A autoestima, também conhecida como amor próprio, é um
sentimento que faz parte da personalidade e deve ser constituído ao longo do
desenvolvimento humano. Durante toda a vida, o homem constrói uma imagem de si
mesmo que o leva a estabelecer uma confiança em suas capacidades. Uma vez
estipulados os seus limites, o convívio com outras pessoas torna-se mais fácil e
as chances de ser bem-sucedido em um relacionamento amoroso também tendem a
aumentar.
Para o psicólogo
Thiago Almeida, a falta de autoestima pode influenciar em diversos fatores,
podendo determinar uma pessoa frustrada e infeliz. "Pessoas com baixa
autoestima, frequentemente recorrem ao isolamento e quando são 'obrigadas' a
interagir socialmente podem causar grandes transtornos. Todo ser humano tem
necessidade de valorização positiva e esta é aprendida mediante a
interiorização, ou introjeção, das experiências de valorização realizadas pelos
outros", explica.
O cuidado para
evitar a desvalorização de si mesmo pode começar por se evitar a rigidez com a
forma física. A maneira como a pessoa se vê é a base para a construção de uma
imagem positiva do que se é. "A autoestima apresenta altos e baixos. Ela se
revela nos acontecimentos psíquicos e fisiológicos e emite sinais através dos
quais podemos detectar seu grau. Vivemos contemporaneamente, e mais do que em
quaisquer outros períodos que nos antecederam, uma cultura do corpo",
afirma.
O psicólogo explica
que o sentimento está diretamente ligado à felicidade, pois através da
autoconfiança, as pessoas se consideram boas, competentes e decentes. Ele
garante que a valorização de si mesmo influencia no amor e afirma que alguns
autores acreditam que quando uma pessoa tem a autoestima rebaixada nutre ilusões
a respeito do que pode esperar dos outros, abriga intensos temores, além de ter
uma forte predisposição para manifestar desapontamentos e desconfiar das outras
pessoas. "Haveria uma clara associação entre a autoestima rebaixada,
consequentemente, a sensação de insegurança e, finalmente, o ciúme",
revela.