atestam: falta homem no mercado. Muitas reclamam até da quantidade, mas o que anda em baixa mesmo é qualidade. Afinal, o último censo mostra que existem 97 homens para cada 100 mulheres no Espírito Santo. Uma diferença pequena, se comparada ao tamanho das reclamações das moças.

O problema - elas apontam - é que os homens não estão a fim de compromisso. Só querem saber de balada. Ligar no dia seguinte? Melhor esquecer.

E não pense que isso é papo de mulher encalhada, que só quer arrumar marido. Bem sucedidas e independentes, elas querem sim um companheiro. Mas com a baixa qualidade da oferta, estão preferindo ficar sozinhas.

E aí, vêm os homens, reclamando que as mulheres são exigentes, alguns até assustados com a independência delas. E continua todo mundo solteiro.

Tanto desencontro, para a psicanalista Regina Navarro, autora de "A cama na rede", entre outros livros sobre relacionamento, se deve ao fato de que estamos em plena mudança de comportamento da sociedade.

"Essa mudança começou com os anticoncepcionais, e ainda vai demorar para acabar. Por isso, hoje, mulheres autônomas dividem espaço com aquelas que ainda acham absurdo dividir a conta do motel, que só querem os benefícios da liberação. O mesmo acontece com os homens. Apesar de gostarem e se beneficiarem disso, ainda tem um monte que fica grilado quando a mulher transa no primeiro encontro", destaca.

Mas será que os homens só querem sexo casual? Eles garantem que não. Afinal, namoros e casamentos continuam acontecendo. "As mulheres também querem sexo, a diferença é que elas o encaram com um meio para ter um relacionamento sério, e não como prazer em si, como os homens", frisa Regina.

Se ninguém quer ficar sozinho, a saída é se abrir para novas oportunidades. "As pessoas vão para a balada encontrar parceiros, mas se esquecem de olhar para os lados no dia a dia. Quando se tem algo em comum, é muito mais fácil que o relacionamento dê certo", orienta o psicólogo especialista em relacionamentos Thiago de Almeida.

O psicoterapeuta Aílton da Silva dá o recado: "Homens também se apaixonam, precisam de relacionamentos afetivos e se comprometem com suas parceiras. Mas eles estão mais abertos para o sexo casual do que elas, o que pode ser uma oportunidade de aprendizado para ambos", opina.

"Namorei por muito tempo, mas hoje entendo quem não quer compromisso. É uma questão de prioridade"Stephanie Cunha, 19 anos, comerciária

"É difícil encontrar alguém para namorar sério. Fica mais fácil se você já tem amizade com a pessoa"Isabela de Andrade, 19 anos, estudante

"Não sinto necessidade de namorar agora. Tenho muitos amigos homens, iria rolar ciúme e quero minha liberdade"Rafaella do Couto, 21 anos, Estudante

"No rock, não pego telefone. Mulher de balada não é para namorar. Nesses lugares ninguém quer nada sério"Flávio Bianchi, 25 anos, estudante

"Homem gosta de mulher difícil, que se valoriza. Se for fácil, pegar um monte na balada, a gente perde o interesse"Renan Guerra, 20 anos, estudante

"Não nego que é bom transar no primeiro encontro. Mas é difícil engatar um relacionamento a partir daí"Victor Chieppe, 20 anos, estudante

Romântica, ela não liga de ficar "para titia"

"Está difícil até para conversar com os homens", aponta a assistente de exportação Flávia Souza Santuzzi, 37 anos. Solteira há quatro, ela reclama que eles não se importam mais com a conquista. "Não se dão nem ao trabalho de perguntar seu nome numa festa, só querem beijar. Por esse tipo de relação, prefiro ficar sozinha", frisa. Mesmo vendo as amigas e as irmãs namorando, casando e tendo filhos, ela não liga de ficar "para titia". "Sou uma pessoa à moda antiga. Enquanto não encontro alguém especial, vou aproveitando a vida", detalha.

Para ela, falta maturidade aos homens

A funcionária pública Luciene Vervloet Feu Rosa, 46 anos, já foi casada, mas acha que está difícil engatar um relacionamento sério. Solteira há 24 anos, ela já teve namoros longos nesse período, mas afirma que falta homem com quem queira dividir a casa novamente. "Casei nova, com 17 anos. Depois que conquistei independência, não abro mais mão dela. E isso assusta os homens". Bem-resolvida com a solteirice e bem-sucedida na vida profissional, Luciene reclama. "Os homens da minha idade são muito possessivos. Já aos mais novos, falta maturidade", aponta.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Como superar - dar os primeiros passos - depois do fim de um relacionamento?

Primeiramente o mais adequado a se fazer é dar tempo ao tempo. Às vezes além do fato do relacionamento acabar, acaba de maneira que causa muitas feridas. No início não será fácil, mas tua recuperação dependerá muito do tipo de ocupação que você escolherá daí para a frente, isto é: em vez de perder tempo remoendo o que passou, ocupe tua mente em coisas que te serão proveitosas no futuro, como trabalho, aprender nova língua sair com amigos, viajar, ficar mais bonito(a) para si mesmo(a), sem se esforçar tanto em esquecer o(a) ex e de evitar tudo o que te lembre o tempo que passaste com ele(a). Mas, vamos pensar juntos: quem era você antes dele(a) que se separou de você? Devemos nos relembrar que antes de conhecer essa pessoa que se separou do nosso relacionamento você já era a pessoa que é, ou seja, que você já vivia muito bem sem ela. Em outras palavras, você é bemmaior que isso.
Como acontece com toda perda, é preciso "elaborar o luto", deixar os pensamentos entrarem em ordem, entender o que aconteceu, acomodar o coração. Procure as coisas que você foi deixando de lado por conta do relacionamento. É importante também nos lembrarmos que você terminou um relacionamento não a vida, superar vai doer sim, mas não paralisá-la(o) permanentemente para os próximos relacionamentos e oportunidades que estão para chegar. Sim, você pode chorar à vontade, conversar com um bom amigo para desabafar, ficar de luto, enfim, por para fora o acontecido.
Comece a realizar aquilo que você desejava fazer e não podia quer seja por falta de tempo ou de dinheiro, faça aquilo que você gostava de fazer e que ele(a) não gostava de fazer com você. Outra sugestão para o final do relacionamento é a de fazer algo que você goste e se dedicar muito a isso e muito tempo ao que escolher. Logo, o caminho das pedras não consiste em ficar se isolando e amargando tristezas, e sim começar uma nova fase. São poucas as tentativas de reconciliação que dão certo, é quase uma loteria por isso eu acho que não vale à pena ficar esperando por uma reconciliação. Use as experiências do passado para não errar no futuro cometendo os mesmos erros. Não tente se relacionar com alguém para esquecer o outro. Se do ponto de vista social isso é muito comum e aceitável, sob os aspectos psicológicos isso é ruim; sem falar que isso é dar direito aquela pessoa com quem você já não tem mais nada de comandar sua vida no relacionamento atual.
Você vai aprender a superar o fim de um relacionamento da mesma maneira de quando você começou a andar: dando passinhos, mas devagar, que é para não você não se magoar ainda mais. Siga em frente porque, é pra frente que se anda. Muda o teu visual, estabeleça novas metas, saia de casa, vá ao cinema, arrume uma nova turma. Enfim, um bom futuro te espera, dependendo da tua nova atitude. Depois dessa maré, dê uma chance a você mesmo, existem muitas pessoas boas e interessantes por aí, basta que você se permita conhecê-las.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Como identificar que o relacionamento acabou e tomar coragem de terminá-lo

Sinais do fim

Como identificar que o relacionamento acabou e tomar coragem de terminá-lo

Júlia Reis e Verônica Mambrini, iG São Paulo | 04/12/2010 08:00
Os carinhos diminuíram, assim como as risadas. O sexo esfriou e as brigas são constantes. Sintomas de uma relação em crise são facilmente identificáveis. A parte difícil é perceber se tudo isso significa mais que uma fase ruim: será o fim de uma história de amor?

Para a psicóloga e terapeuta sexual Margareth dos Reis, os sinais da mudança no clima do relacionamento podem ser sutis no início, mas a distância entre o casal aparece inevitavelmente. “Fica claro quando os dois têm mais frustrações e decepções que alegrias. Eles deixam de cumprir o que imaginavam fazer quando começaram a vida juntos”, aponta.
Foto: Getty Images
Diminuição dos beijos na boca é sinal de crise no relacionamento
A gente não transava mais, não se beijava. Perdemos o pique dos passeios legais”, conta Laura Sobenes, fotógrafa, 23 anos. Ela terminou seu namoro de dois anos quando percebeu que as expectativas e a convivência não eram as mesmas do começo. Ela gostava de balada, ele era caseiro. Ela queria sair com os amigos, ele passava bastante tempo na casa da avó. As tentativas de equilíbrio deram certo por algum tempo. “Ele tentou se doar um pouco, me acompanhar, eu tentei maneirar na bebida e no cigarro”, conta ela. Mas as diferenças começaram a machucar: “Relacionamento é construir coisas juntos, mas isso ia matar nossa vida”, diz.

Em tempos de crise profunda é comum que um dos lados perceba primeiro que não há mais jeito. No caso de Laura, foi o namorado que quebrou o silêncio e questionou o futuro dos dois. Ela concordou. Para Thiago de Almeida, psicólogo especialista em relacionamentos amorosos, quando uma relação chega ao fim, as expectativas e planejamentos se esgotam. “Acaba o que dava vontade de estar ao lado daquela pessoa”, diz.
Foto: Alexandre Carvalho - Fotoarena
Laura Sobenes: “Relacionamento é construir coisas juntos, mas isso ia matar nossa vida”
Termômetros da relação
Segundo Thiago, quando o sentimento e o amor estão no fim, há sinais específicos do distanciamento emocional. “Fui percebendo que ele virou meu amigo”, conta Laura. Na fase final do namoro, o casal se encontrava apenas uma vez por semana e a rotina tomou conta do dia a dia. A diminuição dos beijos na boca, demonstração constante de casais apaixonados, serve de alerta. “O afastamento começa nessa parte e se estende ao restante do contato físico”, aponta Thiago.

As questões cotidianas também ganham um peso maior quando há conflitos emocionais. Os pequenos defeitos do outro parecem enormes, por exemplo. “Para os homens, o que era visto como bondade passa a ser visto como falta de assertividade na companheira”, aponta Thiago. Nesse clima se percebe a perda da admiração pelo outro. Assim, queixas objetivas, como as financeiras, viram motivo da discórdia e as reclamações específicas se transformam em críticas à pessoa.

Um sintoma claro de crise é questionar a exclusividade sexual. Quando o desejo de sair com outras pessoas é forte e constante, a crise provavelmente está batendo na porta.

Separar ou dar uma chance?
Se um relacionamento caminha para o fim, não quer dizer que já está enterrado. Por um lado o término é a resposta para todas as frustrações, mas há o receio da precipitação. “Às vezes as pessoas só enxergam o caminho do fim e não testam outras possibilidades”, diz Margareth. Segundo ela, o que determina se a relação tem condições de continuar é a disposição do casal em tomar atitudes e dialogar sobre as insatisfações. Sem essa renovação, a tendência é que a união “empobreça e morra”, como define a psicóloga.

Thiago concorda. Para ele, o que diferencia os casais bem sucedidos dos interrompidos é a capacidade de enfrentar e solucionar problemas.

Para dar uma chance ao amor, é preciso renovar a relação e rever projetos a dois. Segundo Lilian Gattaz, psicanalista, o fim do relacionando, em geral, não é equivalente ao fim do sentimento. Mas se o esforço para salvar um casamento ou namoro é grande demais, é possível que mesmo amando uma das partes desista de tentar. “Vale resgatar até o último segundo, mas às vezes você põe todas as suas forças e não tem salvação”, diz. E com o esgotamento, a relação não tem volta.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Natal do Senhor, Natal para você: um momento de alegria ou de melancolia?

Mais um ano se passou e, inevitavelmente, chega o final de ano. Tradicionalmente ao término do ano as pessoas tendem a ficar mais solidárias e predomina um certo sentimento de paz e fraternidade nas relações interpessoais. No entanto, parece que tais atitudes se limitam exclusivamente a essa época do ano, como se, na verdade, representassem mais uma obrigação moral e cristã, mesmo que isso não seja admitido. Tanto que, no restante do ano, esses sentimentos ficam em segundo plano.
 É Natal! Quais as imagens que lhe vêm à mente ao escutar esta palavra? E os sentimentos que estão associados a essa data, são de alegria ou melancolia? Por que o Natal (para o bem e para o mal) mexe tanto com o sentimento das pessoas?
Neste momento incomparável da noite de Natal, os sentimentos serão diversos e, não raramente, paradoxais. Por um lado quando nos próximos dias 24 e 25 de Dezembro grande parte da população cristã ocidental comemora com alegria a data simbólica do nascimento de Jesus Cristo. Por outro lado, há os que são dominados por certa melancolia nessa época do ano, muitas vezes resultante de não terem com quem compartilhar essa data ou mesmo por acharem que ela os obriga a um convívio forçado com familiares com os quais, na verdade, não têm muita intimidade. Outros ainda não vêem muito sentido em comemorar nada, diante do balanço que fazem da própria vida. Se é algo assim tão universal, por que tem tanta gente que não gosta de Natal? A que se subordina este pesar existencial, esses sentimentos difusos de tristeza e solidão são comuns no período de final de ano?
Na sociedade ocidental, o Natal remete à solidariedade, à união e ao amor. Se existe desavença ou discórdia provavelmente haverá aqueles para os quais esta data terá uma visão negativa. É como se a data perdesse o significado. Por ocasião do final do ano, as pessoas se perguntam qual o sentido de sua existência, questionam sua relação consigo mesmo, com a família e com o mundo de modo geral e acabam chegando à conclusão de que talvez estejam melancólicos porque para muitos, não há presentes. Não há comida. E a família não é o ideal que se imagina, pois, o homem contemporâneo festeja o Natal, mas mantém uma relação frouxa com a família e a data pode evidenciar, esta farsa, ao refletirmos um sem número de ligações frouxas e de aparência que estabelecemos diariamente. Pensando assim, ocasionalmente a melancolia seja também um pouco constitutiva do Natal, pari passu, com a alegria. E, por vezes, o Natal não seja tão colorido quanto os dos comerciais na TV e, infelizmente, sem se dar conta, para algumas pessoas Jesus ainda é uma escultura de pedra nas catedrais e uma ficção nos corações.
 Paralelamente ao espírito de congregação natalino que inunda o coração de muitos, desavenças familiares, o simbolismo de consumo e fartura também colocam em dúvida o real significado do Natal. Por conta disso, o sentimento de solidão se acentua ainda mais para aqueles que não estão perto da família ou que perderam recentemente alguém querido.
Normalmente esta melancolia aparece em datas festivas como o Natal e o Ano Novo, ou mesmo a páscoa, que são períodos em que as pessoas saem do corre-corre da vida para se dar conta da mesma, do tempo, da finitude, do que foi e do que poderia ter sido. Nessas datas especiais, todavia, nos damos conta da temporalidade e da finitude. Neste sentido, a raiz da melancolia, acredito eu, tem ligação com essa infância que tivemos e que habita ainda em nós. A melancolia existe porque a sua razão de ser é ainda mais profunda: remete-nos para o sentido da vida. Melancolia tem relação com a necessidade de recuperar algo que foi perdido, ainda não saibamos bem o que seja.
Dessa forma, visitas de final de ano, quitutes natalinos, cartões de Boas festas que inundam os correios, muitas vezes correm o risco de se tornarem meras manifestações protocolares de caráter social, que no íntimo é para dizer ao outro que eu me lembrei dele, mas servir também de aviso ‘velado’ para que o outro se lembre que eu existo também, por favor. É uma tentativa de escape da solidão no meio dos ‘homens de boa vontade’. É claro que amenizar a tristeza na companhia de amigos ou de outros familiares deve ser feito apenas se a própria pessoa se sentir confortável dessa maneira. Se achar que vai estar melhor sozinha, o momento deve ser respeitado. Não há uma fórmula ideal que integre bem estar e o espírito natalino.
Ao sabor agridoce das nossas desavenças, de nossos planos irrealizados, borbulham taças de brindes sem fim, devido a expectativa de celebração de muita comida. Assim, para muitos, Natal e Réveillon são os maiores algozes de nosso subconsciente, pois são momentos de fazermos uma análise em nossas vidas. Ilustrando: é a hora que o garçom traz a conta. E, não temos como fugir dela, ainda que tenhamos esquecido a carteira. Em outras palavras, desta dor melancólica, que muitos sentem no Natal, não se pode fugir completamente. Não há esquiva suficientemente eficaz. Tudo é paliativo. É o momento de repensar muita coisa que aconteceu neste ano que passou, talvez até por mais tempo, e ver se a sua vida está valendo à pena.  Tudo é cobrança. Tudo é incerteza. Tudo é solidão. Todos os arrependimentos aparecem, sem mais, nem menos.
Natal é melancólico até porque a maioria das pessoas no mundo não tem nada a celebrar mesmo, e as que celebram nem sabem por que estão fazendo isso. Muitas famílias que se reúnem não se gostam, ou quando se juntam, acabam bebendo demais e falando coisas que não teriam coragem de resolver sóbrias.
Então, como então resgatar o verdadeiro sentido do Natal? Não se trata de uma tarefa fácil, já que este resgate deve começar agora, e a partir dos nossos corações. É indispensável uma reflexão mais profunda sobre os valores do Natal meditando uma epopéia de pelo menos 2010 anos atrás. E você, como celebra a data: com alegria ou com um pesar existencial?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Palestra sobre União, Separação e Perdas Amorosas

“União, Separação e Perdas Amorosas”


A Palestra
Quase todos nós crescemos acreditando que um dia iremos encontrar a ‘pessoa certa’ aquele ser especial com o qual estamos destinados a conviver por toda a eternidade. Mas no caso da maioria das pessoas a vida real não atende essa expectativa ou ainda quando se unem acabam rompendo por diversos motivos. Muitos costumam se casar acreditando na promessa de permanecerem juntos que do ‘até que a morte nos separe’. A incapacidade de ter um relacionamento bem-sucedido é vista como um fracasso pessoal pela maioria das pessoas, e isso leva milhões de pessoas a fazerem terapia ou a acreditarem que a frustração é um processo que terão que lidar cotidianamente.  Costumamos dizer que ninguém é de ninguém, mas mesmo assim, o ser humano não sabe lidar com as perdas. Principalmente as perdas amorosas. Então, neste bate papo o palestrante Thiago de Almeida, especializado no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso, procurará discorrer sobre os principais processos na dinâmica da união amorosa para prevenir separações e gerar encaminhamentos adequados quando as mesmas ocorrerem.

Conteúdo da palestra:
·         Fatores mantenedores para a união amorosa;
·         Uniões que caminham lado a lado com a dor e a decepção;
·         Tipos de perdas;
·         Os estágios de recuperação das perdas amorosas;
·         Enfrentamentos e soluções para separações e perdas amorosas.
O Palestrante
Thiago de Almeida – Psicólogo especializado no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso. www.thiagodealmeida.com.br
Informações Práticas
Data: 24/11/2010                                   
Horário: das 19h00 às 21h00
Investimento: R$ 30,00 por pessoa ou R$ 35,00 no ato
Forma de pagamento: depósito bancário ou no ato (no dia da palestra)
Dados bancários:Banco do Brasil - Agência: 1888-0 - Conta Corrente: 6717-2
Titular da Conta: Thiago de Almeida
Inscrições: até 19 de Novembro
envie o seu comprovante de depósito para: thiagodealmeida@thiagodealmeida.com.br ou
o confirme pelo telefone (11) 5579-1050 - até o dia 19/11/2010.
somente pelos telefones:
(11) 5572-1331; (11) 5572-9454; (11) 5579-2920 ou (11) 5579-1050 (fax)
Local: Clínica Psicológica - Rua: Dr. Neto de Araújo, 363 - Vila Mariana
Ponto de Referência: dois quarteirões do metrô Vila Mariana
Público-alvo: aberto para todas as pessoas interessadas.


Terapeuta trata sobre amor na adolescência e bullying durante palestra em São Carlos

No dia 18 de novembro, será realizada no Departamento de Letras (DL) da UFSCar a palestra "O amor para os adolescentes e a questão do bullying". O tema será ministrado pelo psicólogo Thiago de Almeida, mestre em Psicologia pela USP São Paulo, que realiza atendimento clínico em São Carlos e em São Paulo sobre as dificuldades dos relacionamentos amorosos. A atividade é aberta a todos os interessados e não é necessário efetuar inscrição.

O bullying é um termo que descreve atos de violência física ou psicológica praticados por uma ou mais pessoas com o objetivo de intimidar outro indivíduo. Assim, o objetivo da palestra é discutir o assunto e trazer orientações específicas para pais, professores e adolescentes, que podem interagir mais cedo ou mais tarde com esta questão.

Na palestra serão abordados aspectos da formação dos adolescentes, tanto em relação às mudanças físicas dos meninos e meninas, quanto aos eventuais problemas de bullying que essa fase pode provocar. O psicólogo Thiago de Almeida ressalta que a adolescência é uma importante fase de desenvolvimento, principalmente devido às transformações corporais sofridas pelos jovens.

O evento será realizado a partir das 8 horas, na Sala de Projeções do DL, localizado na área Sul do campus São Carlos. Mais informações pelo telefone (16) 3351-8358.

Terapeuta trata sobre amor na adolescência e bullying durante palestra em São Carlos

No dia 18 de novembro, será realizada no Departamento de Letras (DL) da UFSCar a palestra "O amor para os adolescentes e a questão do bullying". O tema será ministrado pelo psicólogo Thiago de Almeida, mestre em Psicologia pela USP São Paulo, que realiza atendimento clínico em São Carlos e em São Paulo sobre as dificuldades dos relacionamentos amorosos. A atividade é aberta a todos os interessados e não é necessário efetuar inscrição.

O bullying é um termo que descreve atos de violência física ou psicológica praticados por uma ou mais pessoas com o objetivo de intimidar outro indivíduo. Assim, o objetivo da palestra é discutir o assunto e trazer orientações específicas para pais, professores e adolescentes, que podem interagir mais cedo ou mais tarde com esta questão.

Na palestra serão abordados aspectos da formação dos adolescentes, tanto em relação às mudanças físicas dos meninos e meninas, quanto aos eventuais problemas de bullying que essa fase pode provocar. O psicólogo Thiago de Almeida ressalta que a adolescência é uma importante fase de desenvolvimento, principalmente devido às transformações corporais sofridas pelos jovens.

O evento será realizado a partir das 8 horas, na Sala de Projeções do DL, localizado na área Sul do campus São Carlos. Mais informações pelo telefone (16) 3351-8358.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Palestra nesta quarta feira!!! Não Percam!

“As diferenças entre o universo
masculino e o feminino e o seu encontro”


A Palestra

Você já se fez a seguinte pergunta: “Porque eu não encontro um grande amor, alguém com quem eu possa compartilhar minhas alegrias e dissabores cotidianos?”. Se a sua resposta foi sim, continue lendo...


Carências, encontros, desencontros e reencontros afetivos são temas comuns, quando se trata de amor e mobiliza os seres humanos entre si, na tentativa de serem felizes e se realizarem. Muitos relacionamentos não vão avante porque as pessoas não estão certas do motivo de sua aproximação e o seu real interesse pela outra pessoa, ou ainda, do que se passa na cabeça da outra pessoa. Existem diferenças entre homens e mulheres e também fatores que os aproximam, contudo, muitas vezes não sabemos nem como interagir com o outro sexo, seja com interesses afetivos, sexuais, ou outros. E quando pensamos em relacionamentos afetivos entre as pessoas normalmente nos enganamos acreditando que a atração física e/ou amorosa são os únicos responsáveis na hora de se ter sucesso na área amorosa. Muitos fatores estão envolvi dos neste processo e, dessa forma, é necessário termos conhecimento sobre o que fazer, como agir, em quem investir para não continuarmos frustrados acreditando que o amor é para alguns privilegiados.


A temática dos relacionamentos amorosos é uma das áreas mais importantes da vida das pessoas. Infelizmente, tal importância é mais percebida quando as coisas não vão bem. Quando isso acontece tanto o nosso humor, quanto a nossa capacidade de concentração, a nossa energia, o nosso trabalho e a nossa saúde, dentre outras dimensões das nossas vidas, podem ser profundamente afetados. Se quisermos ir ao encontro do outro e permitir que uma pessoa venha ao nosso encontro e não desperdiçarmos mais as oportunidades que a vida nos dirige, devemos compreender que os processos e os comportamentos envolvidos na interação entre os sexos é muito importante uma vez que esses fenômenos ocupam na maioria das vezes papéis centrais na vida das pessoas.


Portanto, nesta palestra o psicólogo especializado em dificuldades do relacionamento amoroso Thiago de Almeida, buscará abordar e dar suporte a essas e outras lacunas existentes tais como:


·        A psicologia masculina e feminina: diferenças e pontos em comum;

·        As expectativas que antecedem a paquera e a hora do encontro;

·        A busca e a conquista do ser amado;

·        A linguagem e a comunicação na paquera.











O Palestrante
Thiago de Almeida – Psicólogo especializado no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso.



Informações Práticas
Data: 13/10/2010

Horário: das 19h30 às 21h30
Investimento: R$ 25,00 por pessoa ou R$ 30,00 no ato
Forma de pagamento: depósito bancário ou no ato (no dia da palestra)
Dados bancários:

Banco do Brasil

Agência: 1888-0

Conta Corrente: 6717-2

Titular da Conta: Thiago de Almeida
Inscrições: até 8 de outubro

envie o seu comprovante de depósito para: thiagodealmeida@thiagodealmeida.com.br ou

o confirme pelo telefone (11) 5579-1050 - até o dia 08/10/2010.

somente pelos telefones:

(11) 5572-1331; (11) 5572-9454; (11) 5579-2920 ou (11) 5579-1050 (fax)
Local: Clínica Psicológica
Rua: Dr. Neto de Araújo, 363
Vila Mariana

Ponto de Referência: dois quarteirões do metrô Vila Mariana
Público-alvo: aberto para todas as pessoas interessadas.


domingo, 19 de setembro de 2010

Para você que sofre de ejaculação precoce - Saiba como tratá-la

Ejaculação precoce: A ejaculação precoce ou também conhecida como ejaculação rápida é a mais comum disfunção sexual masculina, independente da idade. Embora a Ejaculação rápida é considerada uma das queixas mais comuns, não há ainda uma definição universalmente aceita para a mesma. Considera-se que um homem sofra dessa dificuldade quando:
(1)A ejaculação ocorre com um estímulo muito pequeno;
(2)A ejaculação ocorre antes, durante ou quase que imediatamente depois da
penetração;
(3)homem alcança o orgasmo e ejacula muito depressa e sem controle voluntário
do que está acontecendo e antes de desejá-lo;
(4)Em relatos de ausência do orgasmo pela parceira frequentes.
(5)Em um tempo mínimo estipulado entre a introdução peniana e a ejaculação;
(6)Em um número mínimo de movimentos coitais antes da ejaculação.
(7)Ocorra em mais da metade dos encontros sexuais;
Atualmente, com os objetivos de diagnóstico e tratamento a investigação clínica completa deve conter dados sobre: fatores como idade, a história clínica do paciente, sua função ejaculatória (tempo de latência, controle), sua atividade sexual (experiência, frequência, avaliação detalhada de sua parceira, interação sexual, etc.), perfil psicológico (contexto sócio-cultural, histórico da disfunção, relação com situações específicas, etc.). A fim de tratamento o conceito mais aceito para a ejaculação rápida é ausência de controle voluntário sobre o processo ejaculatório de maneira que o homem não consegue adiar o
mesmo.
Muitos homens negam esta dificuldade porque desde sua juventude carregam este tempo ejaculatório. É fato que, a ejaculação rápida é comum na juventude, no encontro com novos parceiros ou até após algum tempo de abstinência sexual. Contudo, quando se estende pela maturidade e se torna presente em mais da metade dos encontros sexuais, torna-se aí sim um problema crônico, e pode ser caracterizado como um transtorno sexual. É fato que esta dificuldade pode gerar severos problemas de autoestima para a pessoa que é afetada diretamente para ele, além de repercutir para o casal, ou mesmo, para parcerias que a pessoa afetada pela dificuldade se engajar na forma de insatisfações diversas.
Para a maioria dos casos o tratamento mais eficaz é associação da psicoterapia e da farmacoterapia, ou seja, de remédios específicos para o caso.
·
Reperspectivar a sexualidade masculina anteriormente centrada no pênis ao redimensioná-la para um foco mais abrangente além da genitalidade;
·
Resgatar o vínculo conjugal e fortalecê-lo que poderá estar prejudicado pelo tempo em que o casal, não só o homem, está padecendo com esta dificuldade;
·
Diminuir a sua ansiedade em relação a ser rápido no coito através de técnicas terapêuticas.
·
Promover a autoestima masculina ao ajudá-lo a desenvolver todo o seu potencial erótico, ao invés de um prazer que dura pouco tempo;
·
Eliminar as inseguranças sexuais por meio da aquisição de conhecimentos específicos sobre o corpo humano (seu e da parceira), seu funcionamento e a interação entre eles sem preconceitos ou estereotipias.
A psicoterapia vai atuar em relação a esta dificuldade de forma a:

Violência em relacionamentos amorosos, não seja mais uma vítima - SAIBA MAIS

Segundo estimativas no mundo toda a violência está entre as principais causas de morte do mundo todo. No entanto, embora os números sejam preocupantes, há uma quantidade de pesquisa incipiente no tocante a violência que é um fenômeno progressivo e que muitas vezes se manifesta no começo do namoro entre os jovens casais que se escolhem para seguir um caminho juntos e desenvolverem um relacionamento afetivo-sexual.
A escolha do parceiro, para um relacionamento afetivo-sexual como o namoro, é uma das mais importantes decisões que faremos ao longo da vida. Ainda que observemos a grande fragilidade da permanência e da satisfação em nos relacionamentos amorosos contemporâneos, pode-se constatar que cada pessoa passará pelo processo de escolha de parceiros somente umas poucas vezes na vida. Esta escolha pode ser francamente destrutiva ou altamente terapêutica, no sentido de poder impulsionar mudanças em direção à saúde, ou de estimular um funcionamento psicológico mais adequado. Daí decorre que uma das escolhas mais inadequadas que podemos fazer em se tratando de relacionamentos amorosos é estabelecermos um relacionamento com uma pessoa que é ou se mostrará violenta ao longo do curso do namoro. Day et al. (2003) nos colocam que há que se buscar, cada vez mais, desenvolver trabalhos e programas com abrangência mais ampla, para abarcar a vítima, o abusador e o restante do grupo familiar, em face das múltiplas facetas abarcadas pela violência.
Engane-se quem acredita que a violência nas relações íntimas é um fenômeno que está circunscrito ao casamento, com o homem a subjugar a mulher, embora estatisticamente a violência contra a mulher seja muito maior do que a contra o homem. Em todaspartes do mundo, etnias, grupos religiosos, idades, classes sociais e gerações o fenômeno da violência está presente, embora não se possa negar quemulheres sejammais atingidas pelas suas manifestações. Em outras palavras não é um fenômeno manifesto somente entre adultos, ou ainda, para determinadas etnias, classes sócio-econômicas mais ou menos abastadas e nem desaparece com a mudança de geração. As novas gerações provam o contrário e começam a se agredir mutuamente já na adolescência em seus primeiros relacionamentos afetivo-sexuais estabelecidos. Denomina-se violência conjugal a violência entre marido e mulher, namorados ou ex-parceiros.
Chegam ao ponto de insultar, ameaçar e até apelar para a violência física, o que constitui um alerta de risco para a violência marital. Muito longe da violência conjugal ser um fenômeno também descrito apenas ao âmbito clínico, ela está nitidamente presente no cotidiano de muitas pessoas. Não raramente, no namoro,agressões são mútuas e a vítima interpreta esses atos erroneamente como manifestações normais do descontrole emocional produzido pelo ciúme, e assim, minimizam o episódio. Praticamente todasescolas da psicologia evidenciam a família como o palco do desenvolvimento dos futuros problemas e neuroses da pessoa, seguindo uma orientação psíquica e biológica, baseadas na fragilidade e dependência do ser humano. O que se é desconsiderado é que antes de uma díade se encaminhar para um relacionamento estável para consolidarem uma família, por exemplo, é que escolhas amorosas precisam ser feitas. E o ideal que essas escolhas pudessem não trazer problemas que lesem a integridade física ou psicológica de cada um de seus componentes.
O comportamento agressivo e a violência em relacionamentos íntimos
O comportamento agressivo manifesta-se logo na primeira infância. Geralmente o padrão é os meninos copiam o comportamento dos pais. Logo, não é uma coincidência que uma grande parte das mulheres de homens violentos tenham sido vítimas de violência na infância. As meninas, por exemplo, que foram surradas ou violentadas por pai, avô ou tio se não receberem orientação adequada, podem crescer com a idéia de que violência é uma conseqüência natural e inevitável do relacionamento amoroso. Dessa forma, uma das possibilidades é que essas meninas acabem, mesmo que inconscientemente, escolhendo parceiros violentos. Para quebrar esse círculo vicioso, só existe uma saída: tratamento psicológico das vítimas para que superem seus traumas.
Poder-se-ia pensar que devido à imaturidade e a falta de experiência, em consonância com os esforços de querer se integrar ao mundo adulto mais precocemente para dominar e controlar pudesse contribuir para a manifestação de comportamentos violentos para com os outros e, dessa forma, o adolescente recorre aos mecanismos de vitimação de suas parcerias constituídas. Mas e quando o agressor é uma pessoa adulta que está namorando? Observa-se que o agressor com estas características recorre às mesmas estratégias de vitimação, ou seja, à violência psicológica e às tentativas de controle social da vida do(a) namorado(a).
A violência no namoro, e especialmente pararelações juvenis foi está sendo progressivamente considerada um problema social relevante e merecedor de atenção em si mesmo (CALLAHAN TOLMAN SAUNDERS, 2003). Muitas vezes escamoteada, especialmente em casos de violência psicológica contra o(a) parceiro(a), e quando os agressores não são declaradamente violentos e o quadro não parece se enquadrar em uma situação de violência, algumas agressões físicas ou psicológicas a um dos parceiros pode passar desapercebida. Mas, não nos enganemos, sob uma perspectiva linear, a violência implica no caráter lesivo ou destrutivo com um objetivo perfeitamente assinalado (BARBERÁ, 2004).
E a violência se estabelece e se atualiza a cada dia nos relacionamentos amorosos, às vezes sem que se perceba com clareza os inúmeros prejuízos que pode acarretar para a relação se não houver uma intervenção adequada. Zillman (1994) aponta que a violência pode ser impulsionada pelo mecanismo de frustração de expectativas e por necessidades que por algum motivo não foram contempladas, contudo o principal objetivo é maltratar para infringir sofrimento. De acordo com Barberá (2004, p. 215) “trata-se de uma vinculação marcada por um jogo relacional que obedece a uma necessidade de poder e competência”. Nesse sentido, fundamentados em qualquer um dos pólos do eixo domínio-submissão, desenvolvem-se atitudes características que cerceiam, oprimem e estimulam o estabelecimento de uma culpa corrosiva naqueles que são vitimizados pelos diversos comportamentos violentos.
Faces da violência no namoro
O abuso pelo parceiro violento pode tomar várias formas, inclusive agressões físicas tais como golpes, tapas, chutes e surras, abuso psicológico por menosprezo, intimidação e humilhação constantes, coerção sexual, dentre inúmeras outras possibilidades. A violência é um fenômeno multidimensional e que apresenta várias conseqüências tanto para os algozes que a perpetram bem como parapessoas que são prejudicadas por ela. Barberá (2004) sugere algumas categorias para entendermos melhor de que forma a violência pode se manifestar, que no seu exercício podem aparecer sozinhas ou ainda simultaneamente:
  • Exercício da violência cotidiana por meio dos mecanismos de controle e autoritarismo.
De acordo com a autora situações de controle emergem sempre que não se satisfaz de que o fraco mantenha uma relação de estreita dependência com o poderoso, que o consegue, conseqüentemente, um status de superioridade que o reafirma. Quando os agressores exercem o controle ativo, o comportamento mais freqüentemente observado em suas vítimas é a passividade e o conformismo com a própria situação vigente.
A violência também pode se manifestar em um relacionamento por meio da imposição de mecanismos autoritários, isto é, quando um dos parceiros tenta impor sua autoridade para o outro. A partir de então, a relação se converte num campo de batalha declarado ou encoberto, no qual o(a) parceiro(a) que sai do roteiro previamente estabelecido para ele(a) pode ser severamente retaliado(a). O estabelecimento desta forma da violência geralmente é sutil e a primeira via que ela toma é o de controle ao parceiro, com ares de preocupação com o relacionamento e com o bem estar do próprio parceiro. Tão sutil que pode ser imperceptível para quem nunca sofreu a violência conjugal. Dessa forma, por meio de mecanismos de controle à liberdade da parceria constituída como, por exemplo, manifestar o ciúme como uma sinonímia do amor que sente, ou ainda, de sua preocupação com o parceiro ou com a relação, o comportamento violento do agressor se esconde por detrás da máscara da simpatia. Dessa forma, como ilustrações do comportamento de controle no que diz respeito ao ciúme é o isolamento forçado da mulher em relação à sua família e amigos, a vigilância constante de suas ações e a restrição de seu acesso a recursos variados. Os motivos da violência doméstica não são necessariamente magoar o parceiro, mas sim em manter o poder e controle sobre a vitima. Em geral, a simpatia é normalmente o único lado do agressor que o resto das pessoas conhecem. Esse quadro só muda quando o agressor perde o controle sobre o outro e permite que outras pessoas testemunhem suas agressões.
Seja como for, a agressão mínima, imperceptível a princípio, tende sempre a aumentar e se estender a inúmeras áreas do namoro. O comportamento agressivo é progressivo: pode começar com a tentativa "socialmente aceita" de estabelecer controle e poder sobre o outro, e aos poucos vai crescendo e se tornando mais destrutivo. Um exemplo disso é quando o namorado impõe para a parceira com que roupa devem andar juntos. Daí, para se ter controle em outras áreas da vida da parceira é uma questão de tempo, se ela se submeter a esses testes a sua capacidade de auto-afirmação, apenas evidenciando a assimetria que existe entre vítimas do controle e de seus vitimadores.
  • Exercício da violência cotidiana por meio da chantagem afetiva.
Segundo Madanes (1993, apud Barberá, 2004) em nome do amor são construídas verdadeiras situações de tortura emocional, que, entretanto são negadas em razão do próprio amor. Nem por isso elas infringem menos sofrimento aos parceiros para a qual a chantagem afetiva é articulada para se conseguir algo. Pessoas de quaisquer idade e sexo, em todos os tipos de relacionamentos, podem sucumbir a este tipo de estratégia psicopatológica perpetrada conscientemente ou inconscientemente pelo seu perpetrador.
Exemplos de chantagens são os mais diversificados possíveis: pressão do chantagista, geralmente cercada de ameaças como, por exemplo, suicidar-se em oposição à resistência da vítima em atendê-lo por sentir ir contra seus princípios ou vontade. Quando o homem, por exemplo, exerce uma chantagem afetiva culpabilizando sua parceira, pode ocorrer desta assumir a culpa por não ter se comportado de acordo com o que acha que deveria fazer, ou mesmo, de acordo com aquilo que acredita ser capaz de realizar. Esta estratégia pode gerar muitos danos para a auto-estima dos parceiros para a qual a chantagem é dirigida. Uma ilustração mais proeminente acerca da chantagem é a manipulação das relações sexuais, sobretudo, quando o parceiro quer influenciar a pessoa com quem está namorando a aderir a esta prática bem antes do que naturalmente consentiria. Notadamente a chantagem emocional com vistas a se obter cópula e/ou favores sexuais está presente em outros relacionamentos e se torna uma ferramenta na qual parceiros podem violentar suas parcerias amorosas.
A pessoa chantageada, não raramente, assume o mal-estar do provedor para si mesma, sentindo-se responsável por ter “aparentemente” infringido algum sofrimento ao provedor da chantagem, quando na verdade, esta situação foi instalada na cabeça dessa vítima pelo seu vitimador. O denominador comum para os inúmeros casos de chantagem são os sentimentos compartilhados de desaprovação e de recriminação do vitimador em relação à vítima e esta passa a experenciar a vivência do fracasso que lhe foi imposta sem compreender ao certo que se trata de uma injustiça emocional a ela atribuída. Uma vez que a vítima ceda à chantagem, há uma alta probabilidade de repetição da situação, o que pode chegar a se tornar um ciclo vicioso.
  • Exercício da violência cotidiana por meio da coação
Comete um erro quem imagina que o fenômeno da violência está representado significativamente pelo uso agressivo da força de determinada pessoa ou grupo contra uma outra pessoa ou grupo. O conceito de violência também além da força física usada indevidamente, à possibilidade ou ameaça de utilizá-la contra uma outra pessoa. Isso implica no conceito de coação. A coação ocorre quando o agressor utiliza de quaisquer procedimentos para obrigar e procurar forçar a outra pessoa a realizar determinada situação contra a vontade desta pessoa.
O isolamento, por exemplo, imposto pelo parceiro agressor durante o namoro é também um importante fator de risco para a violência, embora muitas vezes não seja reconhecido como tal pelos jovens. O empenho no isolamento da vítima e até mesmo alguns comportamentos de stalking (e.g., impedir contactos sociais com os pares) que configuram alguns dos sinais de risco que podem identificar a violência. No entanto, estes podem ser confundidos com manifestações de amor ao parceiro (LEVY apud CALLAHAN TOLMAN SAUNDERS, 2003). Também a falta de experiência relacional, associada à necessidade de emancipação e de independência dos jovens nesta fase (e.g., condições que conduzem à procura de um tempo superior de relacionamento a sós e à tomada de decisões de forma autônoma), nem sempre facilitam o reconhecimento de uma condição de vitimação, tampouco a identificação de eventuais recursos para a gerir (e.g., contacto com outros adultos ou pares) (MATOS et al., 2006).
O estudo da violência nos casais
A partir da década de 1990 começaram a surgir na literaturaprimeiras referências a programas de prevenção contra a violência nas relações amorosas em casais juvenis. A maioria buscou, fundamentalmente, mostrar aos jovens a gravidade da violência e educá-los acerca de comportamentos não-violentos na intimidade. Por meio de ações diversas, procuraram, essencialmente, diminuir a probabilidade de os participantes se tornarem, no futuro, potenciais ofensores ou vítimas (JAFFE et al., 1992).
Os casais que vivenciam a violência em seus relacionamentos afetivo-sexuais constituem uma amostra representativa da capacidade do ser humano ao se adentrar nos labirintos da destruição, do sofrimento e do indefensável (BARBERÁ, 2004). Embora alguma controvérsia permaneça relativamente à sua real prevalência e distribuição em termos de gênero esta não é uma problemática rara nesse contexto dos relacionamentos amorosos. E assim, como na violência marital, a violência no namoro pode traduzir-se num impacto significativo para a vítima, resultando em danos diversos (GLASS et al., 2003), a curto e a longo prazo (e.g., disfunções do comportamento alimentar, estresse pós-traumático, perturbações emocionais, comportamentos sexuais de risco).
A violência no namoro, bem como o processo de vitimação na família de origem pode ser melhor compreendida à luz da perspectiva da transmissão intergeracional da violência. Este tipo de explicação, que tem subjacente a noção de aprendizagem social, postula que o comportamento de cada indivíduo é determinado pelo ambiente em que este se insere, especialmente pelos membros da sua família, por meio de mecanismos de observação, reforço, modelagem ou coação (GELLES, 1997).
Prevenção da violência
Alguns estudos referentes à violência conjugal têm sido direcionados para a sua compreensão. Paralelamente a essa tendência, procurou-se enfatizar o aumento da conscientização do público acerca da violência entre parceiros porém, muito ainda tem de ser feito, pesquisado e esclarecido, quando se fala em prevenção. Assim comodiversas manifestações da violência, os esforços preventivos ao nível da violência no namoro também podem assumir diferentes dimensões. Matos et al. (2006) citam alguns:
a) prevenção primária: trabalhar compessoas que não tiveram contato com realidades violentas ou experiências de vitimação, procurando ajudá-los a manter essa condição
b) prevenção secundária: trabalhar especificamente com pessoas paraquais existe o risco de se tornarem vítimas ou agressores na intimidade (e.g., adolescentes vítimas de violência parental, ou ainda, casos de adolescentes expostos à violência interparental)
c) prevenção terciária: trabalhar com indivíduos que já foram alvo de violência no namoro e que procuram ajuda para essa condição, de forma a reduzir esse impacto e a evitar uma nova vitimação e/ou trabalhar com indivíduos que perpetraram violência e que procuram, voluntária ou coercitivamente, interromper esse tipo de comportamentos. Deve-se ensinar, sobretudomulheres, a evitarem e a se defenderem de homens violentos. Mulheres com boa auto-estima saberão se posicionar adequadamente a homens que apresentem comportamento violento, por menor que seja.
Dessa forma, idéias errôneas como apalpões, toques contra a vontade da vítima e a pressão para ter relações sexuais, dentre todaspossíveis violências multiformes, freqüentemente não são considerados uma violação aos parceiros, porque consideram seu direito explorar o corpo do(a) namorado(a). Outra crença errônea que vitimiza muitas parcerias constituídas é que o ciúme é tido como prova de amor e, portanto, algumas retaliações são bem-vindas para a harmonia do relacionamento.
Caso ocorram reincidências por parte do parceiro pelos comportamentos violentos, o melhor a se fazer é renunciar a relação para assegurar a própria saúde física e psicológica. Contudo, abandonar um relacionamento abusivo é um processo que, freqüentemente, inclui períodos de negação, culpa e submissão antes que a vítima finalmente compreenda que o abuso continuará a se repetir e passe a se identificar com outras mulheres na mesma situação. Este é o início do processo de ruptura e recuperação.
Os estudos que abordam o núcleo familiar e a sua relação com a violência têm demonstrado como os vínculos iniciais estão correlacionados com os comportamentos na vida adulta ante os amigos, pais, parceiros, comunidade, no envolvimento comregras e normas culturais, e tanto na capacidade de amar quanto na de desenvolver atos de crueldade contrapessoas mais próximas (WIDOW, 1996). Outro aspecto a ser evidenciado da prevenção da violência de gênero, de caráter mais amplo, passa pelo desenvolvimento de políticas governamentais, comunitárias e institucionais que estimulem relações de gênero paritárias, que estimulem a cooperação entre homens e mulheres, que promovam a autonomia e a resiliência das mulheres, bem como a resolução não violenta e eficaz dos conflitos entre parceiros (HAGE, 2000).
A violência no namoro é um importante preditor da violência conjugal (HAMBY, 1998), até mesmo porque partilha alguns dos fatores de risco associados à violência marital (KAURA ALLEN, 2004) reforçam a importância da prevenção em fases relacionais precoces.
Considerações finais
Um dos mais graves problemas que atingem a humanidade é a questão da violência, por meio do uso intencional da força física ou do abuso de poder exercido contrasuas vítimas. Sobretudo, o abuso das condutas violentas no contexto das suas relações íntima é uma problemática que está chamando cada vez mais a atenção da sociedade devido ao número crescente deste fenômeno.
Observa-se que a violência física, em relacionamentos íntimos, quase sempre é acompanhada de abuso psicológico. A maioria das vítimas, especialmente mulheres que sofrem alguma agressão física sofrem, geralmente, vários atos de agressão ao longo do tempo. Será a noção de “justa causa” que legitimará a violência para os agressores e que aparece com freqüência nas pesquisas sobre violência realizadas em muitos países?
Em geral, vítimas e agressores não percebem que a violência não é aceitável, contudo, essa percepção não isola nem erradica o problema. Freqüentemente parceiros vitimizados pelo agressor suportam altos limiares de violências impostos por seus parceiros e atingem o ponto de ignorar a violência sofrida, sobretudo, quando ela aparenta ser menor ou mesmo motivada pelo descontrole em algumas pessoas provocado por fatores como o ciúme. Logo, ao se pensar no tema violência conjugal, e ainda dentro de um grupo significativo de nossa população, os jovens namorados, exige-se pensar em prevenção.
A experiência do abuso da violência do parceiro pode comprometer consideravelmente a auto-estima da pessoa vitimizada, e a expõe a um risco mais elevado de padecer de problemas mentais, como depressão, fobia, estresse pós-traumático, tendência ao suicídio e consumo abusivo de álcool e drogas.
Especialmentemulheres sãomaiores vítimas do abuso da violência masculina. E há que se evidenciar que o medo da mulher é um aliado poderoso para o agressor. Exemplificando-se, o receio de perseguições e retaliações por parte do parceiro acaba por levá-las a se renderem ao domínio do namorado agressor, o que, não raro, impedem-nas de reagirem mais cedo. Então, como a violência vem geralmente acompanhada do segredo e da negação, favorece com que muitos casos sequer cheguem ao sistema de Justiça ou mesmo ao sistema de Saúde.
Segundo Greenspun (2002) ciclos de abuso no casal como agressão, perdão, reconciliação que se alternam demonstram que os laços amorosos podem prevalecer sobre a violência. No entanto, é importante salientar também que uma seleção de parceiro bem feita é tão importante quanto o próprio relacionamento, já que isto, a priori, economizaria o tempo e os investimentos de ambos os componentes numa relação insatisfatória, especialmente, para um de seus componentes (ALMEIDA, 2003). Deveríamos ter em mente que o amor, romance, namoro ou qualquer nome que utilizarmos para nos remeter a relacionamento afetivo-sexual, não pode ser encarado como uma recreação ou passatempo dos finais de semana, sendo tratado como uma extensão de nossas atividades profissionais.
Torna-se necessário, assim, que novas pesquisas sejam realizadas, face aos inúmeros aspectos envolvidos neste tema, garantindo assim, uma melhor observação do fenômeno da violência. Ainda assim, acredita-se útil e oportuna a divulgação deste trabalho na medida em que poderá contribuir para a realização de outros estudos que visem aumentar e/ou verificar a generalidade dos resultados. Aproveitadas tais contribuições, novos estudos serão mais que bem-vindos.
Referências
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