domingo, 30 de março de 2014

NAMORAR COMBATE O ESTRESSE

Você sabia que namorar ajuda a combater a ansiedade e depressão? Conheça os benefícios do relacionamento amoroso


Texto: André Bernardo/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Letícia Maciel 
Estar apaixonado ajuda a combater doenças, como ansiedade e depressãoFoto: Shutterstock 
Namorar faz bem ao organismo. E à autoestima também. É o que reafirma um estudo da Associação Americana para o Progresso da Ciência. A neurocientista Wendy Hill pesquisou o comportamento de 15 casais de estudantes, divididos em dois grupos. Enquanto os pares do primeiro grupo se beijaram durante 15 minutos (com direito à luz suave e música romântica), os do segundo grupo tiveram que se contentar em apenas conversar durante esse período.
Por meio da análise de sangue e urina dos participantes, a pesquisadora verificou que os níveis de cortisol — hormônio ligado ao estresse — dos membros do primeiro grupo despencaram, enquanto os do segundo grupo se mantiveram inalterados. O resultado da pesquisa não surpreendeu o psicólogo Thiago de Almeida, da USP, especialista em relacionamentos amorosos. Segundo ele, além de reduzir o estresse e aliviar as tensões, estar apaixonado ajuda a combater doenças, como ansiedade e depressão. “O amor fortalece o sistema imunológico contra agentes patogênicos, como vírus, fungos e bactérias”, confirma.

Um pouco de machismo faz bem à relação?

"Um pouco de machismo [na relação] faz bem senão vira bagunça", disse o ator Bruno Gissoni. O que você pensa a respeito? Especialistas opinam sobre o assunto!


Foto: Thinkstock
Foto: Thinkstock
Da REDAÇÃO
Uma declaração recente do ator Bruno Gissoni, em entrevista ao jornal "O Globo", deu o que falar. Para ele, "um pouco de machismo [na relação] faz bem, senão vira bagunça". O ator vive o personagem André na novela "Em Família", e namora Luíza, interpretada pela atriz Bruna Marquezine. Depois, pelo Twitter, o ator se defendeu dizendo que não é machista e que sua declaração foi tirada de contexto. A questão é que nenhuma atitude de natureza machista faz bem em relacionamentos afetivos.
Mas não estamos tão distante dessa realidade comportamental dos homens. Basta relembrar de alguns comentários típicos, como "mulher que faz sexo no primeiro encontro não serve para casar"; "cuidar da casa, lavar e passar é coisa de mulher"; "mulher minha não tem que trabalhar fora"; "mulher que gosta de usar roupas curtas é porque quer ser cantada" ou ainda a clássica "homem velho com mulher novinha é normal, mas o contrário não é legal". Essas e outras mais são algumas das afirmações machistas mais reproduzidas no dia a dia. E embora elas sejam ditas de maneira sarcástica, são atitudes como essas que definem alguém como machista, explica o psicólogo Thiago de Almeida, que também é autor dos livros "Relacionamentos amorosos: o antes, o durante e o depois" e "Ciúme e suas consequências para os relacionamentos amorosos".
Sobre a declaração de que um pouco de machismo é bom para a relação, Thiago avalia que muitos homens ainda pensam dessa forma. Ele ainda reforça que não há necessidade desse tipo de ideologia para um relacionamento se traduzir em duração e qualidade em termos de satisfação para ambos os envolvidos. "Muito pelo contrário: esse tipo de pensamento está fadado ao fracasso. Uma boa relação se constrói tendo por base amor, respeito, companheirismo e diálogo. Se o homem tem pensamentos machistas, a mulher deve considerar se realmente vale viver alicerçada nestes fundamentos. A mulher não deve aceitar viver sob a sombra de um companheiro machismo, senão ela irá se frustrar e viver infeliz na relação", explica.
Para Oswaldo M. Rodrigues Jr., que é psicólogo, psicoterapeuta sexual e membro do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana, uma pessoa machista é aquela que vê o homem sempre de maneira superior à mulher. Mas é importante entender também que há mulheres machistas. "Muitos homens e muitas mulheres pensam assim! Um exemplo é a mulher que convida o homem para jantar e, na hora de pagar a conta no restaurante, se ele propõe dividir as despesas, ela se levanta e vai embora, deixando-o sozinho", opina Oswaldo, que também é membro dos Conselhos Consultivos da WAS (World Association for Sexual Health).
E aquela velha discussão de que os homens são machistas por conta da criação das mães? Para Thiago de Almeida, muitas famílias ainda criam seus filhos para serem os provedores. E dependendo do ambiente que crescem - comunidades, amigos ou escola - os meninos ainda acreditam que devem ser superiores às mulheres. "Nisso, algumas mães, também pela maneira como foram criadas, acreditam que seus filhos devem, sim, mandar em suas futuras mulheres, pois elas mesmas obedecem a seus maridos", analisa o psicólogo.
Para Renata Yamasaki, os filhos devem receber a educação afetiva e sexual em casa, aprendendo a conhecer valores da vida sem as distorções da cultura e da sociedade. "É em casa que eles precisam ser ensinados das virtudes morais", diz. Em relação aos problemas que um relacionamento machista pode trazer à mulher, Oswaldo analisa que isso depende de quem são as pessoas envolvidas no casal. "Uma mulher machista necessita de um homem machista. Por sua vez, uma mulher machista espera que o homem pague a conta do restaurante, do motel, da viagem de férias etc. Quando o casal não tem a mesma proposta ideológica, com certeza, haverá conflito", comenta o psicoterapeuta.
Na avaliação da psicóloga Renata Yamasaki, um homem com atitudes machistas tende a rebaixar a mulher e a derrubar sua autoestima fazendo com que ela sinta-se diminuída e por baixo. "Esta atitude pode levá-la a sentir-se fraca, sem coragem, não conseguindo reverter a situação em que se encontra, tornando-se 'refém' dessa relação doentia. Em alguns casos vale até mesmo procurar ajuda profissional especializada para ajudar essa mulher a entender e a se posicionar diante desta situação", avalia a psicóloga.
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