quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Até onde vai o amasso?

 

Luciane Mediato
Especial para o Diário

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Existe coisa mais gostosa do que o amasso? A pegação é processo natural de intimidade do casal. Mas se não quer pagar mico ao ser interrompido pelos pais, inspetor do colégio e até pelo segurança do shopping, é bom ir com calma. Quem passou por isso nunca esquece. Camila Cerejeiras, 17 anos, de Santo André, foi pega na sala com o namorado. "As coisas esquentaram. Quando estava sem camiseta e ele com a calça aberta, meu pai viu. Ouvi uma hora de bronca e não pude levar meu namorado para casa durante um bom tempo."
O chato não é só ser pego pela família. A lei também está de olho na mão boba. Existe um artigo (Lei de Contravenções Penais Artigo 61) que diz que se alguém for pego se amassando em local público ou importunar e ofender alguém por isso, pode pagar multa de até R$ 200 mil.
Se não quer passar por situação constrangedora, procure lugares mais reservados para o amasso. Evite locais públicos e cheios de gente. Cuidado também com áreas comuns de prédios, como escadas. O casal Fernanda Grecco, 15 anos, e Nicolas Machado, 15, de São Bernardo, concorda que algumas coisas devem ficar na privacidade. "Beijar em público não tem problema, mas não é legal ficar se pegando em qualquer lugar. Na escola e na rua é ruim", diz Nicolas.
Do outro lado, estão os pais, que já passaram por isso quando eram mais novos. "Todo mundo já namorou, mas é preciso ter respeito. Como mãe tenho obrigação de orientar minhas filhas. Nessa idade, ninguém se preocupa com as consequências", acredita Laura Cerejeiras, 46, mãe da Camila.
O limite da mão boba - Independentemente do local da pegação, a regra básica, segundo a sexóloga Carla Cecarelho é que o casal deve estar de acordo com a situação. "Cada um sabe onde deve colocar a mão e que lugar pode ser tocado. Vale lembrar que existe diferença entre amasso, preliminar e sexo."
Para Carla, o amasso é quando as mãos tocam o corpo, não importando se está de roupa ou calcinha e cueca. "Se avançar mais um pouco e começar a ter masturbação e toques mais íntimos, isso já é preliminar. É sexo se acontece o sexo oral."
Outra coisa: "Só fica grávida se houver penetração, ou seja, é necessário que ocorra relação sexual. Também há casos em que a ejaculação acontece próximo à vagina. Se a menina estiver em período fértil, o espermatozoide pode chegar ao canal vaginal", explica Carla. Por isso, e para se proteger de doenças, é importante usar camisinha até no sexo oral.
Só o beijo também pode transmitir doenças como herpes, cárie, gengivite, hepatites A e B, HPV, faringite, gripe, sífilis, mononucleose, entre outras. "Beijar na boca de várias pessoas aumenta em quatro vezes as chances de contrair doenças", diz Carla.
Não é obrigação - Não é que os avós e pais não quisessem avançar o sinal, mas era mais difícil na época deles. Geralmente, namoravam no sofá com a supervisão dos pais. A garota tinha horário certo para voltar do baile, para onde só podia ir acompanhada do irmão mais velho. Nas décadas de 1950 a 1970, era comum os casais serem interrompidos pelos lanterninhas dos cinemas. Em muitos casos, só podia beijar na boca depois do casamento.
E não é porque seus colegas vivem se agarrando por aí que você deve se sentir obrigado a fazer o mesmo. "Cada um tem o seu tempo de amadurecimento sexual. Não é porque já tem seios ou barba que precisa virar a pegadora ou o pegador", acredita o psicólogo Thiago Almeida, especialista em relacionamentos, que complementa: "O amasso é algo natural e com o tempo vai rolar, independentemente da idade."

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