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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Relacionamento à distância pode dar certo?

Telefone e internet podem ser os melhores aliados quando seu amor está longe de casa

Uma transferência de cidade por causa do trabalho ou uma temporada fora do país para estudar línguas. Esses são exemplos de situações que podem separar duas pessoas que se amam. Outras relações já nascem marcadas por essa separação, como é o caso de parceiros de lugares diferentes que se conheceram pela internet ou numa viagem de férias. Mas independentemente do fator que causou o afastamento, especialistas no assunto recomendam que os casais nesta posição adotem algumas atitudes para evitar que a distância geográfica mine o relacionamento. Confira sete delas a seguir:

O que a gente quer?
“Não há duvidas que as relações à distância têm mais dificuldade de perdurar, mas isso pode acontecer se as duas pessoas tiverem a mesma expectativa sobre o futuro do casal”, analisa Ailton Amélio da Silva, psicoterapeuta autor do livro “Relacionamento Amoroso: Como Encontrar Sua Metade Ideal e Cuidar Dela” (Publifolha). De acordo com Ailton, os parceiros têm que conversar para ver se querem a mesma coisa desse namoro. “Não vai dar ser certo se um estiver pensando em viver junto no futuro próximo e outro achar que é só um namorico”, alerta.

Sem confiança não dá
A inseparável dupla ciúme e insegurança é possivelmente a maior ameaça para um namoro deste tipo dar certo, na opinião do psicólogo Dirceu Moreira, autor do livro “A Matemática do Amor” (Wak Editora). “Eles trazem sofrimento, provocam cegueira emocional e corroem os alicerces dos relacionamentos”, diz o especialista sobre esses complicados sentimentos. Para Dirceu, a única maneira de evitá-los e com bastante diálogo e a maior transparência possível. Se forem francas e constantes, essas conversas vão aumentar o nível de confiança do casal, que ficará menos vulnerável a essas emoções negativas.

Parceria tecnológica
Os casais contemporâneos que namoram à distância tem uma vantagem em comparação aos que viviam há 20 anos: a internet. A rede mundial tem uma série de programas gratuitos que funcionam como aliados dessas relações. “O Skype, o MSN e a webcam facilitam o contato diário entre os namorados, o que é muito importante para fortalecer o vínculo emocional entre eles”, explica Thiago de Almeida, psicólogo especializado em relacionamentos e autor do livro “A Arte da Paquera – Inspirações à Realização Afetiva” (Letras do Brasil). “Mas não vale ficar cobrando quando um dos dois não puder falar. Tem que ter espontaneidade também, não precisa ser aquela burocracia de conversar todo dia na mesma hora”, pondera Ailton. Uma boa dica é assistir um filme ou um programa de TV ao mesmo tempo e ficar comentando via messenger. Aproxima os amados e diminui a sensação de afastamento.
E o desejo sexual?
O vínculo sexual é muito importante para relacionamento do casal como um todo, mas como mantê-lo num namoro a distância? “O sexo virtual pela internet ou por telefone pode ajudar aliviar um pouco o desejo dos dois, mas obviamente não substitui o sexo em si”, esclarece Thiago, ressaltando que muitas pessoas conseguem sublimar mais a libido do que outras. “É uma necessidade natural de qualquer ser humano, numa relação mais longa é mais fácil de lidar com isso. Quando ela é recente, com os sentimentos mais intensos, é mais complicado”, prossegue o expert.

Não se mortifique
Depois um longo tempo, finalmente chegou o dia se encontrar. Mas depois dos primeiros carinhos, o casal só fica lamentando as dificuldades de amar à distância. “Quem fica reclamando, perde oportunidade de aproveitar o tempo de estar junto”, pontua Dirceu, advertindo que essa atitude é também improdutiva, já que ela não vai resolver o problema. O segredo é curtir o momento sem culpa e sem drama.

Pirando com os detalhes
Outro fator que pode atrapalhar os encontros é o anseio de tornar tudo impecável. Como esses momentos são raros, é quase irresistível ficar planejando cada passo para que nada dê errado na hora. Mas esse desejo de perfeição pode tornar a relação artificial e nada divertida. “Como não vivem na mesma cidade, esses casais também não conhecem plenamente os parceiros. Quando passam um tempo juntos, eles têm a oportunidade de se conhecer. Saber das qualidades e defeitos, do que incomoda ou não no comportamento de cada um”, avalia Thiago.

Sem distância
Os namoros à distância podem dar certo com os cuidados sugeridos pelos especialistas, mas o casal tem que planejar, mesmo que em longo prazo e sem precipitação, o momento em que vão viver juntos ou pelo menos na mesma cidade. Para isso, talvez seja necessário mudar de emprego ou pedir transferência na empresa, por exemplo. E aí é que entra o planejamento. “O que não dá é ficar eternamente nessa situação de viver separado. Além disso, a ideia de que num futuro definido essa separação vai acabar, ajuda diminuir a insegurança e a segurar a barra da situação atual”, finaliza Ailton.  Via ig.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Internet atrapalha? O amor em tempos de redes sociais

Ferramentas oferecidas pela internet como o Facebook, Orkut e Twitter foram criadas para aproximar e proporcionar interação entre conhecidos ou desconhecidos. Mas o que tem acontecido ultimamente é um efeito inverso. Em vez de unir, as redes sociais têm desestruturado relacionamentos, principalmente os amorosos.

De acordo com o psicólogo,  especialista no tratamento de dificuldades amorosas, Thiago Almeida, as relações são consolidadas pelas pessoas e não pela tecnologia. Por isso, cada um deve ser responsável pelas suas atitudes diante da rede. “Uma pessoa ciumenta será ciumenta também na internet. Alguém inseguro ou insatisfeito também será assim online. Pensando nisso, cada um deve saber como agir, o que deve ser feito e com quem se relaciona”, explica.

Para o pesquisador de cybercultura da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Lúcio Teles, as redes favorecem tanto a união quanto a separação dos casais se os pares não souberem como encarar as interferências externas. “As discussões vão depender muito de como o casal recebe as intromissões alheias no seu relacionamento. Se eles veem comentários e novas amizades como invasores da privacidade e motivo de ciúmes e brigas, isso vai gerar transtorno. Mas se o casal levar como um momento engraçado, isso pode ser construtivo”.

Segundo Teles, pessoas insatisfeitas com a sua relação amorosa se sentem mais seguras dentro destas redes sociais, devido à privacidade e à liberdade que a internet proporciona. “Se comunicar via chats ou e-mail é um fator que facilita os encontros virtuais, sem que necessariamente este seja o propósito do acesso à internet. Interesses em comum levam pessoas a grupos no Facebook e Twitter, por exemplo. Dessa forma, elas se cadastram nos mesmos eventos e, quem sabe, podem iniciar uma amizade online”, diz.

De acordo com o pesquisador, é comum que o desgaste de um relacionamento amoroso ajude no desenvolvimento destas novas relações. “Se a pessoa já se sente predisposta a entrar nestes sites, sabendo que lá  existe o "risco" de novas relações, talvez ela esteja insatisfeita com a atual situação do casal. Ou seja, ainda que este novo envolvimento leve a uma possível separação, é provável que esse seja o resultado de um processo já existente e a internet tenha apenas acelerado seu fim, não necessariamente sendo o motivo inicial”, conta.

Os especialistas afirmam que o mais importante para um bom convívio na internet é que o casal se conheça e saiba até onde vão os limites do parceiro. “Tudo vai depender de como os dois vivenciam esta superexposição de fotos, comentários e novas amizades. O casal deve conversar e entrar em acordos para que nenhum agrida o limite do outro”, conclui Teles.

sábado, 29 de janeiro de 2011

O amor nos tempos da web

O amor nos tempos da web

Acostumados a resolver questões cotidianas pela internet, jovens avançam nos sites de relacionamento amoroso, antes dedicados aos mais velhos

Renata Honorato e James Della Valle
  Jovem solteiro procura: busca por parceiro é nova missão da geração Y na web (Comstock)
A estudante universitária Juliana da Silva Sá, de 21 anos, nunca viveu um namoro sério, mas tem intimidade com a internet. Começou a usar a rede por volta dos 10 anos para fazer pesquisas escolares. O passo seguinte foi usar o ICQ, comunicador instantâneo que precedeu o popular MSN, para conversar com amigos. Para aumentar a "turma", migrou nos anos seguintes para as redes sociais como Orkut e Facebook. "Falo com amigos que moram longe e ainda faço novos contatos", diz. Ela também não vive sem o Skype, programa que faz ligações telefônicas pelo computador. Procurar um namorado pela internet foi um decisão quase lógica. "Estou muito acostumada a fazer tudo pela internet", diz. "Praticamente nasci com a rede."
A exemplo de Juliana, jovens da chamada geração Y – nascidos nas décadas de 80 e 90 e "criados" à base de computador e web – estão acrescentando às suas rotineiras atividades virtuais a procura de um par no mundo real. De acordo com o ParPerfeito, maior site de relacionamento (amoroso) do Brasil, com 30 milhões de cadastrados, a participação desse público na rede avança na velocidade da internet e cresceu quase 50% entre 2008 e 2010. Agora, cerca de 32% dos usuários ativos da rede – aqueles que de fato utilizam o serviço – têm entre 18 e 24 anos. É uma mudança significativa, uma vez que, ao surgirem, esses sites eram vistos como espaços dedicados a pessoas mais velhas.


"Esse público cresceu com a internet. Para esses garotas e garotas, conhecer alguém em um site ou em um bar é a mesma coisa: eles não têm preconceito a respeito", diz Claudio Gandelman, presidente do ParPerfeito.
O psicólogo Thiago de Almeida, especialista da Universidade de São Paulo (USP) e estudioso de relacionamentos amorosos, afirma que os dados do ParPerfeito vão ao encontro de revelações surgidas de suas próprias pesquisas acadêmicas. "No fundo, esses jovens só querem o mesmo que todos nós: amar e serem amados. A diferença é que eles acrescentam às suas buscas ferramentas que possibilitam menor esforço: os recursos da internet", diz Almeida. "Uma boa triagem ajuda a evitar encontros desgastantes."
O excesso de informação de fato faz com que os jovens busquem cada vez mais "filtros", capazes de organizar suas experiências. Para Ailton Amélio, também professor de psicologia da USP, endereços como ParPerfeito e similares funcionam como uma peneira grossa, que aproxima indivíduos por afinidades. "É importante lembrar, contudo, que a 'filtragem fina' acontece exclusivamente com a convivência", diz.
Os ípsilons – O termo "geração Y" tem origem distante, mas sua definição ajuda a compreender o comportamento de um grupo numeroso de jovens. Estima-se que 2,3 bilhões de pessoas estão circunscritas por ela em todo o mundo. O rótulo surgiu na extina União Soviética, que costumava nomear cada geração com uma letra do alfabeto. Aos nascidos nas décadas de 80 e 90 coube o "Y". Nenhum mistério, portanto. O revelador é o que a letra procura conter: jovens cuja linguagem, visão de mundo e perspectiva de futuro são diretamente influenciadas pela internet. "São pessoas facilmente reconhecidas por manter uma identidade plural", diz Lucas Liedke, diretor do núcleo de tendências da Box1824, empresa de pesquisa especializada em comportamento jovem. "Elas não apostam mais na antiga divisão por 'tribos': assim, em um dia podem se interessar pelo meio ambiente e, no outro, por literatura."
Pode até ser natural aos ípsilons procurar pela cara-metade na rede. Mas os psicólogos não deixam de ver isso com certa apreensão. "Nessa idade, os jovens estão com os hormônios borbulhando e a sexualidade à flor da pele", lembra Alexandre Bez, psicólogo especializado em relacionamentos. "Portanto, além de buscar um par na web, espera-se que eles invistam nos recursos de praxe, como frequentar bares e festas, onde o contato se dá cara a cara. O sorriso e o olhar são fundamentais no processo de conquista."


Beatriz Cardella, psicóloga e autora do livro Laços e Nós: Amor e Intimidade nas Relações Humanas, acrescenta que os sites de relacionamento devem servir apenas como um primeiro passo no processo amoroso. "Manter um namoro virtual pode comprometer a saúde psicológica de uma pessoa e fazê-la sofrer. O site pode ser um meio, mas não deve ser um fim", afirma. Há, sim, flertes que prosperam. É o caso da recepcionista Francielli Queiroz, de 23 anos, e técnico de manutenção Maykon Vieira da Silva, de 26. Eles se conheceram em um site de relacionamentos há cerca de três anos – há dois, o casal divide o mesmo teto.
Facebook, Orkut... – Nem só de ParesPerfeitos vive a busca por um amor na internet. As tradicionais redes sociais, como Facebook e Orkut, também aproximam os jovens. Um estudo divulgado recentemente pela revista americana Seventeen, feito com cerca de 10.000 jovens entre 16 e 21 anos, aponta que esses ambientes virtuais têm impacto direto em eventos essenciais da vida deles, como o começo e o fim de um relacionamento amoroso.
De acordo com a pesquisa, 79% dos entrevistados tentam um contato com seus pretendentes uma semana após encontrá-los no sistema. Já 60% reveleram que espiam o perfil do alvo ao menos uma vez ao dia; os demais 40% o fazem várias vezes ao dia. O mais curioso talvez ocorra após o rompimento: 27% dos jovens bloqueiam ou apagam o contato do ex após o fim do namoro, enquanto 73% mantêm o novo desafeto na lista apenas para espiar o que ele ou ela andam fazendo. Mais: 17% dos garotos e 12% das garotas escondem seu status de relacionamento nas redes sociais. Em alguns aspectos, a geração Y apenas imita o hábito de suas predecessoras.