sábado, 13 de janeiro de 2018

A importância da autoestima e da felicidade para o ser humano




Importância da autoestima 
A atenção dispensada a este tema não é recente. Desde a Grécia antiga, filósofos como Aristóteles já tentavam decifrar o enigma da existência feliz. Considerada como um importante aspecto na vida, a autoestima constitui um sentimento de juízo, de apreciação, valorização, bem-estar e satisfação que o sujeito tem de si mesmo e expressa pelas atitudes que toma em relação a si mesmo. Para muitos autores, a expressão autoestima, além de trazer implícito o sentido de sucesso e de ser capaz, também está intimamente relacionada à visão de uma pessoa que se ajusta às constantes mudanças da realidade. Dessa forma, a autoestima corresponde ao somatório de valorações que o indivíduo atribui ao que sente e pensa, avaliando seu comportamento como positivo ou negativo, a partir desse quadro de valores. E por que falarmos de autoestima é tão importante? A autoestima é considerada um importante indicador da saúde mental por interferir nas condições afetivas, sociais e psicológicas dos indivíduos. Interfere, portanto, na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida da população em geral.
Enquanto filósofos ainda debatem a essência do estado de felicidade de tal forma que esses pensadores consideraram a felicidade como o bem maior e a principal motivação para a ação humana. Mais recentemente, psicólogos e demais pesquisadores empenharam-se, nas últimas três décadas, para construir conhecimento e trazer evidências científicas sobre o conceito de bem-estar.  Os primeiros estudos sobre autoestima foram realizados por William James, psicólogo de pensamento funcionalista, que estudava o quanto o organismo se utilizava das funções da mente para se adaptar ao meio ambiente. No início dos estudos da Psicologia acerca dos diversos fenômenos humanos, nos psicólogos demos pouca atenção para o estudo do bem-estar subjetivo, preferindo investigar a infelicidade e o sofrimento humano.
O termo "felicidade" passou a ser indexado no Psychological Abstracts em 1973 e o periódico Social Indicators Research, fundado em 1974, começou a publicar um grande número de artigos sobre bem-estar subjetivo (Diener, 1984). Definir bem-estar é difícil, uma vez que pode ser influenciado por variáveis tais como idade, gênero, nível socioeconômico e cultura. Muito amplamente, aponta-se que uma pessoa com elevado sentimento de bem-estar apresenta satisfação com a vida, a presença frequente de afeto positivo, e a relativa ausência de afeto negativo. 
A identificação que o indivíduo estabelece com o mundo exterior interfere na formação de sua autoestima. Os relacionamentos familiares exercem papel fundamental na visão e/ou aceitação que o indivíduo tem de si e dos sentimentos auto nutridos. Uma criança cuja mãe é super protetora, que não lhe permite sair, brincar com amigos, vivenciar costumes diferentes, adquirir outros referenciais de relacionamento e, ainda, recebe críticas por tudo que realiza, é bem provável que não acreditará em seu potencial, não se sentirá segura para executar quaisquer atividades e certamente apresentará baixa autoestima. Ao contrário, a criança, cujo comportamento é reforçado pela família, provavelmente se sentirá segura e confiante para realizar o que lhe for solicitado. Em ambos os casos, a autoestima decorre do quanto o indivíduo se sente em relação a si próprio: autoconfiante e competente ou fracassado e incompetente. Anteriormente, Rosenberg (1985) e Coopersmith (2007), autores clássicos da autoestima, já reforçavam o fator da valoração, considerando que indivíduo conduz sua vida no sentido de projetar em seus ideais o poder maior ou menor que atribui ao “outro” sobre si. 

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