sábado, 18 de junho de 2011

Como aproveitar melhor as viagens a dois?

14/06/2011




Quem não quer passar mais tempo ao lado do parceiro? São poucos os casais que conseguem se ver todos os dias ou todos os finais de semana. E para estreitar ainda mais os laços nada melhor do que uma viagem a dois, não é verdade?

Entretanto, se ela não for muito bem planejada, pode virar sinônimo de briga. O primeiro problema que ocorre é a cobrança, principalmente quando uma das partes precisa adiar o passeio de última hora porque não consegue sair do trabalho a tempo.

As frases: "Mas você prometeu que isso não ia acontecer" ou "Já estava tudo programado", sempre vão aparecer. "Por isso, os compromissos do dia a dia precisam ser bem planejados para que estes imprevistos não acabem com a empolgação", explica o psicólogo Thiago de Almeida, especialista no tratamento das dificuldades nos relacionamentos amorosos e autor do livro "A Arte da paquera: inspirações à realização afetiva" (Ed. Letras do Brasil).

Outra dica do Dr. Thiago é o casal se lembrar de fazer roteiros para as diferentes mudanças de tempo. "É preciso ter sempre um plano B. O local a ser visitado pode estar fechado ou haver um trânsito terrível para impedir algum compromisso. Essas adversidades precisam servir como ponto de união e são alguns dos fatores que contribuem para que um relacionamento dê certo", diz.
E na hora de pensar o destino, o casal deve levar em consideração os gostos dos dois. Não adianta o rapaz querer fazer rapel se ela não gosta de adrenalina, por exemplo. O passeio precisa ser estimulante para os dois.

Outra atitude errada durante viagens desse tipo é quando uma das partes leva trabalho ou um livro para o passeio. "Nada impede que você faça palavras cruzadas enquanto seu companheiro tira um cochilo ou vice-versa, mas não dá para ficar o tempo todo lendo. A viagem serve para ter mais tempo com o parceiro, conversar, investir na relação", alerta o especialista.

Dr. Thiago conta também que nessas viagens as pessoas relaxam e ficam mais próximas para reafirmarem suas presenças dentro de um relacionamento. "Todos os dias, de alguma forma, os parceiros se cortejam, mas, neste caso, sair da rotina se assemelha a um momento lúdico, para que um analise o comportamento do outro".

Na viagem acontecem muitas coisas legais quando os casais estão juntos. Nelas, o rapaz consegue perceber, por exemplo, se a moça é realmente aventureira ou mais tranquila. "Ninguém possui um repertório pronto para vivenciar este momento. E o mais interessante é poder descobrir e se surpreender com as emoções da outra pessoa. E sabendo disso, fica mais fácil encontrar roteiros que possam ajudar um a curtir o outro em suas diferentes facetas", comenta Dr. Thiago.

Um detalhe importante: o homem não deixa de ser quem é porque está em viagem. O mesmo acontece com a mulher. O ciumento ou tímido no dia a dia é assim também fora da rotina. E algumas características dos sexos são evidenciadas quando se passa a ter mais contato. "Se a mulher gosta de passar horas fazendo compras, isso ficará mais claro durante a viagem. São coisas que o rapaz não percebe no cotidiano, quando está no trabalho".


O psicólogo afirma ainda que uma viagem pode ser sim um termômetro para a relação. E se não deu certo de primeira, nem sempre significa que não vai dar certo na segunda ou que o companheiro não serve. Na verdade, esta acaba sendo uma oportunidade para remanejar o destino e acertar da próxima vez. "Após detectar os erros, é importante fazer uma prevenção para que eles não voltem a acontecer", deixa a dica.

Por Juliana Falcão (MBPress)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mulheres estão cada vez mais exigentes na busca do companheiro

Qui, 16/06/2011 - 05h00



"Se você escolher demais vai acabar sozinha". Atire a primeira pedra quem nunca ouviu essa frase na vida ao reclamar que falta homem no "mercado". Em tempos de namoros-relâmpago e sexo casual, escolher alguém para a vida toda tem sido uma tarefa cada vez mais difícil.

Mas há gente defendendo que o problema não está na falta de pretendentes, mas sim na variedade, que deixa a mulherada cada vez mais confusa.


Segundo um estudo realizado por pesquisadores britânicos e publicado no jornal britânico "Biology Letters", em março deste ano, quanto mais opções uma pessoa tiver para escolher um parceiro amoroso, maior a probabilidade de ficar sozinha. Para os autores da pesquisa, variedade é bom, mas em pequena quantidade, para que o cérebro possa assimilá-la com qualidade.

Para desenvolver o estudo foram entrevistados 1.870 homens e 1.868 mulheres em 84 eventos de "speed-dating", os tradicionais rodízios de relacionamentos. Em grandes eventos, com participantes semelhantes, o número de propostas de encontro era de 123. Mas quando os pretendentes eram muito diferentes, o número caía para 88. Em pequenos eventos do gênero a média de 85 propostas caiu para 57 entre candidatos com características variadas.

Para o psicólogo Dr. Thiago de Almeida, especialista no tratamento das dificuldades nos relacionamentos amorosos e autor do livro "A Arte da paquera: inspirações à realização afetiva" (Ed. Letras do Brasil), questões biológicas ajudam as mulheres a ficarem mais seletivas. "Quando elas estão ovulando, tendem a escolher determinados tipos de parceiros, de preferência que tenham rosto simétrico e boa saúde reprodutiva", explica.

A mulher mede a influência de um homem em sua vida a curto e longo prazos. Dependendo de seus objetivos, Dr. Thiago afirma que a seleção pode ser mais apurada. "Se ela está interessada em um relacionamento duradouro, procura alguém que possa somar e que lhe dê segurança, uma vez que os homens são mais volúveis na hora de escolher suas parceiras", comenta.

E continua: "As mulheres são mais sensíveis. Elas querem alguém que faça companhia para ela, que pense em ter filhos, que lhe mande mensagens carinhosas e de suporte emocional e que pague um jantar - este ato prova que o pretendente tem condições de garantir a alimentação e a sobrevivência dela", comenta. "Além disso, o homem é fértil praticamente durante toda a vida toda, diferente da mulher, que é desfavorecida com a idade. Este é um dos motivos pelos quais elas se tornam mais seletivas com o passar do tempo", conta.

O psicólogo garante ainda que o corpo escolhe o parceiro ideal muito antes da cabeça. "Antes de beijar o rapaz, a mulher sabe se ele serve ou não. O cérebro se encarrega de identificar a famosa ‘química’ por meio do cheiro e do aspecto físico do parceiro. E depois pelo beijo, que nada mais é do que o reconhecimento do corpo do outro", diz. "Tenho pacientes que dizem que um beijo bom tem gosto bom e que beijo ruim, sem liga, tem gosto de saliva", descreve.


Os aspectos biológicos na hora de escolher o parceiro ideal nunca mudaram. O que mudou na verdade foi a cultura. Sabe aquela típica cena de desenho animado, na qual o homem dá com o tacape na cabeça da mulher e a leva para a caverna? Isso não tem mais sentido. Ou talvez nunca teve. "Por conta da maior liberdade conquistada, a mulher passou a ter o poder do veto. Se o homem quer, mas a pretendente não, o sexo ou o beijo não acontece. Este é um dos motivos pelos quais os homens estão aprimorando constantemente suas táticas de cortejamento", esclarece.

Por Juliana Falcão (MBPress)

Ciúmes para que? Os problemas causados pelo Ciúme

O ciúme é um sentimento que afeta a maioria das pessoas. Afinal, quem nunca ficou minimamente incomodado com uma "ameaça" a seu relacionamento? E não estamos falando apenas de vida amorosa. Irmãos, amigos e até mesmo animais de estimação ou objetos como livros podem ser alvo de alguém ciumento, conforme explica o psicólogo Thiago de Almeida.
Especialista no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso, ele afirma que o ciúme é uma reação que abrange três elementos: ameaça percebida, o conflito entre o que acontece na vida real e o que a pessoa imagina que ocorra, e as ações tomadas para eliminar o risco da perda do ser ou objeto amado.
Este último caso acontece no caso de sogra e nora. "A mãe percebe a chegada da mulher do filho como uma ameaça. Assim, as duas disputam para ver quem é a mais importante na vida do homem, mesmo que ele não dê motivo para essa insegurança", explica Almeida. Tiradas as proporções, isso acontece também com aquele amigo seu que diz não emprestar os livros com medo de que eles não sejam devolvidos.
Até mesmo os animais sentem ciúmes. Se você tem mais de um cachorro, já deve ter notado que, quando dá atenção a um, o outro começa a se sentir incomodado e a querer carinho também. Com gatos, pássaros e até peixes acontece o mesmo, só para citar os domesticados. E o homem não fica atrás. "Todos somos ciumentos, em menor ou maior grau", afirma Almeida.

Ciumento distorce realidade

A diferença é o quanto a outra pessoa se adequa às suas imposições ou faz valer o ponto de vista dela. "Você ocupa o lugar que o outro dá. Se começa a aceitar o ciúme, então vai ceder e se submeter às vontades do parceiro", complementa. Segundo a psicóloga Bettina Volk, a insegurança dá a tônica nos relacionamentos marcados pelo ciúme.
"Cada história é uma história, mas geralmente o ciumento é uma pessoa que quer se sentir especial, amada, e, para isso, transforma o outro no centro das atenções", ressalta. Dependendo do grau, a relação pode até se tornar doentia, adverte o psicólogo Thiago de Almeida. "A pessoa pode até perder o controle da realidade."
Ele conta o caso de uma paciente que vivia uma dicotomia: ela tinha dois empregos para sustentar a casa, mas o noivo era extremamente ciumento. Ele acabou cismando com um de seus trabalhos – que representava 60% da renda dela e no qual a parceira interagia com muitos colegas homens. "Para o companheiro, havia lógica em seu comportamento. Só com sessões de terapia ele conseguiu superar o problema", ressalta.
Bettina conclui: o ciumento deve se lembrar que a outra pessoa também tem uma vida, emoções e sentimentos para conseguir respeitar as escolhas dela.
Ciúme pode destruir a relação a dois

Invadir o espaço do outro é um dos comportamentos que podem prejudicar o relacionamento

A contadora Tatiane Cristina dos Santos, de 30 anos, já estava separada há algum tempo quando viu o ex-namorado com uma garota dentro de um veículo. "Estava de moto, e não pensei duas vezes em jogar a moto em cima do carro. Felizmente, ele foi mais rápido que eu, porque poderia ter me machucado muito", conta. Ela ainda tentou segui-lo, mas não conseguiu.
Tatiane, como você deve ter percebido, é uma pessoa ciumenta. E ela mesmo admite isso. "Tomo atitudes sem pensar, não consigo me controlar", explica. Segundo a psicóloga, pesquisadora e escritora Olga Tessari, autora do livro "Dirija sua vida sem medo - Caminhos para solucionar os seus problemas", isso é sinal de insegurança.
"Às vezes, o namorado é galinha ou já houve traição, mas isso pode ser sinal de posse ou fruto da imaginação dela", ressalta a especialista. Longe de ser sinal de amor, ter atitudes extremas indica que a pessoa vive em função do amado e espera que o outro faça o mesmo. "Fazendo isso, você acaba afastando o parceiro, já que ele se cansa", ressalta.
Em alguns casos, a pessoa ciumenta cria uma história negativa em sua imaginação, só para alimentar o sentimento, explica a psicóloga Olga. Se vê o parceiro e um colega rindo, por exemplo, pode achar que há cumplicidade entre eles e que a relação vai além da pura amizade. "Ele não abre mão de sua posição, e o outro acaba cedendo, dando mais margem para achar que tinha razão", complementa.
O psicólogo Thiago Almeida, especialista no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso, explica que há duas formas de agir do ciumento. A primeira delas é a protecionista, na qual a pessoa ciumenta acha que o outro está se afastando e redobra os cuidados para não perdê-lo. "Ela passa a se cuidar mais, fazer academia, e fica loira se o parceiro gostar de loiras, por exemplo", afirma.
Já o retaliador tem outra forma de expressar o ciúme. "Ele vai checar por que o namorado ou namorada não está atendendo ao telefone, vai até a casa da companheira e a revista, certo de que vai encontrar algo comprometedor", explica Almeida. O ciumento é dominado por um sentimento de posse, afirma a psicóloga Olga. "Quem ama quer ver o ser amado feliz", atesta.

Cuidado para o ciúme não desgastar suas relações familiares e amorosas

O ciúme é um sentimento que afeta a maioria das pessoas. Afinal, quem nunca ficou minimamente incomodado com uma "ameaça" a seu relacionamento? E não estamos falando apenas de vida amorosa. Irmãos, amigos e até mesmo animais de estimação ou objetos como livros podem ser alvo de alguém ciumento, conforme explica o psicólogo Thiago de Almeida.
Especialista no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso, ele afirma que o ciúme é uma reação que abrange três elementos: ameaça percebida, o conflito entre o que acontece na vida real e o que a pessoa imagina que ocorra, e as ações tomadas para eliminar o risco da perda do ser ou objeto amado.
Este último caso acontece no caso de sogra e nora. "A mãe percebe a chegada da mulher do filho como uma ameaça. Assim, as duas disputam para ver quem é a mais importante na vida do homem, mesmo que ele não dê motivo para essa insegurança", explica Almeida. Tiradas as proporções, isso acontece também com aquele amigo seu que diz não emprestar os livros com medo de que eles não sejam devolvidos.
Até mesmo os animais sentem ciúmes. Se você tem mais de um cachorro, já deve ter notado que, quando dá atenção a um, o outro começa a se sentir incomodado e a querer carinho também. Com gatos, pássaros e até peixes acontece o mesmo, só para citar os domesticados. E o homem não fica atrás. "Todos somos ciumentos, em menor ou maior grau", afirma Almeida.

Disputa pela atenção está entre principais causas do sentimento na família e no círculo social

Você já deve ter visto esta cena em algum lugar: uma criança pequena fazendo birra para chamar a atenção dos pais, que estão cuidando de seu irmãozinho menor. Pois é, o ciúme atinge até mesmo quem não tem idade suficiente para compreender esse sentimento, explica a psicopedagoga e orientadora familiar Geórgia Vassimon.
“Isso acontece com frequência. É uma situação que envolve disputa de território e afeto, nesse caso do mais velho em relação ao recém-chegado à família”, afirma a especialista. “E os pais acabam contribuindo para o problema, já que o menor exige mais cuidados. Isso faz com que deixem de lado o maior”, completa.
Para voltar a ter a atenção de antes, o primogênito pode querer imitar algumas ações do caçula, como mamar e fazer xixi na cama. “A solução para esses casos é valorizar o maior, explicar que já há coisas que só ele pode fazer, como passear em um parque de diversões”, recomenda Geórgia. Comparar os filhos também ajuda a estimular a ciumeira entre eles.
Aquele discurso de “por que você não é igual ao seu irmão?”, no qual alguns pais tentam impor um modelo de comportamento, é extremamente prejudicial, afirma Geórgia. “É bom deixar claro que cada um é bom em um aspecto, e que ser diferente é legal”, afirma.

Ciúme e atenção

Mas e quando o ciúme se dá entre outros membros da família, como nora e sogra? Nesse caso, pode haver uma disputa pela influência sobre o marido/filho em questão. “Ele tem que deixar claro que pode amar todo mundo. Mas muitas vezes é o objeto disputado que estimula essa competição, para se sentir valorizado”, afirma a psicopedagoga. O ciúme, no entanto, não é exclusivo do ambiente familiar. Amigos também podem expressar esse sentimento.
“É aquele caso de um amigo que larga tudo para viver em função do outro, não admite outras amizades”, ressalta, por sua vez, a psicóloga, pesquisadora e escritora Olga Tessari, autora do livro "Dirija sua vida sem medo - Caminhos para solucionar os seus problemas". Para ter a atenção exclusiva do outro, pode inclusive criar situações para mostrar que o terceiro elemento desse triângulo não é confiável.
E o que se diz de ciúmes do cachorro? Pois é, uma paciente de Olga não gostava que seu cãozinho fosse simpático com outras pessoas na rua. “Então, para não perder a atenção exclusiva dele, ela deixou de levá-lo para passear”, explica. Depois de procurar ajuda, a menina agora já consegue até deixá-lo na casa da irmã. “Hoje ela ri disso”, conclui a especialista.

Dar espaço ao outro é o primeiro passo para construir uma relação sólida

Lidar com uma pessoa ciumenta pode ser desgastante. Ainda mais quando chega ao ponto de a pessoa “fuçar” seu celular ou e-mail em busca de algo comprometedor – na maioria das vezes, inexistentes. Mas como driblar esse ciúme? E, no caso de ser uma pessoa ciumenta, como controlar esse sentimento?
Em primeiro lugar, os dois lados têm de saber que o parceiro ciumento não está passando por uma fase passageira, e que é só ignorar determinadas atitudes e dar tempo ao tempo que as coisas vão melhorar. É o que explica o psicólogo Thiago Almeida, especialista no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso.
“Logo que houver alguma situação que você não gostar ou se sentir invadido, pare para conversar e explicar seus sentimentos”, recomenda. Até porque, continua, o ciumento tende a achar que suas atitudes são para preservar a relação. Uma dica: assim que sentir aquela vontade incontrolável de fuxicar as coisas do seu parceiro, respire fundo e faça outra coisa.
A contadora Tatiane Cristina dos Santos, de 30 anos, reconhece que o ciúme atrapalha sua vida. “Sou muito ciumenta. Quando vejo, já fiz algo. E sempre me arrependo depois”, afirma. Ela pretende, em breve, dar um passo além para acabar de uma vez por todas com seus ataques de ciúmes: “Penso em fazer um tratamento, não é bom ser assim."

Ajuda contra ciúme

A terapia pode ser o único recurso para alguns ciumentos, segundo explica a psicóloga, pesquisadora e escritora Olga Tessari, autora do livro "Dirija Sua Vida Sem Medo - Caminhos para Solucionar os Seus Problemas". “Chega o momento em que ele mesmo busca ajuda, quando percebe que está afastando de si todas as pessoas que se preocupam com ele”, conta. Mas o mais comum é o outro lado pressioná-lo a procurar tratamento.
“Há casos em que somente conversar não resolve. A terapia é a melhor forma de a pessoa acordar e ver que pode tentar ser melhor”, explica. Olga teve um paciente cuja esposa pediu o divórcio após não suportar o ciúme do parceiro. “Ele tentava mudar, e até contava na agenda quantos dias ficava bom: 20. Depois, voltava tudo”, afirma.
Nas sessões, a psicóloga conta que busca aumentar a autoestima do paciente e fazê-lo lidar com alguma mágoa passada que tenha forjado essa característica na personalidade dele. Ela trabalha com a abordagem comportamental cognitiva, focada no problema. Por isso, conversa para descobrir por que ele age de tal forma.
“A gente pede para o paciente listar aquilo que gosta de fazer, e contrastar com o que faz no dia a dia. Geralmente, ele percebe que muito do que faz diz respeito ao que o outro gosta”, afirma. “Mostro que ele tem que se amar em primeiro lugar, para depois amar alguém”, conclui a especialista.

A Pessoa Errada

A Pessoa Errada

Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que , se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho.
Chega na hora certa,fala as coisas certas, faz as coisas certas. Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.

A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor.
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar que é pra na hora que vocês se encontrarem a entrega ser muito mais verdadeira.

A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.

Essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai dar em troca uma noite de amor inesquecível.
Essa pessoa talvez te magoe, e depois te enche de mimos pedindo perdão.

Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.

Vai estar o tempo todo pensando em você.

A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo porque a vida não é certa, nada aqui é certo.

O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo... amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo.
E só assim é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz : " Graças à Deus deu tudo certo".

Quando na verdade Tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...

Nossa missão : Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.

Luiz Fernando Veríssimo

terça-feira, 14 de junho de 2011

Dar um fora é tão difícil quanto levar, diz especialista


Sxc
Saber terminar um relacionamento que não satisfaz é básico para buscar a felicidade com outra pessoa
Crédito: Sxc
Só quem já passou pela experiência conhece o gosto amargo de dar – e também de levar – uma fora do amor que parecia eterna. Nunca é fácil. Se, por um lado, ninguém gosta de ser descartado, por outro é fundamental ser cuidadoso para terminar um namoro sem sair como a pessoa nefasta da história. Mas, às vezes, não há como escapar: é preciso criar coragem e aceitar que chegou ao fim.
Para quem adia a decisão por medo de ficar só ou por comodismo, o psicólogo e especialista em relacionamentos amorosos Thiago de Almeida, autor do livro A Arte da Paquera – Inspirações à realização afetiva, dá a dica: "siga em frente, porque o tempo perdido é irrecuperável". Então, respire fundo e saiba como agir em situações como essa.
Dar um pé no traseiro
Brigas, distância ou falta de interesse. Seja qual for o motivo, chegou a hora de cada um seguir o próprio caminho. Mas se você pretende fazer isso sem derramamento de lágrimas ou decepcionar a antiga paixão, esqueça. "Não há forma satisfatória de dar um fora e, por isso, as pessoas usam pretextos para justificar suas vontades", explica Thiago.
A frase "o problema não é você, sou eu" soa familiar? Isso acontece porque, com medo de piorar ainda mais a situação, é comum quem dá o fora inventar motivos para camuflar as reais intenções.
Parece simples, mas muitos casais permanecem juntos só porque têm dificuldade de dizer não. "As pessoas não gostam de se envolver em conflitos. Por isso, é tão fácil aconselhar casais de amigos e tão difícil decidir o rumo do próprio relacionamento", conta o psicólogo. Mas, viver um namoro meia-boca só para evitar uma briguinha não faz nada bem.
Então, se você faz esse tipo, crie coragem, invente um pretexto sem culpa e saiba deixar o caminho livre para os dois lados.
Levar um pé
Antes de pensar em todos os seus defeitos e enumerar os motivos pelos quais você acredita que te dispensaram, coloque uma coisa na cabeça: de pouco adiantaria mudar para "segurar" a relação. "Não é porque você não é loira, gordinha ou tem menos dinheiro. O único problema é que falta alguma coisa em quem não está satisfeito com o relacionamento", afirma o psicólogo.
Todo mundo tem direito de encerrar um relacionamento que não está valendo a pena. Então, aprenda a aceitar a complexidade da situação e pare de tentar se adaptar ao gosto da ex-cara-metade só por medo de ficar só.
A fila anda para os dois. Preocupe-se com a sua. Já se deu conta que falta pouco para o Dia dos Namorados? Estando disponível, a pessoa certa para você pode estar bem ali, virando a esquina. 

domingo, 12 de junho de 2011

O que pode (ou não) ser considerado traição em um relacionamento.

O que pode (ou não) ser considerado traição em um relacionamento.
Se já escondeu um vestido novo do seu amor ou omitiu aquela saída com um amigo que ele detesta, cuidado. Pelo novo código de conduta dos casais, você pode, sim, ser tachada de enganadora.
Quando Luiza compra sapatos, chega mais cedo em casa para escondê-los do marido. Já Júlia diz para o namorado que vai visitar uma amiga, quando na verdade está no bar com o pessoal do escritório. Martina conversa com o ex às vezes - mas o atual, claro, nem imagina... Já viu esse filme? De fato, falar tudo o tempo todo pode ser difícil quando o parceiro não gosta dos seus colegas, do seu trabalho, das roupas que comprou na liquidação... Uma mentirinha aqui ou ali, além de inocente, evita brigas desnecessárias, certo? Errado. Não conte a ninguém, mas omitir segredos do seu amor pode ser tão grave quanto dormir com um colega de trabalho. Entenda por quê.


CONFIANÇA AMEAÇADA
Luiza, 36 anos, faz todas as compras no cartão de crédito que divide com o marido. Quer dizer, quase todas. Quando quer um sapato novo, por exemplo, usa o de débito, que dispensa fatura. "Também chego em casa mais cedo e guardo a aquisição no armário. Caso ele pergunte, juro que o par é velho." Segundo ela, o moço toma conhecimento de menos de 1% das compras que faz. Não parece, mas uma omissão boba como essa pode se transformar em uma bomba-relógio - afinal, não deixa de ser uma maneira "inocente" de trair a confiança do parceiro. "Se alguém esconde segredos no relacionamento, algo está errado: ou um lado é muito impositivo ou o outro não sabe se impor", explica Ailton Amélio da Silva, psicólogo e professor da Universidade de São Paulo. Melhor sentar e conversar sobre os valores e necessidades de cada um, o que é uma ótima chance para aprenderem a ouvir e negociar. Foi o que aconteceu com o casal Janaína e Bruno. Depois de meses fumando escondida, a engenheira de 28 anos foi descoberta e teve que ser flexível para não perder o namorado. "Por insistência dele, tentei parar, mas não consegui. Combinamos que só fumaria três cigarros por dia, e nenhum na presença de Bruno. Aos poucos, estou largando o vício."


GESTÃO DE RISCO
Infelizmente, nem sempre o acordo é possível. O namorado de Júlia, por exemplo, odiava que a publicitária de 33 anos fosse a festas sem ele. Bem que ela tentou incluir o moço nas baladas, mas, além de não ir, ele ainda a convencia a ficar. "Um dia, falei que ia visitar uma amiga e corri para a happy hour da empresa." Para Thiago de Almeida, psicólogo especializado em relacionamentos, mentir pode não ser uma infidelidade propriamente dita, mas há grandes chances de precedê-la. "Você vai se acostumando a esconder pequenas histórias e, mais tarde, não se sente culpada ao mascarar problemas maiores." Sem contar que, cada vez que faz algo pelas costas de seu amor, deixa de trabalhar em parceria com ele.
Foi o que aconteceu com a analista de sistemas Lívia, 28 anos. Quando ainda estava casada, o marido a proibiu de terminar um curso na área de telecomunicações. "Ele não queria que eu ficasse em uma sala cheia de homens. Para evitar brigas, disse que tinha trancado a matéria. Na verdade, enviei os trabalhos por e-mail e fiz provas na hora do almoço sem ele nem desconfiar. Só comuniquei a farsa quando peguei o diploma."

O que pensam as mulheres como você

Se você acha que traição é imperdoável e que o maior medo feminino é o de ficar sozinha, vai ter uma surpresa. Mais de 500 leitoras dizem o que realmente pensam sobre fidelidade, a maquiagem certa...
Texto Carmen Morin

Metade das mulheres perdoa a traição do parceiro, mas não da amiga do peito. E 79% topam pagar mais caro por um produto ecologicamente correto. Você se identifica com elas? Então acaba de entrar para o Clube das Autênticas Leitoras de NOVA. As 558 sócias que responderam à nossa enquete revelaram os piores pecados masculinos e femininos, o item de maquiagem que nunca dispensam, o maior medo de todas atualmente e até o seu jeito de cuidar do planeta.
O que pensam as mulheres como você
Se você acha que traição é imperdoável e que o maior medo feminino é o de ficar sozinha, vai ter uma surpresa. Mais de 500 leitoras dizem o que realmente pensam sobre fidelidade, a maquiagem certa...
OLHO NO LANCE
Brilho labial no trabalho, rosa na happy hour... É fato: toda mulher carrega na bolsa uns cinco batons. Isso não quer dizer que o item seja o mais indispensável. Segundo 28% das entrevistadas, ele perde para a máscara para cílios. O maquiador Lu Ramos aprova. “Levanta o olhar e deixa você produzida sem sobrecarregar o rosto.” Só tome cuidado com o número de camadas: de dia, duas bastam. À noite, até cinco.
Fidelidade
51% das leitoras não se arrependeriam de trair o namorado ou marido. Já de puxar o tapete da amiga... Totalmente imperdoável! O que está por trás dessa lealdade feminina? A gente não admite, mas a verdade é que temos dificuldade em confiar cegamente em outra mulher. Quando finalmente escolhemos uma eleita para compartilhar segredos, tal falsidade pode doer muito mais. “Tive vários namorados e fui casada duas vezes, mas minhas melhores amigas são as mesmas desde o ginásio. Não sei o que faria sem elas”, conta a florista Rose Narvaez, 38 anos. Com uma confiança assim, qualquer pisada na bola pode ser terrível. Ainda mais se a culpa for sua. “A traição masculina é mais aceita, quase como se fosse esperada. Mas, quando uma mulher prejudica a amiga, o martírio é maior. Teoricamente, a fiel colega não faria o mesmo”, analisa o psicólogo Thiago Almeida, de São Paulo.
Sustentabilidade
79% das entrevistadas topam pagar mais caro por um produto ecologicamente correto. Além disso, também se preocupam em combater o desperdício de água, comida e energia e separar o lixo. Não significa, claro, que vão aposentar o secador de cabelo, mas, pelo menos, darão preferência a tomar banho com o namorado em nome do meio ambiente...
Destemida, pero no mucho
O medo ajuda você a se defender de situações de perigo. É ele que faz com que feche os vidros do carro perto de cruzamentos desertos, por exemplo — o que pode salvá-la de um assalto. Curioso é que boa parte das entrevistadas se divide igualmente entre o medo de ser vítima da violência (30%) e o de ter uma doença grave (30%). O motivo coincide: cuidado com a própria vida. Outro pavor comum (27%) é o receio de nunca encontrar alguém ou de ser abandonada pelo parceiro. “Esse tipo de temor é imaginário, pois você projeta sobre situações externas suas angústias internas. Medo de ficar sozinha pode ser indício de que, intimamente, você acredita não ser uma boa companhia”, explica Audrey Souza, psicóloga de São Paulo.

Namoro é para beijar e não para agredir

12/06/2011 05:08

Especialista afirma que, na maior parte dos casos, agressor é do sexo masculino e vítimas são mulheres com baixa autoestima, tristes e que deixam as próprias atividades para atender parceiros        


Cristina Camargo
Agência BOM DIA

Ninguém esquece o drama da adolescente Eloá Pimentel, morta em 2008 pelo ex-namorado após cinco dias de cárcere privado num apartamento em Santo André (SP). Não dá para esquecer mesmo. Tudo aconteceu em rede nacional de televisão. Eloá tinha apenas 15 anos. O assassino, Lindemberg Alves Fernandes, estava com 22. Dois jovens numa relação que chegou ao extremo da violência.
Longe das câmeras de televisão, outros casais de namorados trocam os beijos e abraços por ameaças, pressão psicológica e agressão física.
A maioria das vítimas são as mulheres, como confirma o psicólogo Thiago de Almeida, especialista no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso e autor do livro “A arte da paquera: inspirações à realização afetiva”.
“Em geral, as vítimas são mesmo as namoradas. Na maior parte dos casos de violência, o agressor é do sexo masculino”, diz.
Segundo o especialista, em grande parte são agressões associadas ao ciúme, sentimento que costuma ser relacionado ao zelo do parceiro, o que pode servir para justificar o exercício da violência.
Uma “autorização” para agredir em nome do amor.

Amor?
“Na verdade, é em nome do egoísmo”, afirma o psicólogo.

Na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) são raras as namoradas que chegam para denunciar os parceiros. Em geral, os casos de violência contra a mulher que chegam à polícia são dentro do casamento. Na Casa Abrigo também não existe nenhuma namorada que tenha sido obrigada a se esconder – apenas mulheres casadas com seus filhos pequenos.
Mas a falta registros oficiais pode mascarar uma realidade: a baixa autoestima e o ato de esconder as lesões sofridas são componentes do perfil das vítimas de violência durante a fase do namoro.
Meninas ainda jovens que vivem o conto de fadas ao contrário (ou seja, beijam o príncipe e ele vira sapo) costumam ser depressivas, isoladas, tímidas e muito tristes.
Atenção /Os pais ou responsáveis podem observar outros comportamentos característicos e ficar atentos para procurar ajuda especializada.
Segundo Thiago de Almeida, as vítimas de um relacionamento opressivo faltam com frequência na escola ou no trabalho para atender as necessidades do parceiro, parecem estar sempre em estado de alerta, podem apresentar comportamento agressivo e têm baixo aproveitamento escolar ou na vida profissional.
“Eu passei por isso. Mas achei melhor não denunciar, por medo. E também por amor. Achei que ele poderia mudar e nunca mais fazer isso”, conta L., 22, vítima da violência na fase final da adolescência.
Ela não foi à polícia, mas decidiu reagir na segunda vez que o então namorado ameaçou agredi-la. Contou para os pais, conseguiu a ajuda da família, terminou o relacionamento e nunca mais quis ver o garoto.
“Agora, procuro quem goste de verdade de mim. Caso contrário, fico sozinha mesmo.”
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É o número da lei que pune a violência
Legislação contra violência não é só para casadas
A Lei Maria da Penha também pode ser usada para processar homens que agridem suas namoradas. A decisão é do Superior Tribunal de Justiça
Inspiradora da lei terá vida retratada no cinema
A luta de Maria da Penha Fernandes para prender o ex-marido agressor vai virar filme, rodado ano que vem e com direção de Cininha de Paula

Punição também pode valer em casamento gay
A primeira decisão judicial de aplicar a Lei Maria da Penha numa relação homossexual foi tomada em fevereiro deste ano, no Rio Grande do Sul

Agressões a famosas, como Luana, ganham repercussão
Entre as celebridades brasileiras, ficou famosa a história de agressão envolvendo os atores Dado Dolabella e Luana Piovani. Os dois discutiram numa boate e a atriz denunciou o namorado com base na Lei Maria da Penha.
Resultado: processo, escândalo e a ordem judicial para que o ator fique longe de Luana.
Outro caso célebre, este internacional, é o da cantora Rihanna, que denunciou agressão praticada pelo rapper Chris Brown.
Site especializado em notícias dos famosos chegou a divulgar imagens da cantora logo depois da agressão. Na imagem, ela estava com ferimentos no rosto.
Lia, dançarina que ficou conhecida depois de participar do “Big Brother 10”, também já revelou ter sido agredida por um namorado quando tinha 18 anos.
“Acreditava que ele iria parar, mas não parou. Bebia e me batia. Em dois anos e meio de namoro, fui agredida durante um ano e meio”, contou, em entrevista.
Para escapar, ela mudou de endereço, foi transferida no trabalho e decidiu nunca mais ver o namorado agressor.
Depois de interpretar uma vítima da violência doméstica no filme “The Burning Bed”, em 1984, a atriz Farrah Fawcett se aproximou de instituições que cuidam desse tipo de vítima e deixou para elas parte de sua fortuna.
Perfil do agressor
Vê a parceira como um objeto que lhe pertence
Assim, costuma inverter a culpa e acusar a namorada de ser a causadora dos problemas na relação. Há casos em que a agressora é a mulher, mas são mais raros

Defende a aplicação de disciplina severa na relação
Costuma se irritar e tem pouca paciência em diversas situações. É também comum que possua histórico de violência em sua própria infância, o que faz com que encare a agressividade como fato normal


Faz uso indevido de drogas ou álcool ou os dois juntos
Possui um temperamento autoritário e controlador e mente sobre a causa das lesões na parceira.

Cobra desempenho físico e/ou intelectual acima da capacidade
Por causa disso, pratica a violência psicológica e também humilha a namorada.

O amor está em cena

O amor está em cena

Extraído de: jt.com.br 10 horas atrás


ALINE NUNES
O roteirista Alexandre Machado se arruma para deitar. Seus quatro filhos já estão dormindo. Enquanto isso, sua mulher, Fernanda Young, liga o laptop para trabalhar. É na madrugada, entre as imagens de santos espalhadas por sua casa, que ela se concentra para criar as afetações cômicas de Nelson (Jorge Fernando), o ex-gay do seriado Macho Man. Assim que termina um texto, Fernanda lê tudo em voz alta. O sono chega, ela resiste um pouco, cochila em frente à tela do computador e vai descansar. Assim que Alexandre acorda, ele toma café da manhã e eis que chega a vez do roteirista ir caçar humor em sua imaginação. Ao contrário de Fernanda, com quem é casado há 17 anos, ele gosta de ler e reler seus textos de Macho Man na tela do laptop. No silêncio de um estúdio, ele rascunha os relacionamentos de Nelson e floreia as atrapalhadas de Valéria (Marisa Orth). "No fundo, eu acabo sendo mais a assistente dele", diz Fernanda. "Ela é a minha fonte de inspiração", diz Alexandre.
A questão é: dá certo trabalhar com o cônjuge? Parece que sim. Das séries que estrearam no primeiro semestre na grade da Globo, Macho Man é uma das mais bem-sucedidas, com média de 15 pontos e uma segunda temporada garantida. A atração só fica atrás de Tapas e Beijos -série estrelada por Andrea Beltrão e Fernanda Torres -, que registra média de 25 pontos e tem outro casal atuando junto. É que Andrea Beltrão é casada com o diretor da série,Maurício Farias. Será que esse tipo de parceria de casais no trabalho é garantia de sucesso? Na opinião do psicólogo Thiago de Almeida, especializado em relacionamentos amorosos pela USP e autor do livro A Arte da Paquera, talvez seja. "Quando o casal trabalha no mesmo ambiente, fica mais fácil compreender pequenos imprevistos, como um simples atraso", diz. No entanto, pondera: "O lado negativo é que quase sempre há uma pressão externa". A jornalista Fátima Bernardes, por exemplo, já declarou que, para que esse tipo de situação não ocorra, ela evita ir para a Globo no mesmo carro que o marido -e chefe -, William Bonner.
Maurício Farias, diretor e marido de Andrea Beltrão, concorda com o especialista, mas diz que ele e a mulher não se esquivam de situações cotidianas. "A gente não fica parando a gravação para tomar um cafezinho. Mas quando coincide horário, até vamos juntos para a Globo", conta. Ele diz apenas buscar manter o seu papel: o de diretor. Se Andreia vai mal numa cena, ele aponta o erro, sem rodeios. "Para ela, essa parte da bronca é difícil. Por conhecê-la tão bem, eu sempre espero o melhor dela", diz Maurício. Casados há 13 anos, os dois lidam bem com questões profissionais. Afinal, eles se conheceram nos bastidores da novela A Viagem (1994). De lá para cá, trabalharam em Zorra Total (1999), Brava Gente (2000), A Grande Família (2004 a 2010) e, agora, Tapas e Beijos.
Do lar para a ficção
Tem coisa que só a intimidade permite. No caso da atriz Denise Fraga e do diretor Luiz Villaça, por exemplo, a vida a dois na vida real rendeu a ideia para o espetáculo Sem Pensar, em cartaz em São Paulo. A dupla estava em viagem pela Itália e resolveu estender o passeio até Londres, na Inglaterra. Lá, eles assistiram à Spur of the Moment e, depois de muita insistência de Denise, Luiz resolveu adaptar a peça e se arriscar como diretor de teatro -até então, ele só havia atuado no cinema. "Agora, fico feliz em vê-lo fazendo essa coisa linda", diz Denise.
A convivência em casal também costuma render para o trabalho da dupla de humoristas Marcelo Adnet e Dani Calabresa. Recentemente, por exemplo, eles viram uma mãe mimando um filho mais velho na rua. Dias depois, lá estava Dani e Adnet, no Comédia MTV -exibido às terças-feiras às 22h -, interpretando uma mãe que tratava um filho de 30 anos como bebê. "E o melhor disso tudo é que, mesmo trabalhando, passamos mais um tempinho juntos", destaca Marcelo Adnet.
Mas do trabalho, além de boas ideias, também pode nascer alguns romances. A dupla sertaneja Maria Cecília & Rodolfo é um caso. Os dois se conheceram em 2007, no curso de zootecnia, numa faculdade em Campo Grande (MS). Começaram a cantar e tocar em feiras da faculdade e o sertanejo universitário virou coisa séria. De dois anos para cá, os parceiros tornaram-se namorados. Resultado: em quatro anos, venderam 50 mil CDs e 25 mil DVDs. A fórmula para dar certo, segundo Rodolfo, é separar o trabalho do namoro. "A gente não tem crise de ciúmes de fã, por exemplo. Se rolar isso, não dá certo." Hoje, aliás, eles vão comemorar o Dia dos Namorados bem juntinhos: cantando no estádio da Portuguesa, em São Paulo. (Colaborou Maiara Camargo)