segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Conheça o manual do sexo casual para curtir o Carnaval

Nos dias de Carnaval, tem muito folião que resolve curtir as festas ao máximo, o que também pode incluir envolvimento com mais pessoas do que o habitual ou com quem não se tem muita intimidade (talvez, nenhuma). Por isso, é importante ter algumas informações em mente antes de topar o sexo casual.
Para quem procura se divertir e não deseja ter dor de cabeça nem ressaca moral depois de prolongar a folia na cama, especialistas em relacionamento disseram o que os amantes precisam saber para curtir as festas. Navegue pelo itens abaixo e veja as dicas de Thiago Almeida, psicólogo e coautor do livro “A Arte da Paquera” (Editora Letras do Brasil), e Juliana Bonetti, terapeuta do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade).
Etiquetas e cuidados do sexo casual
Não cobre
Se você topou encarar uma relação em que o sexo está em primeiro plano, não crie expectativas de que o enlace vai dar em algo sério e não faça cobranças. Como explica o psicólogo Thiago Almeida, “o sexo casual é um 'test-drive' da parceria, sem compromisso, um passo além do 'ficar'". Para ele, a prática é o "'carpe diem' dos relacionamentos amorosos". Ele diz que quem busca sexo casual deve entrar na relação ciente de que, nesse caso, o importante é o prazer imediato, sem pensar no futuro. "O sexo casual é bom quando as duas pessoas concordam que a relação é momentânea". E lembre-se: frequentemente, homens se tornam românticos quanto têm interesse sexual em uma mulher, o que não significa que esteja envolvimento emocionalmente.
Escolha bem
Apesar de os laços emocionais serem poucos entre os parceiros que buscam sexo casual, é importante avaliar se é alguém com quem vale a pena dividir o momento de prazer. Segundo a psicóloga Juliana Bonetti, só com bom senso você terá o mínimo de satisfação e qualidade na hora do sexo. O melhor a fazer, portanto, é obter algumas informações mínimas sobre a pessoa. E tenha atenção ao comportamento dela. "Perceba os sentimentos que as atitudes dessa pessoa despertam em você e aja segundo essas percepções”, diz a terapeuta.
Thiago Almeida aponta outros fatores que podem facilitar a seleção. "Verifique a constância no comportamento da pessoa e se ela fala coisas que fazem sentido. O interessado ainda pode investigar há quanto tempo o outro está sozinho e por que está só, por exemplo". No entanto, toda a folia das festas pode atrapalhar essa escolha mais atenta. “No Carnaval, há alguns fatores concomitantes que alteram a consciência das pessoas, como o álcool, que facilita a impulsividade." Por isso, é melhor evitar o sexo com pessoas desconhecidas se você bebeu demais (ou com quem exagerou).
Tenha certeza
Para não correr o risco de se arrepender e ter uma ressaca moral no dia seguinte à transa, tenha certeza de sua decisão. Há pessoas que não encaram bem a ideia de transar quando não há intimidade. Se é o seu caso, evite. "Sendo a busca por sexo casual consciente, é preciso estar seguro para arcar com possíveis consequências. O estado emocional da pessoa deve estar equilibrado para que seja prazeroso", afirma a psicóloga Juliana Bonetti. "Muita gente faz sexo casual por insegurança, para obter algum tipo de aprovação e até por carência. Mas, claro, isso não é uma regra."
Estabeleça limites
No sexo casual, é recomendável estabelecer limites. Ambos devem apontar o que gostam, até onde o outro pode ir e mostrar o que esperam dessa relação. Não tenha vergonha de dizer que algo te incomoda. Assim, por mais que os parceiros não se conheçam muito bem, ao menos terão o mínimo de satisfação sexual garantida. "O termômetro do que é permitido é a noção do próprio indivíduo. Os limites vão depender da pessoa. Isso quer dizer que cada um tem um parâmetro e não existe certo e errado quando a prática é consentida pelas partes envolvidas", diz a psicóloga Juliana Bonetti. Mas evite práticas que a maioria das pessoas não se sente à vontade de praticar com quem não tem intimidade (como palavrões e tapinhas, por exemplo).
Proteja-se
Usar camisinha é a principal regra e não deve ser quebrada. Conforme afirma o psicólogo Thiago Almeida, em ocasiões como o Carnaval, muitas pessoas acabam não pensando nas consequências do sexo sem proteção. "Além da gravidez indesejada, há o perigo das doenças sexualmente transmissíveis. Praticar sexo sem camisinha pode trazer uma dor de cabeça para o resto da vida."
De acordo com a mais recente pesquisa do Ministério da Saúde sobre o comportamento sexual brasileiro, publicada em 2008, cerca de 28% da população, entre 15 e 64 anos, faz sexo sem compromisso com um ou mais parceiros no período de um ano. O relatório ainda aponta que, entre as pessoas que fazem sexo casual, as mulheres são as que menos usam proteção, 34,6%, enquanto 51% dos homens fazem uso de preservativos. Os dados mostram, também, que os jovens de 15 a 24 anos são mais conscientes, já que 67,8% dos que tiveram encontros descompromissados usaram proteção.