domingo, 5 de maio de 2013

O MONSTRO DO CIÚME: ESPECIALISTAS ANALISAM MORTES POR CRIMES PASSIONAIS


Não há no Brasil um estudo científico sobre o tema. Nem mesmo um trabalho estatístico com dados oficiais. Mas o fato é que, a considerar o noticiário policial no país inteiro, não dá para escapar à seguinte conclusão: em casos de ‘ciúme romântico’, o homem mata mais que a mulher. Em média, de cada dez crimes passionais noticiados, quando uma pessoa enciumada mata o parceiro, sete são protagonizados por homens.

E qual o motivo do desequilíbrio na balança? Análises psicossociológicas apontam na mesma direção: sentimento de posse que o homem tem em relação à mulher, principalmente no aspecto sexual, insuflado pelo ranço de uma sociedade ainda patriarcal, em que é dado ao homem e vedado à mulher o direito de ser infiel.

Na tentativa de lançar luz sobre o tema e permitir reflexões, O DIA reuniu textos literários, conversou com pessoas envolvidas diretamente em casos de ciúme exagerado e ouviu especialistas — que se propuseram a analisar três aspectos da questão: o que é o ciúme e como ele atua em homens e mulheres; como esse sentimento age na pessoa abandonada pelo parceiro ou em alguém convencido de estar sendo traído (real ou fantasiosamente); e de que forma se chega às tragédias. A soma dessa ampla pesquisa será exibida em três capítulos consecutivos, a partir de hoje.


O NASCIMENTO DO MONSTRO
O psiquiatra e psicoterapeuta Eduardo Ferreira Santos, em seu livro ‘Ciúme: o medo da perda’, que já se tornou referência na abordagem do assunto, observa que o ciúme é um sentimento de apreensão relacionado à possibilidade de uma pessoa ser abandonada, rejeitada, menosprezada, ou ainda de haver uma infidelidade a caminho. É o receio de não ser mais amado, de não possuir ou ser dono de alguém. A sensação de ‘pertencimento’ fica comprometida e ameaçada.

O ciúme funciona como um dispositivo de alerta. Quando o sinal laranja acende na cabeça do ciumento, ele sente como se não estivesse mais conectado com o parceiro como gostaria. E por que, na maioria das vezes, homens e mulheres reagem a essa gama de sentimentos e sensações de formas diferentes? Quem explica é o psicólogo Thiago de Almeida, professor na Universidade de São Paulo (USP) e um dos autores do artigo ‘O ciúme romântico e os relacionamentos amorosos heterossexuais contemporâneos’.

“Há 10 mil anos, o homem das cavernas tinha expectativa de apenas 23 anos de vida e precisava procriar o máximo possível nesse pouco tempo. Era uma questão de sobrevivência da espécie. O homem não permitia que a mulher tivesse outros parceiros sexuais porque, se ela engravidasse de outro, era menos um ano na vida dele para pôr seus descendentes no mundo. E criar filhos alheios significava gastar recursos evolutivos (água, frutas, caça) para preservar a prole de outro, em detrimento da sua própria prole”, analisa o psicólogo.

Já a mulher via o homem como o seu provedor e protetor. “O temor de o macho se interessar por outra fêmea se prendia à ameaça de ser abandonada. Ela não queria perder o protetor e o mantenedor, dela e dos seus filhos, e de ver rompida a sua ligação emocional. Portanto, os ciúmes de homens e mulheres tinham foco distinto”, afirma Almeida.

Segundo o psicólogo, nos tempos atuais, a cultura é outra e até relativiza essas questões, mas o cérebro continua o mesmo, principalmente em casos de suspeita de traição. Na mente de quem foi atacado pelo “monstro de olhos verdes”, como William Shakespeare definiu o ciúme na obra ‘Otello’, um suposto rival passa a ser visto como potencialmente mais atraente e gratificante do que ele, gerando sentimentos como desconfiança, medo, angústia, constrangimento, raiva e rejeição, entre outros.

“O homem continua não admitindo a mera possibilidade do ‘lavou tá limpo’. Quando conquista uma mulher, ele a conquista sexual e emocionalmente. Se ele acha que a mulher está interessada em outro, se sente duplamente traído. Na sociedade patriarcal que ainda vivemos, existem dois pesos e várias medidas para tratar de ciúme e infidelidade. De cada dez mulheres traídas, sete perdoam seus parceiros. O homem não. Ele quer exterminar o objeto do ciúme”, avalia Almeida.


DE CIUMENTA OBSESSIVA A PERSEGUIDA PELO NAMORADO


Uma mulher de porte e presença. Essa é Luciana (nome fictício), de 36 anos, que experimentou os dois lados de uma mesma moeda: de ciumenta patológica, daquela que manipulava porteiro e empregada do ex-namorado para saber o que ele fazia depois de chegar em casa, ao papel de coagida, amedrontada, chantageada e até agredida, quando quis terminar um outro relacionamento.

“Posso garantir o seguinte: o ciumento tem a auto-estima baixa. Eu sempre conquistei os homens, até encontrar um que não deu a mínima para mim, se relacionava comigo mas parecia que não se importava muito com a relação, e eu passei a me sentir rejeitada. Aquele sentimento despertou em mim um ciúme doentio e passei a infernizar a vida do meu namorado. Eu tomava conta dele o dia inteiro, telefonava várias vezes, seguia o rapaz, estava sempre enxergando possíveis traições onde elas não existiam. E sofria muito, porque o ciumento exagerado sofre muito”, contou Luciana.

Ela precisou de ajuda e se integrou ao grupo Mulheres Que Amam Demais Anônimas (Mada), na busca de equilíbrio psicológico e emocional. "Eu não queria ser aquilo, eu nunca tinha agido daquela maneira. Com o amparo do grupo, pude me desvencilhar daquela relação doentia e deixar de fazer tanto mal ao rapaz”, confidenciou.

A paz de Luciana não durou muito. Meses depois, conheceu o que pensou ser “um doce de homem”, como ela o descreveu: repleto de atenção e carinho.“De repente, ele passou a me investigar e, por fim, descobriu a minha senha nas redes sociais. Eu mudo a senha e ele descobre novamente. Entra no meu Facebook e deleta meus amigos e fotos que eu posto. Passou a me perseguir, me vigiar.

Estou vivendo esse drama há dez meses, sem conseguir terminar o namoro, porque ele me chantageia. Descobriu um e-mail antigo que mandei a um ex-namorado e ameaça entregá-lo à minha filha. Uma vez, depois de dirigir feito um louco, como se fosse nos matar, parou na porta de casa e me deu um empurrão", contou, mostrando constrangimento.

Medo de que ele a mate? Luciana diz não ter esse temor. “Acho que ele não seria capaz. Mas quando tento terminar o namoro, dá um ataque de ciúme, fica falando em morrer, diz que a vida não tem sentido sem mim”, descreve a mulher. No dia da entrevista, que durou duas horas, o rapaz ligou nada menos que 22 vezes para Luciana.


SENTIMENTO DE POSSE LEVOU À MORTE

O ciúme e a falta de controle emocional e psicológico diante uma perda formaram o enredo da tragédia que teve como personagens principais os jornalistas Antônio Marcos Pimenta Neves e Sandra Gomide. Ele, então com 63 anos de idade, ela com 32, iniciaram um romance em 1995, quando se conheceram no jornal Gazeta Mercantil. Dois anos depois, Pimenta Neves foi ser o diretor de redação do jornal O Estado de São Paulo, para onde carregou a amada, que passou de repórter a editora de Economia.

Ao fim de quase quatro anos, Sandra terminou o relacionamento e, de acordo com depoimentos no processo judicial, Pimenta deu início a uma série de perseguições, que se iniciaram com a demissão da ex-namorada.

Certa vez, como consta nos autos, o chefão do jornal Estadão invadiu o apartamento de Sandra e, de revólver em punho, teria esbofeteado a ex duas vezes, exigindo que ela devolvesse os presentes que ele lhe dera. A jornalista registrou a agressão na polícia.

Em agosto de 2000, Pimenta Neves esperou Sandra num haras, em Ibiúna, São Paulo, e desferiu-lhe dois tiros, sem que ela tivesse a mínima chance de reação. Segundo uma testemunha, a moça ainda pediu que ele não a matasse.


HISTÓRIA DA BÍBLIA JÁ RETRATAVA MACHISMO

Uma das histórias da Bíblia, no Livro Gênesis, retrata com exatidão o que é uma sociedade patriarcal e o papel da mulher nesse contexto. Cerca de dois mil anos antes de Cristo, Sara, mulher de Abraão, o líder da tribo, não conseguia engravidar.

Ela sabia o quanto era importante para o marido fincar sua descendência no mundo e não titubeou: ordenou que sua escrava Agar mantivesse relações sexuais com Abraão, com o único objetivo de lhe dar um filho. A contraditoriedade da situação é que, de acordo com as leis locais na época, a mulher adúltera tinha de ser apedrejada até a morte. O homem podia ser infiel, com ou sem autorização da esposa. A mulher, jamais.

Essa história bíblica, se realmente aconteceu, foi há mais de quatro mil anos. 

FONTE:

Traição: medo de toda mulher




Dicas para você não ser traída em um relacionamento. Especialistas revelam atitudes e comportamentos que, ao serem adotados reduzem a possibilidade de o gato desejar outras mulheres. Seja menos ciumenta: Segundo pesquisa realizada por Thiago de Almeida, psicólogo especialista no tratamento de dificuldades amorosas, o ciúme é o principal fator que leva à infidelidade. “Com essa postura, a mulher acaba incentivando a traição. Afinal, o proibido tem mais sabor.” Trabalhe sua confiança. Se ele está com você – mesmo diante de tanta “oferta de mercado” – é porque quer. Então, valorize-se. Pois estímulos para o moço sair da linha sempre podem aparecer e não há como colocá-lo numa redoma. Cuide da sua aparência: Além de cuidar do relacionamento, você deve também investir um tempo para cuidar de si mesma, da sua aparência. É comum que tanto o homem quanto a mulher relaxem um pouco depois de um certo tempo de relacionamento. Porém, isso não é legal. Tente se manter sempre de bem com a sua aparência. Depile-se, compre lingerie nova, vista-se bem, invista em uma maquiagem bonita e você se manterá sempre atraente para seu gato. Assim, ele vai ficar mais tempo admirando sua beleza do que a beleza de outras mulheres. Fuja da rotina: A vontade de diversificar é das principais “explicações” dos infiéis. “E isso, aliado à capacidade de separar sexo de amor, configura uma das justificativas mais recorrentes”, diz o terapeuta Sergio Savian.
Para ser a única, ofereça sexo com energia, criatividade e carinho. Divirta-se na cama, inove, surpreenda e separe um tempo para namorar. É valido ressaltar que seguir estas sugestões não garante que ele não te trairá, especialmente se o sentimento dele por você não for sólido e verdadeiro. Se descobrir uma traição, pense em você em primeiro lugar e não tenha medo de tomar uma decisão como a de terminar o relacionamento. Outra dica: não se submeta a ficar com alguém que não te respeita, por medo de ficar sozinha. Valorize-se e seja feliz!

Histórico da Timidez


A palavra timidez vem do latim, que significa medo. Já no dicionário Aurélio, o adjetivo significa: 1-Que tem temor / 2- Que tem dificuldade de relacionar-se com outrem; acanhado, bisonho, retraído.
A timidez é muito mais complexa do que os dicionários apresentam, a inibição é uma questão de estado do indivíduo e por essa condição pode representar um lado negativo ao mesmo.
A Universidade de São Paulo (USP) possui um centro de pesquisas em seu campus, onde o coordenador do Centro de estudos da timidez e do amor, professor Ailton Amélio da Silva, desenvolve pesquisas relacionadas ao tema. Ailton afirma que cerca de 50% das pessoas são tímidas e vítimas de sintomas como gagueira, coração disparado, aumento da pressão sanguínea, tremedeira, vergonha e medo de ser rejeitado. Fatores que acabam atrapalhando o início de uma relação amorosa, por exemplo.
No entanto, a timidez não deve ser confundida com fobia social, pois esta traz maiores prejuízos à vida do indivíduo e seus sintomas são mais intensos; como a antipatia – visto que quando a esfera da timidez é ultrapassada, e a situação de ansiedade é superada o indivíduo pode se mostrar muito afetuoso; Personalidade anti-social – a timidez incomoda o indivíduo justamente por afetar o relacionamento com outras pessoas, o que é indiferente para uma pessoa anti-social.
O caso da atriz, Bianca Salgueiro, 18, que se classificou em quatro vestibulares para o curso de engenharia química, segundo informações do G1(portal de notícias da rede Globo) é um exemplo relevante para a construção do livro-reportagem proposto. Na reportagem, Bianca afirmou ser muito mais estudiosa e tranquila do que agitada. Esse tipo de comportamento geralmente é evidente em pessoas tímidas, que mesmo com a inibição conseguem se destacar em outros aspectos, como nos estudos.
Segundo Susan Cain, que lançou o livro “Quiet: the power of introverts in a world that can’t stop talking” (Quietos: o poder dos introvertidos em um mundo que não para de falar) – os tímidos e os introvertidos mais bem-sucedidos são justamente aqueles que transformam timidez e introversão em aliados ao longo da vida.
Já Marti Olsen Laney, autora do livro: A vantagem do tímido – como alcançar o sucesso no mundo comunicativo-, acredita que há uma diferença entre os tímidos e introvertidos, e isso deve ser levado em conta, quando for analisado o perfil de cada um desses traços de personalidade.
“A timidez é uma ansiedade social, acanhamento extremo quando se está rodeado de pessoas. Pode ter raízes genéticas (na forma de um centro do medo altamente reativo), mas é normalmente adquirida a partir de experiências na escola, com amigos e com a família. (Marti, OLSEN LANEY- Psicóloga- A vantagem do tímido- como alcançar sucesso no mundo comunicativo)
Ainda de acordo com Marti, a timidez para alguns, pode se apresentar ou não em idades variadas e em determinadas situações. As pessoas tímidas podem se sentir pouco a vontade em conversas com apenas uma pessoa ou em situações em grupo. Não se trata de uma questão de energia; é uma falta de autoconfiança em situações sociais, é o medo do que os outros pensarão do indivíduo. Produz suores, tremores, vermelhidão no rosto, palpitações, excesso de autocrítica e uma sensação de que as pessoas estão rindo do indivíduo.
No Livro The perssuit of happinnes, o psicólogo David Myers, faz estudos que provam que os extrovertidos são mais felizes. Os introvertidos não descrevem a felicidade da mesma maneira, e foram observados como infelizes. (Marti OLSEN LANEY- A vantagem do tímido – Como alcançar sucesso em um mundo comunicativo pág:14)
“Quando a extroversão é admitida como o resultado natural de um desenvolvimento sadio, nada mais resta a introversão do que se tornar o “temível” oposto. De algum modo, é como se os introvertidos tivessem falhado em alcançar uma sociabilização adequada, e estão fadados a infelicidade e ao isolamento, (David MYERS- Psicólogo- The Perssuit of Happiness)
Para a psicóloga Olga Tessari, que atua na área desde 1984, pesquisadora, escritora, consultora comportamental, coach profissional e palestrante, o tímido tem dificuldade de se adaptar na sociedade quando precisa estar em contato “olho no olho”. Pela própria dificuldade de se comunicar e de se expressar, ele prefere atividades em que não se destaque, em que não seja líder e em que mantenha tudo sob o seu controle. Nesse sentido, ele se dá muito bem em informática e outros trabalhos solitários, que não necessitem da interação em equipe. A internet é uma boa ferramenta de contato para o tímido, que se expressa muito melhor atrás da telinha do computador por meio da escrita, justamente porque não tem o olhar do outro sobre ele.
Sobre o perfil de um tímido, Olga diz que geralmente são pessoas de aparência fechada, sisuda, que passam a impressão de ser arrogante (mas não são segundo ela); de pouca conversa com pessoas desconhecidas. Evitam situações onde haja muita gente, justamente porque gostam de ter tudo sob controle (quanto mais gente, menos controle). Tem medo de errar, preocupa-se com o comentário e/ou crítica dos outros, quer agradar a todos, deixando-se de lado ou em último plano. Seu comportamento colabora para a elevação da ansiedade, o que o faz ter muitos medos, insegurança e baixa autoestima.
“O tímido perde muitas oportunidades e deixa de viver a vida que gostaria de ter por causa da sua timidez. Há casos de pessoas tímidas que sabendo da sua condição e para tentar evitar o sofrimento se tornam limitados, frustrados consigo mesmos, considerando-se covardes e com baixa autoestima, justamente porque tentaram reagir, resolver esse problema e não conseguiram”. (Olga TESSARI, Psicóloga)
Alexandra Robbins (jornalista) iniciou uma pesquisa de campo com alunos tímidos. Sua experiência mostra que os rejeitados são mais interessantes intelectualmente e os que têm maiores chances de sucesso profissional no futuro. “A solidão os torna observadores e curiosos. Em vez de ir a tantas festas e encontros, eles lêem muito e criam um mundo interior vasto”, afirma Alexandra, autora do livro The geeks shall inherit the earth (O mundo será dos geeks), lançado nos EUA e sem edição no Brasil.
Para o doutor e professor Thiago de Almeida (psicólogo e pesquisador da Universidade de São Paulo, especializado em relacionamentos amorosos, palestrante e consultor sobre qualidade de vida e gestão em recursos humanos), costuma-se identificar como timidez, o desconforto e as inibições que ocorrem na presença de outras pessoas.
“Suas expressões mais óbvias são o silêncio, o retraimento, o rubor, a tartamudez e a ansiedade. O termo inibição, que estaria relacionada à timidez, é, a condição mental em que ocorre uma limitação do desempenho, e descreve a timidez que pode ser observada, como por exemplo, isolar-se das pessoas e emudecer diante de situações claramente sociais”. (Thiago DE ALMEIDA- Psicólogo e pesquisador da USP) 
Antes de 1970, todas as pesquisas sobre timidez eram focalizadas exclusivamente nas crianças, especialmente adolescentes, estudados por psicólogos do desenvolvimento que geralmente baseavam-se em testemunhos de pais e professores. Entretanto, este quadro modificou-se no final dos anos 70, com a pesquisa instituída pelo Programa de Pesquisa de Timidez de Stanford, chefiado por Philip Zimbardo.
O interesse de Zimbardo na timidez dos adultos surgiu de observações feitas em uma prisão falsa, em estudo realizado juntamente com alguns de seus colegas em 1971. Participantes pré-selecionados, saudáveis estudantes de colégio, desempenharam os papéis de guardas e prisioneiros dentro de um ambiente carcerário simulado. O experimento de duração pré-determinada de duas semanas teve que ser interrompido após apenas 6 dias, devido à patologia que se tornou evidente nas “crises” daqueles que faziam o papel de prisioneiros, em resposta ao uso sádico do poder pelos estudantes-guardas.
Muitos dos prisioneiros adaptaram-se a um nível assustador às táticas coercitivas e arbitrárias de controle do comportamento impostas pelos guardas carcerários. Eles pareciam precisar desesperadamente da aprovação e aceitação de seus “algozes”, de quem raramente as obtinham, e terminaram por trocar autonomia pelo papel do “bom prisioneiro”, internalizando imagens negativas de si mesmos no processo.
A mentalidade do “guarda” é direcionada de modo a limitar a liberdade de ação, pensamento e associação dos prisioneiros, com a finalidade de facilitar o controle sobre seus comportamentos individualmente e coletivamente.
Os prisioneiros, nesta interação diádica dinâmica, são levados de forma reativa tanto a rebelarem-se e serem punidos por seu heroísmo, como a se conformar com as regras coercitivas, e apesar de “bons prisioneiros”, desprezar a si mesmos por entregar sua liberdade, sendo desprezados pelos guardas por sua fraqueza.
Similaridades tornaram-se evidentes entre a mentalidade dos papéis de guarda e prisioneiro e o pensamento de indivíduos tímidos que incorporaram ambos os papéis. O “eu-guarda” impõe as regras de controle coercitivo que o “eu-prisioneiro” termina por aceitar, e assim, juntos, eles limitam a liberdade da pessoa tímida. A expectativa de que o outro haja como um crítico poderoso e implacável que rejeita qualquer contribuição ou ação leva o tímido a desenvolver estratégias de mínimo envolvimento na vida social e evitar situações que tragam consigo risco potencial de rejeição. Esta metáfora guarda-prisioneiro levou à conceitualização da timidez como uma prisão auto-imposta de silêncio e confinamento solitário.
Quando a busca por uma literatura acerca da timidez entre os adultos se mostrou improdutiva, Zimbardo e seus estudantes conduziram uma pesquisa em ampla escala. Primeiramente com questões abertas, seguida de um “checklist” de auto-avaliação que foi administrado a mais de mil pessoas nos Estados Unidos e em muitos outros países.
Em adição a esta pesquisa, a equipe de Zimbardo conduziu centenas de entrevistas, numerosos estudos de casos, pesquisas experimental-comportamentais e pesquisas interculturais sobre a timidez por mais de 20 anos, culminando na criação de um programa de tratamento para adultos tímidos.
Além dos 40% de sujeitos que afirmaram ser cronicamente tímidos, outros 40% indicaram que se consideravam tímidos anteriormente, 15% afirmaram ser tímidos em determinadas situações, e somente 5% declararam não ser tímidos. A estatística de 40% de tímidos aumentou em 10% em uma recente reaplicação parcial do trabalho de Zimbardo por Bernard Carducci na Universidade de Indiana Sudeste, onde 1642 estudantes foram avaliados entre 1979 e 1991. Estranhos, autoridades e pessoas do sexo oposto tanto no grupo quanto em interações um-a-um continuam caracterizando as mais difíceis situações.
Desde os esforços pioneiros de Zimbardo, a timidez tem sido estudada principalmente em populações de estudantes universitários, por teóricos da personalidade e psicólogos sociais que têm se mostrado interessados nas experiências subjetivas de pessoas tímidas; ligações entre a timidez e processos internos, respostas comportamentais a estímulos de elevação da timidez e as consequências da timidez.
Esta última questão é profundamente problemática. Pessoas que vivenciam a timidez como um problema não tiram vantagens de situações sociais, relacionam-se menos com o sexo oposto, são menos expressivas verbalmente e não-verbalmente, além de mostrar menos interesse por outras pessoas em relação aos “não-tímidos”. Estudantes tímidos, particularmente na interação com um confidente, voltam-se ansiosamente para si mesmos, em detrimento da outra pessoa presente na conversação. Indivíduos tímidos são frequentemente e dolorosamente conscientes, e apresentam mais pensamentos negativos sobre si mesmos e os outros em interações sociais, percebendo-se como inibidos, desajeitados, pouco amigáveis e incompetentes, particularmente com pessoas com quem sentem-se sexualmente atraídos. Eles também enxergam-se fisicamente pouco atraentes, apesar de pesquisas indicarem que a timidez não está relacionada com a avaliação da aparência pelo observador.
De 10% a 20% dos indivíduos tímidos podem apresentar carências de habilidades sociais básicas. Isto pode estar representado por “não saber o que falar ou o que fazer”, “como fazer” e “quando responder”.
Avaliações objetivas mostraram que alguns indivíduos tímidos falam menos, iniciam menos tópicos de conversações, desviam seu olhar com maior frequência, tocam-se nervosamente e demonstram menos expressões faciais. Eles concordam mais vezes do que discordam, entretanto, com os não-tímidos acerca do que constitui o comportamento social apropriado. Sua diminuída disposição para desempenhar comportamentos sociais parece estar relacionada à sua confiança rebaixada em sua habilidade de expressar os comportamentos requeridos, à sua falta de crenças na própria eficácia.
A pesquisa tem sido limitada pela carência dos estudos naturalísticos, e estudos recentes tanto de adultos quanto crianças mostraram uma maior variedade e especificidade  nos comportamentos relacionados com a timidez.
Por exemplo, em interações heterossexuais, homens tímidos exerciam inicialmente evitar a troca de olhares, negando às parceiras do sexo oposto oportunidades de iniciá-las e terminá-las. Ou seja, eles olhavam “para o outro lado” quando as mulheres encontravam seus olhares, o que promovia reações negativas nas parceiras.
A timidez entre mulheres também limitava a frequência da “troca de olhares”, mas, em contraste com os homens, não parecia induzir a reações negativas na interação com os parceiros ou inibir sua interação verbal. Isto sugere que o fardo cultural da timidez pode apoiar-se mais sobre os homens, de quem se espera toda a iniciativa nos encontros heterossexuais. Estudos onde a timidez feminina gerava um impacto negativo na interação com o parceiro envolviam geralmente díades do mesmo sexo.
Apesar de indivíduos tímidos serem percebidos como menos amigáveis e assertivos do que os demais, eles não são geralmente vistos tão negativamente quanto temem e imaginam. Pessoas tímidas lembram-se de “feedbacks” negativos com maior frequência do que indivíduos menos ansiosos socialmente, além de lembrar-se melhor de auto-descrições negativas do que positivas.
Eles superestimam a frequência de desagrados na interação social e são estranhamente sensíveis às potenciais reações negativas dos outros, lidando com esta ameaça com imensa preocupação. De fato, a distração cognitiva tem mostrado maior interferência do que a ansiedade com a interação social, particularmente em encontros sexuais, na forma de uma excitação prazerosa diminuída, com fóbicos sociais apresentando maior disfunção sexual do que controle, na forma de dificuldades eréteis e inibições orgásmicas.
Indivíduos tímidos subestimam sua própria habilidade para lidar com situações sociais e são pessimistas em relação a situações sociais em geral, falhando na expectativa de respostas favoráveis mesmo quando acreditam estar aptos a desempenhar apropriadamente e eficazmente.
A timidez se torna então uma estratégia de auto-mutilação, uma razão ou desculpa para o fracasso social antecipado que com o tempo torna-se uma “muleta” – “Não posso fazer isso porque sou tímido”. Homens tímidos parecem casar-se e ter filhos mais tarde do que seus colegas não-tímidos, possuir casamentos menos estáveis quando se casam, atrasar a estabilidade na carreira e conquistar menos sucesso.
Estudantes colegiais tímidos são menos propensos a utilizar as fontes de informação e apoio à carreira no planejamento da mesma, e mais propensos a experimentar a solidão. Apresentam maior probabilidade de esquecer as informações que lhes são apresentadas quando acreditam estar sendo avaliados, mas não quando pensam estar avaliando o interlocutor.
Estudantes tímidos não esperam emitir comportamentos assertivos em entrevistas de emprego, e estudantes tímidos do sexo masculino não acreditam que comportamentos assertivos receberão respostas favoráveis de empregadores potenciais. Tímidos-extrovertidos desempenham bem socialmente, mas experimentam pensamentos e sentimentos dolorosos. Descobriu-se que pessoas tímidas utilizam o álcool em um esforço para relaxar socialmente, o que pode levá-las ao abuso e a comportamentos condenáveis socialmente. Apesar de haver evidências que sugerem que indivíduos socialmente fóbicos bebem mais frequentemente, mas consomem menos álcool do que os outros. De qualquer modo, a supressão da resposta de medo pelo álcool reforça a evitação da experiência emocional.
Duas das mais profundas, apesar de menos óbvias, consequências negativas da timidez incluem: a) maior incidência de problemas de saúde pela falta de suporte social, tão essencial para a manutenção da saúde, e fracasso em expor totalmente problemas pessoais a profissionais das áreas médica e psicológica; e b) Menor sucesso financeiro em empregos menos qualificados devido à dificuldade em pedir aumentos, menor visão profissional, dificuldades em entrevistas e limites na ascensão profissional que requer maior fluência verbal e habilidades de liderança.
Se a timidez se torna crônica e persiste ao longo da vida do indivíduo, o isolamento social crônico leva a uma crescente e severa solidão e psicopatologias relacionadas, e até mesmo a doenças crônicas e menor expectativa de vida.
Comparações entre pesquisas de laboratório e naturalísticas inspiram cuidados quanto à super-generalização de resultados referentes aos padrões de comportamento de indivíduos tímidos tanto em ambientes experimentais como naturais.
Um estudo naturalístico recente com crianças que eram constantemente monitoradas em situações cotidianas, e que eram livres para tomar iniciativas, revelou que a timidez não estava relacionada com as reações do batimento cardíaco em situações não-familiares, em contraste com descobertas de situações de laboratório.
Outro estudo demonstrou que auto-estima social rebaixada não era característica da timidez crônica com estranhos durante a pré-escola ou início da escola primária, contrastando também com descobertas de pesquisadores em estudos da timidez entre adultos e adolescentes.
Uma ampla revisão da literatura referente às primeiras relações interpessoais e ajustamento posterior, publicada em 1987, indicou descobertas inadequadas que demonstravam que a timidez era preditora do ajustamento posterior. Os autores alertaram quanto à generalização de conceitualizações abstratas da timidez adulta para crianças, sustentando que as conclusões tiradas destas fontes eram prematuras. O melhor resumo de conceitualizações, pesquisas e perspectivas de tratamentos para a timidez pode ser encontrado em uma obra de 26 capítulos editada em 1986 por Jones, Cheek e Briggs.
Segundo pesquisas de Philip Zimbardo, professor da Universidade de Stanford na Califórnia (EUA) desde 1968, a timidez pode ser definida como um desconforto ou inibição em situações interpessoais que atrapalham o indivíduo na conquista de seus objetivos pessoais ou profissionais.
“Trata-se de uma forma de auto-foco excessivo, uma preocupação com os pensamentos, sentimentos e reações físicas do outro. Pode variar de uma suave ineficácia social até uma fobia totalmente inibidora. A timidez pode ser crônica e disposicional, servindo como um traço da personalidade que é central na auto-afirmação do indivíduo”  ( Philip ZIMBARDO – Psicólogo e pesquisador da Universidade de Stanford –EUA).

A obesidade interfere no relacionamento amoroso?


Os problemas enfrentados por quem sofre com os quilos a mais vão além dos riscos relacionados à saúde. Um estudo realizado pelo Hospital do Coração de São Paulo concluiu que a obesidade interfere no relacionamentoa obesidade interfere no relacionamento amoroso amoroso, e, consequentemente, na vida sexual.
O estudo foi realizado com base na aplicação de algumas perguntas feitas à população como: Você se casaria com um obeso? Você acha que o excesso de peso interfere no sucesso profissional ou no casamento? Obesidade é uma doença?
Foram entrevistadas cerca de 600 pessoas, onde 50% delas afirmaram que o relacionamento amoroso com alguém acima do peso está fora de cogitação. No que diz respeito às classes sociais, 66% dos entrevistados que pertencem à classe A não assumiriam a união, contra 44% da classe B e 51% da classe C.
Também foi analisada a opinião de homens e mulheres separadamente. Onde, 54% dos homens disseram não ter interesse em construir uma relação com quem está acima do peso. Já para o sexo feminino, a conclusão é um pouco menor, em torno de 46%.
Segundo dados do IBGE, 49% da população brasileira está acima do peso, o que torna a situação ainda mais preocupante, pois o estudo mostra que muitos obesos ainda sofrem preconceito nos relacionamentos amorosos. Com isso, resulta-se que uma grande quantidade de pessoas acima do peso tenham dificuldade de se relacionar amorosamente, contribuindo consideravelmente para o aumento do número de obesos que recorrem à cirurgia de redução de estômago para perda de peso.
A pesquisa de certa forma é bem aleatória, pois se 50% dos entrevistados afirmaram que não se casariam com pessoas gordinhas, o que quer dizer que outros 50% talvez se casassem. Segundo o psicólogo e especialista em tratamento das dificuldades dos relacionamentos amorosos, Thiago de Almeida, essa divisão pode se basear no fato de que “um relacionamento amoroso de sucesso tem mais a ver com as atitudes do que estar ou não acima do peso”.
No caso das pessoas que ganham peso após estarem se relacionando, o que é muito comum devido a adquirirem um modo de vida “menos agitado”,  Thiago de Almeida dá a dica: “Acho interessante a gente nunca perder o amor próprio, a autoestima, porque o relacionamento amoroso tem que ser tão excitante como as pessoas gostariam que fosse, do começo ao fim”.

Eu, você e nossa individualidade: descubra por que ela é tão importante para os relacionamentos


Viver sob o mesmo teto, na saúde e na doença, exige muito mais que amor. No modelo contemporâneo de convívio, há cada vez mais espaço para a individualidade - o casal não precisa ser aquele "grude" o tempo inteiro. Ainda bem

Publicado em 06/10/2009
Reportagem: Débora Didonê - Edição: Amanda Zacarkim
Conteúdo Vida Simples

  
Manter a individualidade é uma das chaves para o relacionamento amoroso
Ilustração: Renato Faccini

O amor continua sendo lindo, mas é cada vez mais raro abrir mão do que se gosta em nome dele. Os casais começam a descobrir que respeitar de verdade gostos pessoais, manias, idiossincrasias - a tal singularidade - é cada vez mais uma peça importante no mecanismo que faz o casamento realmente funcionar.


Um e um são três


Estamos em tempos de ênfase ao individualismo. Um casal não foge à regra: é a soma de olhares de dois seres únicos. No estudo Casamento Contemporâneo: o Difícil Convívio da Individualidade com a Conjugalidade, da PUC-RJ, a especialista em terapia familiar e de casal Terezinha Féres-Carneiro afirma que, na lógica do matrimônio, um e um são três. A relação é determinada por dois sujeitos, duas percepções de mundo e dois projetos de vida que convivem com uma relação amorosa, uma identidade conjugal e um projeto de vida do casamento. Para Terezinha, aí está todo o fascínio e toda a dificuldade de ser casal hoje em dia. Não por nada, os casórios rareiam e os divórcios crescem. "Um casamento no Brasil dura em média dez anos porque, em geral, as pessoas não se aprofundam uma na outra", diz a terapeuta de casais Cláudya Toledo. Ser solteiro vira uma opção de vida exatamente pela sensação de liberdade, de ser o dono do próprio nariz. Para um casal criar um modelo único de convívio, com espaço para cada personalidade expressar o que sente, é preciso tempo e energia. Afinal, sentir que você se encaixa com alguém que admira muito soa como uma ameaça à própria identidade, já que você vai compartilhar com a pessoa momentos de uma vida que era só sua. "Tem gente que não tem paciência porque realmente dá trabalho. Mas vale a pena pelo amadurecimento, a amizade, o suporte emocional, os momentos engraçados, a nova percepção do mundo. Vale a pena pela história que você vive", diz Marjorie.
De fato, o ser humano não nasceu para viver só. Por isso, as amizades. Com os amigos, acima de tudo, trocamos ideias. Segundo o psiquiatra Flávio Gikovate, em Uma História do Amor... com Final Feliz, nossos camaradas nos garantem um aconchego intelectual. O amor é diferente. Diz respeito à necessidade de ter de volta o colo materno, uma referência que fica registrada em nosso subconsciente. Com o passar dos anos e a manifestação mais intensa da sexualidade, essa sensação volta a definir as relações de um adulto.

"Mesmo quando mal conhecemos a pessoa escolhida, passamos a nutrir por ela um sentimento parecido com o que tínhamos por nossa mãe", escreve Gikovate. Conquistado, o amor não satisfaz completamente. É como quando éramos crianças: ficar no colo da mãe era gostoso, mas significava parar de brincar e de fazer também o que nos dava na telha.

Mas quem é que consegue satisfazer todas as vontades ao lado da mesma pessoa o tempo inteiro? "Acontece que a vida prática mudou muito. E, com ela, as motivações. Os casais estão juntos, mais do que tudo, para curtir a vida, para o convívio prazeroso e os projetos de vida mais voltados a atividades lúdicas. As diferenças passam a ser importante fator de irritação, ao passo que as afinidades se tornam muito mais interessantes", escreve o psiquiatra. Essa memória conjunta de vivências dá sentido à vida.


Os amigos por perto


Muita gente diz que é preciso amar a si mesmo para então amar o outro. Talvez não seja bem por aí. Gikovate descreve o amor como algo interpessoal. "É o sentimento que temos por quem nos provoca sensação de paz e aconchego", afirma em seu livro. Antes de entrar de cabeça em uma relação, cada um deve ter em mente em que pé está sua autoestima - que, para o psiquiatra, equivale a um juízo de valor, e não a um sentimento. "É uma espécie de nota que damos a nós mesmos - em geral, nota equivocada para menos". Por isso, deposita-se tanto no outro a expectativa de curar os próprios traumas, medos e desânimo. Mas também se cometem erros do outro lado. Achar bonitinha a carência rotineira do parceiro pode ser um grande problema. "É comum falar que esse é um defeito charmoso do outro, até que o tédio se instala no casamento", afirma Thiago de Almeida, psicólogo especializado em dificuldades de relacionamento amoroso. Para Cláudya Toledo, não há mais espaço no casamento para pessoas que não sejam autossuficientes. "Ninguém deixa ninguém triste ou alegre. Essa questão é individual. Se estou mal, não vou chegar aos farrapos em casa para que meu parceiro me conserte.Vou fazer ioga, caminhar na praça, qualquer coisa que me faça bem. Ou vou debilitar o casamento", diz.

Segundo a psicóloga Denise Gimenez Ramos, estar com os amigos no mundo moderno é vital para o equilíbrio emocional. "O casal que se fecha entra em rota de colisão. Ter privacidade com os amigos para falar bobagem é importante, até porque as amizades perduram muito mais que o casamento", diz ela. Ao mesmo tempo, o espaço conquistado pela mulher no casamento propõe o ideal de igualdade. "No passado, era normal a mulher seguir em tudo as forças as decisões do marido. Hoje, os homens reconhecem sua realização pessoal, seu êxito profissional, suas qualidades, que a distinguem dele", afirma o consultor Vital Didonet, de Brasília, que completou 25 anos de casamento em 2008. Isso inclui a liberdade individual, essencial a todos em uma relação.


Detalhes de nós dois


Na hora de juntar os trapos, ter ajuda para botar a casa em ordem também é crucial para o bom convívio e, sem dúvida, mexe com o jeito de ser de qualquer um. As fraquezas nunca vão deixar de aparecer. Afinal, somos humanos. Mas, quando um casal prioriza o respeito às singularidades, a dependência emocional dá lugar à amizade, ao erotismo e aos planos em comum, construídos pelo olhar que cada um lança na relação. "Os dois se apoiam, ajudam-se, fortalecem-se, consolam-se, mas sempre olhando para o que está adiante deles", diz o consultor Didonet. Juntos, sim. Grudados, jamais.


Para saber mais

Uma História do Amor... com Final Feliz, Flávio Gikovate, MG
Eles São Simples, Elas São Complexas, Cláudya Toledo, Alaúde

O telefone não tocou no dia seguinte? Veja por que eles e elas não ligam após um encontro


Simone Cunha
Do UOL, em São Paulo 
  • Para que a relação não acabe no primeiro encontro, aja com cautela
Para que a relação não acabe no primeiro encontro, aja com cautela
Para você, o encontro foi incrível e você não vê a hora de marcar o segundo. Apesar de toda a sua ansiedade e expectativa, o seu telefone não toca --e você já conferiu se ele está ligado, com a bateria carregada, com bom sinal. Para a terapeuta de casais Claudya Toledo, não há mistério: a ligação no dia seguinte vai depender da maneira como você se comportou no primeiro encontro. "Se a pessoa mantém atitudes para que o outro se interesse em marcar o segundo encontro, vai rolar. Mas se inicia este primeiro contato no clima ‘mais ou menos’ para ver no que vai dar, é muito provável que o telefone não toque", diz.
Para o psiquiatra Luiz Cuschnir, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, independentemente do gênero, pessoas que têm traumas emocionais de outras relações costumam se posicionar com descrença de que outra poderia completá-la. "Como defesa, se envolvem em seus afazeres de tal forma que não criam condições para ligarem no dia seguinte", afirma.
No entanto, atitudes femininas e masculinas podem ser desanimadoras no primeiro encontro, impossibilitando o próximo. "É comum as mulheres ficarem mais artificiais e os homens tentarem mostrar uma articulação extra para seduzir a parceira", exemplifica o psicólogo Thiago de Almeida, especialista em relacionamentos. E prevendo a chance de ser analisada, a pessoa se comporta de maneira desconfortável para aquela situação. "Neste tipo de encontro, frequentemente a pessoa tenta direcionar a conversa para o que lhe interessa, esquecendo-se de ouvir o outro", afirma Almeida. O psicólogo diz que é importante saber o que quer, mas também dar tempo para o outro expor suas ideias.
Não existe regra quando o assunto é relacionamento. Porém, vale prestar atenção em algumas atitudes que podem afugentar uma paquera. Afinal, homens e mulheres observam com olhares diferentes e um deslize pode fazer o outro desistir antes mesmo de o conhecer melhor. Confira o que faz com que homens e mulheres não liguem no dia seguinte.
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Demonstrar grosseria no primeiro encontro diminui muito as chances de que haja um segundo
QUANDO ELAS COSTUMAM NÃO  LIGAR:
Ele não é cavalheiro
Para a mulher, o pretendente tem de ser gentil e educado. "Se ele demonstra ser um cara grosseiro, que fala palavrão e trata mal as pessoas, já era", afirma psicóloga clínica Miriam Barros. Para a psicóloga, o homem pode ser lindo, mas se não for cavalheiro, dificilmente esse relacionamento irá a diante. 
Ele é muito pegajoso
As mulheres gostam de atenção, carinho e gentileza. Mas na medida certa. "O homem grudento, que elogia demais, pergunta demais e fica o tempo todo pegando aqui e ali não passa no teste", diz Miriam Barros. Segundo ela, o grude é interpretado como imaturidade, além de ser irritante.
Ele bebe demais
Cada vez mais, o álcool é sinônimo de problemas. "O homem que bebe demais no primeiro encontro ou comenta que na noite passada tomou um porre, provavelmente, não terá uma nova chance", diz Claudya Toledo. A terapeuta afirma que as mulheres estão muito exigentes neste assunto, afinal, conviver com bebedeiras não é o desejo de ninguém.
Ele não se encontrou profissionalmente 
"Quando ela avalia que o homem é muito dependente, inseguro e fracassado, principalmente do ponto de vista profissional ou econômico, a reprovação é certa”, afirma Cuschnir. Para Claudya, as mulheres buscam estabilidade. Se o homem não tem emprego fixo ou ainda está em dúvida sobre qual carreira seguir, dependendo da faixa etária, não vai despertar interesse. 
Ele é muito apressado
Forçar a barra para transar no primeiro encontro pega mal. "Se a conversa gira em torno de beleza física e sexo, é provável que a relação não vingue. Como ele demonstra que não quer nada sério, cabe à mulher decidir se vale apenas uma noite", diz Claudya. Além disso, quem está na balada querendo conquistar qualquer uma, geralmente, atira para todos os lados. E se está paquerando todo mundo, não vale para um segundo encontro. Segundo Cuschnir, a desconfiança em relação à fidelidade é outra questão que faz a mulher desistir do pretendente. 
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Homens se intimidam com mulheres que fazem muitas perguntas, portanto, maneire na curiosidade
QUANDO ELES COSTUMAM NÃO LIGAR:
Ela se derreteu demais
Mesmo que a mulher tenha se encantado por um homem, é melhor se conter. "Se ela fica muito disponível, a chance de o homem não ligar é enorme", diz a psicóloga clínica Miriam Barros. Segundo ela, eles são mais lentos, exploram a situação e analisam o comportamento aos poucos. "Se a mulher demonstra que ficou muito entusiasmada, é provável que ele entenda isso como ‘ela quer compromisso sério’, e os homens fogem disso nos primeiros encontros", afirma a especialista.
Ela fez muitas perguntas
Os homens ficam constrangidos com interrogatórios. De acordo com Miriam Barros, o primeiro encontro deve ser leve e divertido. Por isso, a mulher não deve fazer questionamentos sobre o que ele faz, onde trabalha, se mora com os pais, há quanto tempo terminou o último relacionamento e quanto tempo o último relacionamento durou. "Para a mulher, é normal falar sobre estes assuntos, mas os homens se sentem acuados", diz a psicóloga.
Ela fala muito sobre trabalho
No primeiro encontro, o ideal é falar sobre amenidades: viagens, passeios, gostos musicais. "Homem gosta de emoção e, no primeiro encontro, vai adorar saber que a pretendente tem vontade de saltar de paraquedas ou fazer uma viagem de navio, por exemplo. Mas ele vai detestar falar de trabalho, que, para ele, significa competitividade e prazos", afirma Claudya Toledo.
Ela não para de falar do "ex"
Se ele perguntou sobre o passado, seja sucinta. Contar em detalhes sobre o seu relacionamento anterior não vai agradar o pretendente. Aliás, o melhor é evitar falar de relações problemáticas. "O homem avalia como ela se relaciona com a família, seus vínculos e estrutura familiar que pode incomodá-lo em um relacionamento futuro", diz Cuschnir. Portanto, é melhor falar apenas o necessário.
Ela demonstra muita independência  
Os homens gostam de mulheres com personalidade, mas isso não significa que ele queira que você não dependa de ninguém, nunca, para nada. "As mulheres acham que demonstrar poder profissional e financeiro atrai o sexo oposto, mas atrapalha”, diz Claudya. Alguns homens se sentem dispensáveis e prefere se afastar. Outros, aceitam. "Mas não reclame que seu companheiro é um banana. Se desde o primeiro encontro você quis direcionar tudo, com certeza, ele vai se acomodar”, afirma a terapeuta.

Derrube a concorrência


Desbanque os rivais e garanta que ela fique na sua
Dizem que os homens são mais fiéis entre eles do que as mulheres entre elas. Mas até que ponto você confia no seu amigo, no personal trainer da sua garota ou no primo simpático? o mercado aí fora não tem lei por isso, não subestime a lábia dos seus adversários. Sempre tem um fura- olho querendo passar na frente e pegar sua mulher. Veja onde mora o perigo e como se livrar de seus predadores.
Na academia
paquera rola solta em meio aos exercícios. Passe na frente dos caras e faça o contrário dos machões que ficam na orelha das garotas o dia inteiro.
O perigo: o xavequeiro da academia é exibicionista, exagera no peso, circula pela sala de musculação entre uma série de exercícios e outra, para diante do espelho fazendo poses e é o mais sociável. O personal trainer da sua garota é muito simpático e o fortão da sala faz questão de ajudá-la com os pesos? Aí tem coisa. “A gentileza passa a ser uma paquera quando é específica com alguém”, explica Thiago de Almeida, psicólogo, de São Paulo.
Extermine-o: se você acabar o seu treino em 40 minutos (ou no tempo estipulado), vai se mostrar focado no que está fazendo. Ser o popular da academia aponta que você está disponível para todas e não, apenas, para ela. Mulher gosta de exclusividade. Pegar mais peso e se admirar diante do espelho mostra que você não passa de um narcisista. Para desbancar os engraçadinhos que rondam sua parceira, marque território e tente malhar no mesmo horário que ela.
Ela é sua: “As mulheres se guiam 20% pelo visual e 80% pela personalidade. Por isso, se você for um cara bacana desbanca qualquer sarado”, explica Daniel Madeira, autor do e-book Personal Paquera. Esbarre nela em situações menos óbvias, mas propositais, como dividir o aparelho de ginástica, beber água ou na saída da academia. E lembre-se: “A maneira de agir na abordagem é embasada na segurança”, diz Ailton Amélio da Silva, autor do livro Relacionamento Amoroso (Ed. Publifolha, 304 págs.). Se você não se posicionar como pretendente, pode virar amizade. Comece a chamada conversa-contato falando sobre algo comum aos dois, como comentar que a aula de spinning ficou mais dinâmica com o novo telão na sala. Se ela não tiver feito a aula nesse dia, aqui fica a deixa para você convidá-la a experimentar.
No trabalho
Flertar no trabalho é um perigo, exige discrição e muita habilidade para um dos lados não se dar mal.
O perigo: se você está interessado na garota que trabalha ao lado daquele seu amigo (da onça) pegador e ele vive falando dela na sua orelha, já sabe que não deve contar com a ajuda desse “brother”, que, na certa, vai cortar o seu barato. Nesse caso rola até uma competição. O amigo xavequeiro pode nem estar a fim da garota. Mas, só de saber que você está de olho nela, por auto-afirmação, pode querer disputá-la com você. O queridinho do chefe ou o bem-sucedido da empresa também usam a posição privilegiada para chamar a atenção das mulheres no trabalho.
Extermine-o: a tática para despistar seus concorrentes é não comentar com os outros o seu interesse e suas intenções. “É preciso saber bem quem é seu amigo ou não e tomar cuidado com pessoas a quem você faz confidências”, alerta Maria Helena Vilela, educadora sexual e consultora MH. Aja sozinho. Quando encontrar a garota que interessa a você nos corredores ou no elevador da empresa, faça contato pelo olhar. Na primeira oportunidade, puxe uma conversa que possa tirar algumas informações, como perguntar se ela é de tal setor. Nessas você mostra seu interesse dizendo que já a viu antes e gravou a fisionomia dela. E ainda descobre onde ela trabalha. Não fique nos e-mails corporativos – pode até mandar um ou outro -, mas descubra o ramal dela e mostre atitude. Além de surpreender, ela vai gostar de ouvir sua voz. Ligue e convide-a para tomar um café. Você vai passar na frente dos caras que ficam no xaveco virtual.
Ela é sua: o seu grande trunfo vai ser a conversa. Falar do trabalho vale para começar o papo e quebrar o gelo, mas, depois, pergunte sobre a vida dela e coloque outros assuntos na mesa. “Envolva a parceira no diálogo. Tente a conversa embutida – quando desperta a curiosidade da garota de saber algo mais -, gerando ganchos de respostas e perguntas”, diz Daniel. Aposte nas suas habilidades. “A mulher gosta de homem com humor, espontâneo e que a trate como alguém especial”, afirma Maria Helena. Depois de alguns cafés e bate-papos, arrisque, chame-a para um programa fora do escritório.
Na balada
Se você curte ir para a guerra sábado à noite, escolha bem suas armas, pois os competidores em uma balada são muitos. Use o máximo do seu potencial para se destacar em meio a tantos machos atrás de presas. O PERIGO: na balada, a disputa para atrair uma mulher é acirrada e pode acontecer de diversas maneiras. “Na noite, a aparência é o grande cartão de visita. Cerca de 80% das mulheres se guiam pelo visual. Mesmo assim, o que vale na hora de ganhar mesmo a garota é a conversa. Se não for boa, você é descartado em minutos”, comenta Daniel. Outro concorrente é o cara que se destaca pela posição social. “Um homem que fica no camarote já começa mostrando que tem status. Ele está em um lugar vip e que nem todos podem bancar”, comenta Leo Sanchez, empresário, sócio de casas noturnas como Pacha e Rei Castro, em São Paulo. Um cara como esse vai querer chamar a atenção pelo poder, convidando a garota para beber um champanhe no espaço dele, por exemplo. Aquele cara boa- pinta que fica rodando pela pista com o copo na mão também está na balada para tentar todas.
Extermine-o: no camarote ou fora dele você desbanca qualquer rival tendo atitudes originais e direcionadas a uma única mulher. Você se destaca entre os outros quando o seu objetivo é conquistar somente ela. Ficar na sua enquanto os outros estão atirando para todos os lados vai fazer com que a mulher veja você com outros olhos, diferente daqueles que chegam encostando e pegando na garota. A mulher odeia isso. Manda bem na pista? Mostre seus dotes como quem não quer nada. “O homem animado, bom de expressão corporal, pode seduzir fácil dançando”, diz Leo.
Ela é sua: a música alta é uma boa desculpa para chegar perto da mulher que atrai você. Mas aborde-a sem demonstrar interesse sexual e com segurança. Desenvolva um diálogo envolvente e essa será sua chance de conquistá-la. Olhe nos olhos e não para o corpo da garota. Nada de brincadeirinhas bobas como dizer que ela é um anjo que caiu do céu. “Não faça elogios, senão você será igual a 90% dos homens. Aja diferente e qualifique a personalidade dela em vez da beleza”, ensina o personal paquera. Diga que ela é comunicativa ou pergunte se trabalha com moda. Toda mulher adora falar e fica horas se arrumando para sair de casa. “Com esse comentário você está dizendo que ela se veste bem e, subliminarmente, diz que está bonita.” O importante não é o que você diz e, sim, como você diz. Enquanto a conversa rola, use algumas táticas, como se afastar um pouco e baixar o tom de voz. “Isso vai fazer com que ela chegue mais perto de você para escutar melhor o que está dizendo”, comenta Daniel. A fase de sedução começa. Aqui, você já desarmou a garota, quebrou o gelo e consegue perceber os indicadores de interesse por parte dela. “Comece com toques dissimulados no braço, por exemplo, comentando sobre o relógio ou a pulseira”, exemplifica Ailton. Tudo isso com naturalidade e simpatia. Um cara engraçado, educado e agradável, na medida, pode se destacar no meio de tantos outros. Agora, um mané chato é pior que tiro no pé.
No bar
Basta um olhar para demonstrar suas intenções. Aqui, no meio a centenas de homens, você vai ter que conquistar a garota no olhar, com atitude e na conversa
O perigo: o bar está lotado e você é apenas mais um olhando para a garota atraente que está na roda da happy hour da mesa ao lado.
Extermine-o: “A mulher sabe que está sendo olhada e também sabe fazer charme”, diz Thiago de Almeida. Na hora certa (você vai saber qual é) chegue nela e use todo seu talento, lembrando-se da regra básica – nada de dar uma de chato inconveniente, repetir mil vezes que o sorriso dela é lindo e não falar nada interessante. Você tem que agir diferente de todos os outros homens que estão ali para chamar a atenção dela e se dar bem.
Ela é sua: mulher gosta de homem que tem atitude, mas saiba respeitar a distância social que existe em um bar e tente perceber a hora certa de chegar na garota. Fique esperto nos sinais que ela dá a você, como comentários com as amigas seguidos de olhares e sorrisos. Observe a moça antes de abordá-la e chegue com simpatia, diga “oi” e comente algo “comum” a vocês que esteja acontecendo no ambiente. Fica mais fácil conseguir desenvolver um diálogo e, para estender o papo, faça perguntas abertas (olho no olho) como: qual?, o quê?, quando?, como? Ofereça uma bebida e passe a noite toda conversando. Você não vai dar chance de outro chegar nela e ainda sai com o telefone da garota.
Na família
O homem se sente em terreno seguro quando está com a mulher no ambiente familiar, ao contrário de quando está na balada, onde sabe que tem muitos rivais. Mas não é bem assim. “O risco de perder a parceira está em qualquer lugar, inclusive entre família”, diz Maria Helena, educadora sexual. O PERIGO: aquele tio solteiro que vive comentando sobre suas amigas ou o primo bonitão que xavecava sua irmã quando vocês eram mais jovens podem, sim, achar sua garota linda e ficar fazendo propaganda deles mesmos. A mulher gosta de ser seduzida, então não crie oportunidades para ela estabelecer vínculo com os parentes “menos confiáveis”.
Extermine-o: sabe que tem uns engraçadinhos na família e com a ficha suja? Não fique fazendo propaganda da sua parceira e contando como ela é incrível. Isso desperta curiosidade. Seja reservado e já adiante que você tem um primo mala e umas peças raras na família. “Fazer propaganda negativa dos parentes mal-intencionados e causar má impressão sobre eles é uma maneira de alertar sua parceira”, aconselha Maria Helena. Esteja sempre por perto e atento, o que não significa ter crise de ciúme. Numa dessas você deixa sua garota sozinha, sai de cena e abre espaço para o tal primo chegar nela oferecendo consolo.
Ela é sua: apresentar a mulher à família demonstra que você tem boas intenções. Em reuniões familiares, não facilite e marque presença sempre ao lado dela.
Na turma
O velho ditado de que ‘mulher de amigo meu é homem’ serve até o momento em que ela não desperta o interesse dele. “Homem é instintivo. É bicho”, comenta Maria Helena.
O perigo: preste atenção naquele amigo bonzinho e solícito, tão queridinho pelas garotas. O mais popular e gente boa da turma também se destaca entre elas. Toda relação é estabelecida por admiração e, às vezes, esse é o tipo do cara que rouba a atenção da garota de que você está a fim.
Extermine-o: nunca deixe sua parceira sozinha com um amigo que já pisou na bola antes. Ele está de olho na mesma mulher que você? Existem duas opções: “Se você sabe que ele não tem potencial para ganhar a garota, deixe-o se destruir sozinho. Agora, se o cara tem fama de pegador, aja rápido. Mas nunca dispute a mulher ao mesmo tempo com seu amigo”, aconselha Daniel. Chame a atenção dela pelo xaveco indireto, aquele em que você não demonstra interesse explícito.
Ela é sua: ao contrário dos homens, as mulheres não ligam tanto para a beleza. Atenção! Aparência física é diferente de beleza. Então, invista no visual. Procure perceber as mensagens não verbais, como gestos e movimentos do corpo dela. “A comunicação entre os seres humanos é 7% o que você fala, 3% o tom de voz e 90% expressão corporal”, diz Daniel. Aborde a garota usando ganchos que despertem um diálogo leve e interessante, como falar de viagens, amigos ou histórias de sucesso. Conversar com segurança demonstra confiança. Preste atenção nos assuntos da garota e faça comentários em cima deles. Com isso, você mostra que está interessado no que ela diz. “Muita mulher se apaixona apenas por ser ouvida”, comenta Daniel.
9 dicas para ela ter olhos só para você
1. Tenha iniciativa
2. Cuide da sua aparência e se mostre um cara interessante
3. Senso de humor.Aposte nele, sem exagerar, para não parecer um babaca
4. Não se comporte como um homem carente
5. Evite elogiar a beleza física no primeiro encontro
6. Converse, escute e se interesse pelos assuntos da garota
7. Olhe nos olhos
8. Não converse em tom de entrevista de emprego
9. Seja gentil, sem ser meloso