domingo, 4 de dezembro de 2011

Para alcançar a felicidade é preciso estar bem com o espelho

A autoestima, também conhecida como amor próprio, é um sentimento que faz parte da personalidade e deve ser constituído ao longo do desenvolvimento humano. Durante toda a vida, o homem constrói uma imagem de si mesmo que o leva a estabelecer uma confiança em suas capacidades. Uma vez estipulados os seus limites, o convívio com outras pessoas torna-se mais fácil e as chances de ser bem-sucedido em um relacionamento amoroso também tendem a aumentar.
Para o psicólogo Thiago Almeida, a falta de autoestima pode influenciar em diversos fatores, podendo determinar uma pessoa frustrada e infeliz. "Pessoas com baixa autoestima, frequentemente recorrem ao isolamento e quando são 'obrigadas' a interagir socialmente podem causar grandes transtornos. Todo ser humano tem necessidade de valorização positiva e esta é aprendida mediante a interiorização, ou introjeção, das experiências de valorização realizadas pelos outros", explica.
O cuidado para evitar a desvalorização de si mesmo pode começar por se evitar a rigidez com a forma física. A maneira como a pessoa se vê é a base para a construção de uma imagem positiva do que se é. "A autoestima apresenta altos e baixos. Ela se revela nos acontecimentos psíquicos e fisiológicos e emite sinais através dos quais podemos detectar seu grau. Vivemos contemporaneamente, e mais do que em quaisquer outros períodos que nos antecederam, uma cultura do corpo", afirma.
O psicólogo explica que o sentimento está diretamente ligado à felicidade, pois através da autoconfiança, as pessoas se consideram boas, competentes e decentes. Ele garante que a valorização de si mesmo influencia no amor e afirma que alguns autores acreditam que quando uma pessoa tem a autoestima rebaixada nutre ilusões a respeito do que pode esperar dos outros, abriga intensos temores, além de ter uma forte predisposição para manifestar desapontamentos e desconfiar das outras pessoas. "Haveria uma clara associação entre a autoestima rebaixada, consequentemente, a sensação de insegurança e, finalmente, o ciúme", revela.

Sentir saudades faz parte de um relacionamento à distância

Driblar a saudade é um dos maiores desafios do namoro à distância. Ingrid Menezes, 18 anos, de São Bernardo, sente isso na pele há 11 meses. O namorado mora em Ponta Grossa, no Paraná - onde se conheceram duranteviagem  com a família - e o casal tenta se ver todos os meses. "É difícil não poder passear no parque e discutir sobre nosso futuro. Sonho com o dia em que as despedidas e o sofrimento vão acabar."Apesar de parecer chata, a saudade ajuda. É prova de que sente a distância do outro e que está se preparando para encontrá-lo. "Na maioria dos casos, é saudável. Não é motivo de afastamento, mas lembrete de que realmente gosta de quem se está esperando", acredita Thiago de Almeida, psicólogo especialista emrelacionamento amoroso.Ingrid afirma que vale a pena cada dia de espera. "A partir do momento que se tem certeza de que gosta da pessoa, qualquer esforço vale a pena." Para ela, fortalece o relacionamento, pois ensina a dar mais valor ao outro. "Faz com que tenhamos disposição de fazer de tudo para que possamos ficar sempre juntos."Todo namoro, seja presencial ou virtual, tem chance ou não de dar certo. Se o casal descobriu que à distância não dá, o jeito é terminar. Em qualquer situação é difícil dizer ao outro que não quer mais, mas é sempre melhor falar a verdade. "A gente pensa demais pelo outro, acha que não vai ter estrutura emocional, mas todos estão acostumados a ouvir não. Levar um fora faz parte da vida", diz o psicólogo Thiago de Almeida.Se não dá para falar pessoalmente não tem problema. O que não pode é manter compromisso que não agrada mais. Diego Martins, 19 anos, de São Bernardo, percebeu que namorar à distância não dava certo para ele e terminou. "É muito difícil, principalmente quando precisamos de um abraço, de ter alguém por perto." Além disso, afidelidade é essencial e ele havia conhecido outra pessoa. "Disse a verdade, pois não queria magoá-lo".Diego conheceu o ex-namorado em uma sala de bate-bapo e o adicionou no MSN. Durante três meses conversaram por horas todos os dias, além de trocar cartas e presentes pelo correio. "Ver a letra do outro é forma a mais de demonstrar carinho." Hoje, tem certeza de que terminar foi a melhor solução. "Encontrei quem me faz feliz e que mora a meia hora da minha casa."